Capitolo veintotto

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Lei

11 de setembro de 2011

- Ei, ela apareceu. – Pavel falou assim que eu entrei no estádio.

- Engraçadinho! – Falei, me aproximando dele e dos outros três confidentes, dando um beijo em cada um.

- Conseguiu recuperar? – Paratici perguntou quando eu o beijei por último.

- Sim, consegui. – Suspirei. – Não sei como os pés entraram nos sapatos hoje, mas... – Eles riram.

- Eu pago o dia que você vem sem salto. – Agnelli falou sorrindo.

- Se tudo der certo, nunca. – Falei e ele sorriu.

- Beh, nós vamos lá para dentro cumprimentar os jogadores, eles devem estar voltando do treino agora, depois vamos ficar um pouco no campo até o começo do jogo. – Agnelli disse. – Uma forma de apoio aos jogadores e aos torcedores.

- Casa lotada hoje, gente. – Falei.

- Fazemos uma rápida aparição, cumprimentamos todos, depois subimos. – Ele disse.

- Vamos, então, faltam 20 minutos. – Chequei o relógio, vendo que era 12:10. – Afinal, de quem foi a ideia de fazer um jogo meio-dia e meio?

- Não sei, mas é horrível. – Pavel suspirou.

- A Federazione escolhe os horários, mas esse foi difícil. – Agnelli disse, revirando os olhos.

- Alguém sempre sofre, dessa vez fomos nós. – Pavel disse.

- Beh, vamos lá. – Beppe falou e esperei Agnelli e Pavel seguirem à frente para eu seguir logo atrás deles com Paratici e Beppe logo atrás.

Passamos pela área VIP do estádio, seguindo pelos corredores que eu já quase tinha decorado e algumas pessoas nos cumprimentavam com um aperto de mão, já outros davam rápidos acenos. Eu ainda achava loucura tudo isso, por um momento eu fui somente uma entre vários no time e acionistas, agora eu estava dando as cartas, todos faziam questão de me cumprimentar, era difícil, honestamente.

Seguimos pelos corredores até chegar no vestiário e dei uma rápida ajeitada em minha saia mid. Depois de quinta-feira, eu sabia que seria difícil eu passar despercebida dos jogadores, todos olhavam para mim e alguns tinham boas segundas e terceiras intenções com seus flertes e brincadeiras, mas eu me vestia para mim. Apesar de gostar do agrado... Beh, e do olhar de Gigi que tentava fingir que nada estava acontecendo quando parecia querer me comer com o olhar.

Junto da saia preta, eu tinha escolhido uma regata branca mais larguinha, que estava dentro da saia, além de sapatos altos, mas com saltos um pouco mais baixos e grossos, igualmente brancos. Precisava dar uma folga para meus pés. Agnelli e Pavel entraram na frente no vestiário, cumprimentando algumas pessoas e fui logo atrás, já parando em Conte.

- Serena... – Conte falou e eu sorri, abraçando-o rapidamente.

- E aí, mister, pronto? – Perguntei, passando as costas das mãos na testa suada do treinador.

- Um pouco nervoso, sendo bem honesto. – Rimos juntos.

- Sem pressão, seja o Antonio Conte de sempre. – Falei e ele sorriu, me abraçando fortemente.

- Só quero ver como vou sobreviver lá fora com esse terno.

- In bocca al lupo. – Dei dois tapinhas em seu ombro e ele sorriu.

- Fino alla fine. – Sorri, seguindo mais alguns passos e parei no treinador de goleiros.

- Claudio. – Falei, chamando-o.

Ciao e Arrivederci | Gianluigi BuffonOnde histórias criam vida. Descubra agora