Cinquenta e sete

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"Todo meu corpo
em completo silêncio
só as mãos trêmulas
insistiam em denunciar
a guerra que acontecia
dentro de mim."

Quem me segue no Instagram viu o aviso sobre a demora pra atualização, minha avó faleceu a alguns dias atrás e eu não tive condições pra escrever antes. Espero que entendam e não esqueçam de votar no capítulo;

ps. Candace vai ter uma crise de ansiedade, quem for sensível pode pular a cena que vai ter um "•" no início e final;

Candace Beaumont

Ottawa

sabado, 21h17

Sai do banho enrolada na toalha, a preguiça de procurar por alguma roupa na mala me fez bufar encarando a mesma no chão.

Andei até o guarda-roupa de Nathan em busca de alguma camiseta confortável, optei por uma branca de algodão, vesti e percebi que cobria toda a minha bunda, então optei apenas por vestir uma calcinha na parte de baixo.

Até cogitei procurar por uma minha nas coisas dele, mas achei melhor deixar sua coleção de calcinhas intacta.

Ri sozinha com meus pensamentos.

Eu estava me sentindo nas nuvens estando ali, podendo matar um pouco a saudade que sentia dele todos os dias. Tentando de alguma forma suprir essa necessidade gigante que eu tenho... Dele.

Encarei o gato enorme e branco que dormia sobre a cama, quando pensei em fazer carinho nele o barulho me impediu. A campainha tocou e eu dei um pulo, sai no corredor pensando em chamar por Nathan, mas a campainha tocou mais uma vez e por algum motivo eu não fui chamá-lo.

Péssima escolha.

Andei até a sala e me mantive em silêncio, por alguns segundos decidi não abrir a porta pensando que poderia ser um ladrão ou algum assassino vindo direto de algum filme de terror pra me matar. 

— Grandão? — a voz feminina chamou após bater na porta com a mão — Eu sei que você tá em casa.

Não abre Candace, não é da tua conta.

Não abre.

Relutei contra mim, com vontade. Embora parecesse inútil.

— Abre a porta — ela falou com a voz um pouco manhosa.

Candace...

O juízo apenas escapou entre meus dedos que foram direto pra fechadura abrindo a porta em um puro e completo impulso.

— Oi — murmurei após alguns segundos encarando a garota ruiva parada na minha frente.

Ela ainda me encarava, era óbvio que estava insatisfeita com a minha presença, o olhar de desaprovação ficou ainda mais intenso quando ela olhou para a roupa que eu vestia e deduzi que ela reconheceu a camiseta de Nathan em meu corpo. Enquanto eu não fazia ideia do que pensar sobre a situação.

É óbvio o ciúmes que sinto dele com ela, um sentimento insuportável que eu deveria guardar pra mim, já que ele não me deve nada.

— O Nathan está?

— Sim — a encarei

— Você é...

— Sou a Candace — falei tranquila.

Eu não queria soar grossa, não queria nenhum tipo de confusão que envolvesse essa garota. Sabia que apesar do término e do relacionamento difícil que os dois tiveram, ele ainda a considera uma pessoa e amiga importante.

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