Quinze

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" de vez em quando
é que você encontra alguém
com uma presença
e eletricidade que
combina com a tua, no ato."

Candace Beaumont

sábado

Nathan me trouxe pra casa estava quase amanhecendo, ficamos conversando e ouvindo música dentro do carro como se não tivesse nada mais legal pra fazer naquele instante... E pra ser sincera, não tinha. E não, não transamos, e eu se quer senti falta disso.

— O que tá rolando entre você e o Nathan?

— Desde quando isso é da sua conta? – Encarei meu irmão que bufou em seguida.

— É que...

— É que? Fala logo.

— Melissa ficou interessada nele e perguntou se eu sabia sobre o status de relacionamento dele.

— Até onde eu sei ele é solteiro. – O encarei – Se ela quiser saber, pode pedir pra ele, por exemplo.

— Mas vocês não tem nada?

— Não sei Alexis, que merda. – Bufei irritada – Nós beijamos algumas vezes, só isso.

— Beijos? Vocês ainda não transaram?

— Desde quando isso é da sua conta? – O encarei e ele soltou uma risada abafada.

— Já que não vão transar... Vou passar o número dele pra Melissa. – Me encarou.

— Faz o que você quiser. – dei os ombros indiferente.

— Ele vem aqui hoje.

— Vai convidar ela pra jantar também? Aí apresenta os dois – Sorri irônica.

— Não, idiota. – bufou – Mas quem sabe ela vá comigo na casa do Jackson na semana que vem. E se ele quiser...

Ignorei Alexis, sentia meu corpo todo ferver, borbulhar. Nunca gostei da Melissa, e agora... Menos ainda. E não pelo fato de Nathan e... Foda-se, é pelo fato do Nathan sim. Injusto ela querer ficar com ele quando eu ainda nem tive a oportunidade...

(...)

Dylan chegou pouco depois do almoço, entrou na sala jogando seu corpo sobre o sofá.

— Folgado – murmurei quando ele deitou a cabeça sobre o meu colo.

— Você estava com Calum nessa madrugada? – Questionou rápido.

— Sim e depois não. – sorri.

— Hm – sorriu – Estava com quem?

— Nathan... Fomos dar uma volta.

— No carro do Anthony? Por isso não pude sair com ele? – Franziu as sobrancelhas.

— É... Sinto muito que atrapalhei sua transa.

— Tudo bem – Deu os ombros – Pelo menos você transou.

— Não transei. – Bufei.

— Que? Ainda não? – Sentou ao meu lado.

— Não, e daí? Qual o problema?

— Calma Candy, não tá mais aqui quem falou – ergueu as mãos em rendição soltando um riso abafado.

Respirei fundo e fixei meu olhar sobre o teto, Dylan ficou em silêncio comigo esperando que eu falasse o que estava acontecendo. Mas como eu iria explicar se nem eu sei o que estou sentindo?

Incandescente Onde histórias criam vida. Descubra agora