Megumi Fushiguro possui um coração sombrio. Por trás de seu jeito reservado, quieto, e até antissocial, ele guarda as mais negativas emoções que um ser humano pode sentir. Ele manteve segredo, disfarçando estas emoções por muito tempo. Até o dia em...
E vamos lá ver o desfecho do capítulo passado que tá dando ânsia em todo mundo. Só digo uma coisa: se segurem nas cadeiras porque o choro tá vindo com força. Já ponham aquela playlist de chorar que todo mundo tem salva e bora.
Boa Leitura!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Kazuha correu, o mais rápido que suas pernas permitiam. Aquilo tinha que ser uma brincadeira de mal gosto. Não era possível. Seus olhos estavam mentindo para si.
Ela sabia que não era mentira. Viu o que viu, com os próprios olhos. Não era uma invenção de sua cabeça.
Ouvia a voz de Megumi ao longe, chamando seu nome, mas era tão distante que não chegava a surtir efeito algum. Quanto mais ela corria, mais sentia muros emocionais sendo erguidos em volta de seu coração.
Ela não queria sofrer assim nunca mais. Não queria amar assim nunca mais.
Só parou de correr quando chegou em seu quarto, rapidamente trancando a porta. Nos primeiros momentos, ela apenas tentou respirar, em busca de recuperar o fôlego quase inexistente em seus pulmões. Sentiu-se revirar internamente, precisando se segurar muito para não vomitar.
Foi quando ele finalmente a alcançou, tentando abrir a maçaneta sem sucesso, passando a bater incessantemente na porta.
— Kazuha?! Kazuha, por favor, abra a porta! — Megumi implorava, em um tom muito mais alto do que falava normalmente. — Por favor, me deixe explicar! Você disse que queria conversar comigo, me deixe entrar...
— Eu já entendi tudo... não precisa explicar... eu perdi, não é? — Kazuha juntou forças para responder, em meio aos soluços de choro. — Acabou tudo de vez... você não me quer mais, e deixou bem claro... eu entendi, Megumi. Eu... não vou mais atrapalhar você.
— Não, não, não é nada disso. Eu achei que era, mas não é. Kazu... por favor... me deixe entrar... — Megumi ainda implorava, começando a perder a batalha para o próprio choro.
Ele não queria desabar ali, na rua, onde qualquer um podia ver. Apesar de passar meses treinando para controlar as próprias emoções, dessa vez, elas não queriam permanecer quietas. Ele deixou as lágrimas caírem, tentando se controlar para também não soluçar.
Ela não voltou a responder. Aquele silêncio o estava deixando louco. Ele queria abrir a porta e explicar o que houve. Que finalmente colocou sua cabeça no lugar e a queria de volta, de certeza. Ele respirou fundo, forçando as lágrimas a pararem de cair.
— Eu entendi o que você fez quando beijou o Inumaki... foi a mesma coisa que eu senti quando beijei a Mai. Agora eu sei disso. Eu sei... que foi um ato de piedade. Eu não entendia, pois não sou do tipo que se põe no lugar dos outros tão facilmente. Não igual a você. Por isso, demorei tanto para entender você... — Megumi tentava, com todas as suas forças, fazer com que ela o ouvisse. — Kazuha... eu nunca amei ninguém do jeito que eu amo você.
