Megumi Fushiguro possui um coração sombrio. Por trás de seu jeito reservado, quieto, e até antissocial, ele guarda as mais negativas emoções que um ser humano pode sentir. Ele manteve segredo, disfarçando estas emoções por muito tempo. Até o dia em...
Espero que ninguém me mate pelo sumiço ou pelo que acontece nesse capítulo. Admito que ele estava pronto já faz um tempinho, mas não queria postar antes de terminar o próximo. Já está pronto, não se preocupem.
Também estava guardando para postar junto com algumas oneshots que estou escrevendo, mas nenhuma está pronta até agora, e eu queria atualizar a fic do Meguminho mesmo assim.
Boa Leitura!
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Por mais que a dor fosse insuportável, Megumi não dormiu. Ficou acordado o tempo todo, enquanto Shoko tratava de seu ferimento com as raízes. Ele só suportou, porque outra coisa estava doendo mais que o procedimento. Sua insegurança.
Quando Kazuha acionou sua Expansão de Domínio, uma personificação de uma das emoções dela foi ao encontro dele e o beijou. E o dono daquele beijo não era ele mesmo. Iria ficar louco se não pudesse conversar com ela logo.
Seu procedimento demorou horas. A enfermaria, que no começo estava cheia, ia se esvaziando à medida em que os alunos eram tratados e liberados para descansarem nos quartos. No fim, Megumi acabou sendo liberado para seu quarto antes que Kazuha acordasse. A ansiedade o estava matando.
No dia seguinte, enquanto descansava, Yuji e Nobara invadiram seu quarto com uma caixa de pizza. Por mais que ele os achasse irritantes na maior parte do tempo, e odiar receber pessoas em seu quarto, agradeceu internamente por estarem ali. Não aguentava mais ficar sozinho, remoendo seus pensamentos.
— Acham que vão cancelar o evento? — Yuji perguntou, pegando uma fatia de pizza.
— Se não cancelarem, vão adiar. Vocês acham que eu tô ferrada? — Nobara apontou para o próprio rosto, cheio de curativos. — A Maki-chan nem acordou ainda. Droga, tô com saudades dela...
— Você também deve estar cheio de saudade da Misaki, não é, Fushiguro? — Yuji se virou para Megumi.
Saudade não era bem a palavra que o moreno usaria. Angustiado, preocupado, nervoso, eram definições melhores para o que ele estava sentindo por sua namorada naquele momento.
— Ela também apagou da última vez que ela usou a Expansão de Domínio. Não vai demorar para acordar. — Megumi respondeu, sem muito ânimo, tentando disfarçar a agonia. — Mas vocês podiam ter me trazido algo mais fácil de digerir...
Ele logo tratou de mudar de assunto. Quanto mais falasse em Kazuha, mais nervoso ficaria.
— É só não comer. — Nobara respondeu, mordendo uma fatia.
E falando em Kazuha, os três ouviram batidas na porta do quarto. Yuji se levantou e abriu a porta, dando de cara com a figura envergonhada da colega machucada. Assim como os outros três, Kazuha estava sem o uniforme da escola, vestindo roupas casuais. Ela também estava com alguns curativos pelo rosto, e uma tipoia no braço que foi ferido pelo tiro.
