Baek Hyeon
– Você é filha biológica daquele desgraçado? – perguntei perplexo sem conter a indignação em meu tom de voz.
Como pode aquele filho da puta maltratar a própria filha??
– Ele nunca me considerou como filha, mas sim como um fardo e uma vergonha que ele era obrigado a conviver. – Jang-mi pontuou. – O Governador me escondeu dentro da sua própria casa para que ninguém soubesse que ele teve uma filha fora do casamento.
– Seria um grande escândalo para a campanha eleitoral dele. – Constei.
Jang-mi assentiu.
– A minha mãe jurou nunca contar pra ninguém, e viveu sobre ameaça sendo obrigada a trabalhar como cozinheira da família dele por toda a vida. Nós duas tínhamos de morar na mesma casa que ele e dormíamos em um porão. Eu nunca podia sair daquela mansão. Nunca. Tanto eu quanto ela éramos tratadas como duas aberrações pela esposa e filho dele. – seus olhos tristes voltam a fitar as minhas mãos. Com um suspiro pesado, seu olhar triste, encontrou o meu. Então ela continuou:
– Eu não tinha acesso à internet e concluí os meus estudos com aulas particulares dentro de casa. As únicas companhias que eu tive, foram a da minha mãe e dos romances que eu lia. Depois que omma*mamãe morreu, eu fui mantida em cárcere dentro daquele porão. – Ela fechou os olhos com força ao lembrar-se daquele inferno que vivenciou e ouvir tudo aquilo esmagou o meu coração e embrulhou o meu estômago. – Um dia... quando eu já havia perdido todas as esperanças de que poderia fugir daquele lugar, o filho do Governador entrou no cômodo onde eu ficava trancada e amarrou os meus pulsos com uma corda. Eu não sabia o que ele iria fazer comigo, mas eu poderia imaginar que boa coisa não seria, pois ele sempre me odiou. Então eu...
– Fugiu. – conclui por ela.
Jang-mi assentiu novamente.
– Eu bati na cabeça dele com tanta força que ele desmaiou, depois desamarrei os meus pulsos e peguei a minha bolsa que estava com os meus documentos e algumas poucas economias da minha mãe, então saí apressada do porão. Por sorte, nem o Governador e nem a esposa dele estavam na mansão, e por conhecer todos os cantos daquele lugar, eu consegui despistar os seguranças e empregados e pulei o muro. Corri o máximo que pude, mas, sem rumo. Foi então que eu vi um cartaz com o nome e o endereço da Boate...
– E então você decidiu oferecer a sua virgindade. – concluí novamente. – Mas, por que você teve uma ideia tão perigosa? – perguntei abismado. – Você não disse que tinha umas poucas economias da sua mãe?
– Presidente, o dinheiro que eu tinha mal deu para pagar o táxi até a boate. – ela esclareceu. – A princípio, eu pensei em pedir um emprego como garçonete, pois até então, eu não sabia que aquela boate era na verdade um antro de prostituição. No entanto, eu pensei bem... eu precisava sumir daqui o quanto antes, e pra isso, eu teria que conseguir muito dinheiro em pouco tempo, coisa que não daria com um salário de garçonete. – concluiu. – Eu estava desesperada e, naquele momento, foi a única solução que encontrei, por isso pedi para me encontrar com a gerente do local.
Eu finalmente pude entender um pouco da mente de Jang-mi. Devo admitir que ela é uma garota corajosa, imprudente, mas corajosa.
– Você não estava com medo? – perguntei.
– Estava apavorada. – respondeu sincera. – Mas qualquer coisa era melhor do que ter de voltar para aquele lugar. – ela então sorriu doce e me encarou fixamente nos olhos. – Eu tive sorte de lhe encontrar naquele dia, presidente.
Eu tirei uma das minhas mãos que estava sobre a mão dela e a levei até o seu rosto.
– Garota, eu nunca permitirei que aquele desgraçado se aproxime novamente de você. – declarei honesto.
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Presidente. [Livro III - Série: Família Hwang]
RomanceOBRA ORIGINAL DISPONÍVEL APENAS NA NOVELTOON. PLÁGIO É CRIME! NÃO ACEITO ADAPTAÇÃO! Baek Hyeon é Presidente do Grupo Hwang e acabou de abrir mão de sua noiva Ana para o primo dele In-Yeop. O Presidente é um homem bom e justo que preza pelos seus pr...