Capítulo 7

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Baek Hyeon

– Então você se casou com a Jang-mi para salvá-la de um abusador? –  perguntou-me Ana.

– Hum. –  assenti. –  Ela parecia desesperada, então a única solução que encontrei naquele momento para que o Governador não ousasse tocar mais nela, foi tornando-a minha esposa legalmente. – expliquei.

Noto Ana sorrir sem mostrar os dentes, como se estivesse querendo insinuar algo.

–  Desembucha. –  falei e ela sorriu mais. 

–  Tem certeza de que foi somente para ajudá-la? Ela é muito bonita... –  insinuou.

Eu sabia! Ana é muito transparente.

– É claro que foi somente para ajudá-la! Jang-mi é apenas uma garota... –  justifiquei e meus olhos se concentraram em minha xícara de café, então a levei até os meus lábios bebendo um gole do líquido amargo. 

– Presidente, na minha opinião, você encontrou uma mulher tão legal quanto eu, por isso se casou com ela. – ela relembrou a nossa promessa. – E idade não define relacionamento nenhum. Dou como exemplo a minha irmã e o Marcus, esqueceu que ela era professora dele? –argumentou.

– Isso é diferente. São menos de 5 anos a diferença de idade entre eles dois. No meu caso com Jang-mi, são 14 anos. Daqui a 10, eu já terei mais de 40 e ela ainda estará na flor da idade. – debati.

– Pois eu acho que você está exagerando. – ela rebateu. – Sem contar que a sua esposa parece gostar de você.

– Jang-mi? Mas é claro que não! Ela me enxerga apenas como irmão mais velho, um salvador. 

– Aigo! Por que vocês homens são tão cegos, hã?! – ela meneou a cabeça desaprovando o meu raciocínio e eu a encaro pensativo. 

Jang-mi gosta de mim? Não, impossível! 

Mas... ela estava estranha hoje de manhã. 

Será que eu fiz alguma coisa pra ela ontem a noite? – me perguntei pensativo.

Jang-mi

Do-yun me encara ríspido. Seu semblante sério e frio deixam estampado em sua face o quanto ele me odeia. Eu engulo em seco e abaixo os meus olhos, Do-yun é um homem de 25 anos, rico, bonito e alto, nascido em berço de ouro tendo a melhor educação e oportunidades do país, ele é popular nas redes sociais e cobiçado por diversas mulheres aqui na Coreia do Sul e em outros países. Porém, não se deixe enganar pela sua bela aparência, Do-yun é na verdade um lobo mau em pele de cordeiro.

Tento controlar o máximo que posso a minha respiração que começa a descompassar em meus pulmões e seguro uma mão na outra para controlar o meu tremor.

Se ele me seguir? Se ele tentar... – pensei amedrontada.

As minhas pernas finalmente me obedecem e eu começo a seguir meu caminho ainda sem poder encará-lo. Talvez se eu for embora, ele me deixe ir, afinal... eu não o incomodo mais. Porém, as minhas esperanças desaparecem quando ele segura o meu braço com força assim que dou o primeiro passo, e isso faz com que eu espasme em susto e medo.

- Onde você pensa que vai? – perguntou apertando com mais força o meu braço direito e por um momento eu achei que ele fosse quebra-lo no meio.

- E-eu... preciso ir... – respondi mordendo o meu maxilar para segurar a dor que a força da mão dele exerce em meu braço.

Do-yun começa a rir. Um riso que considero igual à de um psicopata.

- Só porque se tornou a vadia de um homem poderoso, você se acha superior agora? – pelo canto do olho, eu pude ver que ele virou o rosto para me olhar, no entanto, eu não ouso encará-lo. – Eu prometi que te daria uma boa lição quando a visse novamente, mas meu pai disse para não mexer com você... – ele soltou o meu braço. – Você não faz ideia do homem com quem se casou... – sorriu sarcástico. – Aposto que você não disse para ele quem você é de verdade, não é? – perguntou. – É melhor tomar cuidado, vadia. Quando ele descobrir, vai te jogar fora como um lixo e, nesse dia... – Do-yun ficou de frente pra mim. – Eu vou pegar você. – ameaçou-me e tenho certeza de que seus olhos negros me encaram com tanto ódio quanto as palavras ruins que saem da sua boca.

Presidente.  [Livro III - Série: Família Hwang]Onde histórias criam vida. Descubra agora