A garota nova

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Boa leitura!

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Alívio

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Alívio. Essa foi a primeira coisa que Kazuha sentiu quando pôs os pés dentro dos limites da Escola Jujutsu de Tokyo. Finalmente, um lugar no qual as emoções das outras pessoas não ficavam impregnadas no local, a ponto de a perturbarem psicologicamente.

A garota estava sendo acompanhada por seu novo sensei, Satoru Gojo, um adulto que parecia ter a mentalidade de um garoto de doze anos. Ele a estava levando até o alojamento dos estudantes, na ala dos calouros.

A entrevista de admissão foi difícil. Kazuha temeu não ser aprovada para a escola. Ela precisava muito daquele lugar. Precisava de pessoas que a ajudassem a lidar com tudo o que ela sentia.

— Isso aí... Kazuha Misaki, é aqui mesmo. — Gojo anunciou, apontando para o quarto, cuja porta estava com um bilhete provisório, com o nome dela escrito.

Ele estava com o típico ar jovial e imaturo de sempre. O mesmo humor de quando a tirou do orfanato, onde ela viveu durante toda a sua vida.

Kazuha nunca soube quem eram seus pais verdadeiros. Suspeitava que eles nem existiam mais. De qualquer maneira, ela nunca teve interesse em encontrá-los. Isso só traria mágoas e decepções, além de todas as emoções negativas possíveis. O que seria desastroso para ela.

A verdade era que Kazuha era uma usuária de energia amaldiçoada. Ainda era criança quando viu uma maldição pela primeira vez. E também era criança quando descobriu qual era sua habilidade Jujutsu especial.

Kazuha era uma feiticeira empática. O poder dela consistia em absorver as emoções das outras pessoas, com energia amaldiçoada, através de um toque. Infelizmente, isso acontecia independentemente de sua vontade. Bastava tocar em outra pessoa, que ela passaria a sentir tudo o que aquela pessoa estaria sentindo naquele momento.

Entretanto, não fazia muito tempo que ela havia aprendido a usar esse poder a seu favor. Há alguns meses, ela canalizou uma emoção negativa para combater uma maldição no orfanato. Aquilo chamou a atenção da administração do local, que achou melhor que a garota fosse separada dos outros órfãos, e enviada para a escola Jujutsu.

Ainda assim, ela não gostava de pensar muito sobre o orfanato. Não era um lugar de recordações felizes. Pelo contrário, era um lugar de altas energias negativas, onde ela absorvia a maioria das emoções negativas de seus "irmãos", as transformando em um gigantesco arsenal contra as maldições.

A partir deste momento, Kazuha decidiu começar de novo, passando uma borracha em tudo o que havia acontecido até agora. Ela não podia deixar as emoções das outras pessoas a abalarem. Não podia permitir que tirassem sua sanidade.

— Ao menos é bem quieto... — Ela murmurou, entrando no simples quarto.

Aquele cômodo era simples mesmo. Possuía somente uma cama, um armário e uma escrivaninha com cadeira, tudo totalmente cru, sem qualquer tipo de decoração.

Coração Amaldiçoado | Megumi Fushiguro X OCOnde histórias criam vida. Descubra agora