Capítulo 15

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3 dias antes...

Jang-mi

— Eu pensei que fosse demorar para conseguir por as minhas mãos em você, no entanto aquele presidente te descartou mais rápido do que eu pensei. — Do-yun me encarou frívolo enquanto abriu um sorriso assombroso.

— Por que você me odeia tanto? — perguntei com os olhos cheios de lágrimas.  — O que eu fiz pra você? — nem sei como eu criei coragem para questioná-lo dessa forma.

Do-yun sorriu novamente. Gargalhou. Como se fosse divertido me ver tão assustada.

— Você nasceu. — respondeu assim que parou de rir. Seus olhos frios encaram os meus. — Só o fato de você estar vagando no mesmo planeta que eu, me faz querer extinguir a sua existência. — Do-yun apontou a arma em minha direção novamente.

— M-mas eu não tenho...

— Sim! — ele me interrompeu. — Você tem culpa! — vociferou. — Você é a prova da desonra e vergonha da minha família! — Ele pressionou o cano da arma na minha bochecha. — Logo você se encontrará com aquela vadia da sua mãe.

O choque de estar com uma arma apontada em mim é tão grande, que eu não consigo emitir nenhum ruído além de pequenos gemidos. Lágrimas quentes escorrem em meu rosto e o desespero começa me possuir. Parece que estou presa em um pesadelo. Como se estivesse tendo uma paralisia do sono, onde vejo tudo com total clareza, mas não consigo mover um músculo meu sequer.

Ele pressiona o gatilho com o dedo e eu fecho os meus olhos abruptamente me preparando para receber a minha sentença de morte, no entanto, nada acontece e lentamente sinto que ele afasta a arma do meu rosto. Aos poucos vou abrindo os meus olhos e então sou tomada por outro choque. Um homem encapuzado e de máscara está com uma arma encostada na parte traseira da cabeça de Do-yun.

— Me entregue a arma. — Ordenou ao meu meio irmão enquanto levantou a mão livre para e receber a pistola.

Eu... conheço essa voz...

Do-yun obedientemente fez o que o homem ordenou.

— Quem é você...? — ele perguntou ao homem.

— Sou o seu anjo da morte. — o homem respondeu pressionando a arma com mais força na cabeça de Do-yun. Ele por sua vez faz o mesmo que eu agora há pouco e fecha os olhos com força. Quando o homem está prestes a atirar em Do-yun, eu grito:

— Não, por favor! — implorei.

Eu não suportaria ver outra pessoa morrer na minha frente, e mesmo que Do-yun me odeie ao ponto de querer me ver morta, ele ainda continua sendo o meu meio irmão.

— Ele estava prestes a matá-la e mesmo assim você ainda intercede por esse imbecil? — Eu finalmente reconheço essa voz.

— Tae-hyung??

Tae-hyung tirou a máscara e então me fitou sério.  Noto que Do-yun arregalou os olhos ao que parece estar perplexo também.

— Mas... como...? — perguntei perplexa enquanto a minha voz saiu quase um sussurro.

— Terceiro mestre, me perdoe! — Do-yun ajoelhou-se na frente de Tae-hyung e então abaixou a cabeça encarando o chão.

Eu encaro toda essa cena completamente aturdida.

Terceiro mestre? O que significa isso??

— Você descumpriu com a ordem imediata do mestre Dragão Dourado. Você sabe qual a sentença para esse tipo de crime... — Tae-hyung disse em tom frio e sério, é a primeira vez que eu o vejo assim.

Presidente.  [Livro III - Série: Família Hwang]Onde histórias criam vida. Descubra agora