Capitolo setantatre

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Lei

14 de maio de 2016

Senti o gosto da bebida quase que automaticamente, já que era assim que eu estava bebendo nos últimos minutos e bufei fracamente ao ver Ilaria andando com aquele bebê em seu colo quase como se estivesse em um desfile de modas, esperando ser paparicada por algum idiota que cairia naquele sorriso simpático.

Falsa!

- RENA! – Virei o rosto, vendo Manu com os olhos arregalados para mim. – Oi!

- Oi, me chamou? – Perguntei, abaixando a taça quando percebi mais pessoas atrás dela.

- Umas 20 vezes. – Ela disse rindo. – Meus pais queriam falar contigo. – Ela mostrou as duas pessoas.

- Claro! – Falei.

- Mãe, pai, essa é a Serena, minha chefe e gerente de contabilidade do time. – Ela me apresentou com as mãos quase como se oferecesse um prato de salgados. – Serena, meus pais, Santiago e Cecília.

- Muito prazer conhecê-los. – Cumprimentei ambos com dois rápidos beijos e um curto abraço. – É um prazer conhecer os pais dessa menina incrível aqui. – Eles sorriram.

- Queríamos te agradecer por tudo o que você fez pela nossa filha. – Sua mãe disse em um sotaque bem menos fluído que Manu. – Ela já estava feliz por estar aqui em Turim, mas vocês conseguiram acolhê-la e deixar tudo melhor.

- Acho que ela que nos acolheu. – Apoiei a mão nas costas de Manu. – Ela fez mais por nós do que nós por ela. – Suspirei. – Vai fazer muita falta. – Manu sorriu envergonhada.

- Nós precisávamos vir aqui agradecer. – Seu pai disse e assenti com a cabeça.

- Sinto muito pela perda de vocês. – Falei honesta. – Se vocês precisarem de qualquer coisa, mesmo, se vocês quiserem voltar, se você quiser voltar... – Falei diretamente para Manu. – Nossas portas sempre vão estar abertas. – Eles assentiram com a cabeça.

- Grazie.

- Temos uma política de que se o jogador quer sair, nós não vamos brigar por ele, mas se a pessoa quiser voltar, estaremos aqui. E eu amar ter essa menina de volta! – Ela sorriu, passando o braço pelos meus ombros, me abraçando fortemente.

- Grazie, chefa! – Ela disse sorrindo.

- Divirta-se, ok?! – Sua mãe disse, apertando a mão de Manu e ela confirmou com a cabeça. Eles deram um aceno de cabeça e se afastaram.

- Ok, desembucha! – Manu disse, se colocando de frente para mim.

- O quê? – Perguntei, virando a taça na boca novamente, percebendo que estava vazia. – Droga. – Apoiei a taça no balcão. – Enche, por favor? – Pedi ao barman.

- Que cara é essa? – Ela perguntou.

- Você ainda pergunta? – Revirei os olhos, recebendo a taça de volta com vinho branco. – Grazie. – O homem assentiu com a cabeça e dei um longo gole, sentindo Manu me puxar um pouco mais para o centro do salão, se afastando das laterais.

- É a chata e o mini-chata, não é? – Ela perguntou e eu suspirei.

- É! – Bufei baixo. – Eu não consigo agir normalmente, ok?! – Falei baixo. – Eu amo o Lou e o David, mas ele...

- Te traz más recordações...

- Más? Péssimas! – Falei um tanto dramática. – Isso é um desastre, Manu. Ela fica desfilando como se todo mundo devesse paparicá-la e ele... – Olhei em volta. – Não faço a mínima ideia onde está, mas não está nem um pouco interessado em ficar com ele.

Ciao e Arrivederci | Gianluigi BuffonOnde histórias criam vida. Descubra agora