Capitolo tre

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Stagione 2002/2003

Lei

18 de junho de 2002

- Vai, Gigi! – Me levantei apressada, suspirando quando ele pegou a bola. – Ufa! – Falei baixo.

- Você está mais surtada do que eu e eu não sabia que era possível. – Giulia falou e eu me joguei ao lado dela novamente, enchendo a mão de pipoca e levando à boca.

- É que eu não gosto de ver ele levando gol. – Fiz um bico, colocando as pipocas uma a uma na boca.

- Você está super a fim dele, Serena.

- Não é isso, é só que... – Dei de ombros. – Ele é meu amigo.

- Uhum, amigo? Vocês nunca saíram juntos, qual é! – Ela falou, apoiando os braços nos joelhos.

- A gente não se encontra lá na Juventus, eu já te falei isso um milhão de vezes. – Ri fracamente, assistindo ao jogo das oitavas do Mondiale.

- Mas você já foi lá na área de treinos? Uma coisa é você não poder ir, outra coisa é você não tentar. – Ela disse e eu suspirei.

- Não, mas é que...

- Você está no time há um ano, Serena, aposto que pode dar uma voltinha lá na área de treinos. – Suspirei.

- Eu não sei, não sei se ele gosta de mim desse jeito. – Ela virou o rosto para mim.

- Você nunca vai descobrir se não tentar. – Ela falou. – Ele me pareceu bem interessado na festa de Natal.

- Mesmo? Para mim ele pareceu desinteressado. – Coloquei mais algumas pipocas na boca.

- Bom, a gente ficou em cima das irmãs dele, né?! Não teve muito espaço. – Gargalhamos juntas.

- Vai, Gattuso! – Giulia gritou, se levantando quando o jogador italiano se aproximou do gol, dando um tiro forte, mas o goleiro sul-coreano defendeu a bola. – Ah! – Ela reclamou. – Assim não dá!

- Calma, ainda tem um tempo. – Suspirei.

- É a prorrogação, se não resolver agora vai para pênalti, você quer ver seu garoto encarando uma disputa de pênalti? – Ela falou alto para mim.

- Ele não é meu garoto...

- Porque não quer.

- E não, não quero. – Ignorei-a, suspirando e deslizei o corpo no sofá. – E eu estou falando dos pênaltis.

- Mas você quer ficar com ele? – Ela virou para mim.

- Eu não sei, ok? Parece meio fora da minha realidade. – Apontei para televisão.

- É um pouco fora da realidade sim, mas você trabalha na realidade dele, qual seria o problema? – Ela se virou para mim.

- Eu não sei, jogador de futebol tem uma fama ruim, acabei de terminar com o Luigi e...

- Faz um ano, Serena! Por favor. – Ela falou e eu ponderei com a cabeça.

- Ok, mas...

- E agora tem um Gianluigi na parada... – Ela fez a piadinha ridícula com os nomes mais uma vez e eu revirei os olhos, ouvindo-a gargalhar sozinha no sofá.

- Você é ridícula, Giulia. – Falei, cruzando os braços.

- Só estou zoando contigo, mas já faz um ano para valer, se for essa a sua desculpa, sinto muito, não vai colar. – Ela disse.

Ciao e Arrivederci | Gianluigi BuffonOnde histórias criam vida. Descubra agora