Depois que Ashley aceitou o meu convite para ir ao baile, ela fugiu de mim o resto do dia. No intervalo das aulas, a procuro por todo lugar mas a garota evaporou. Decido deixar assim, no momento ela deve estar querendo me matar.
- E aí, vamos na lanchonete aqui do lado depois da aula? - Charles propôs quando me sentei á mesa com eles.
- De quê adianta convidar se você nunca paga? - Eu disse roubando o seu refrigerante.
- Eu pago, mas o meu. - Ele tentou pegar de volta, mas eu dei um tapa em sua mão.
- Mão de vaca. - Bruce resmungou.
- Se eu quiser pagar a conta de alguém, vai ser de uma garota. - Ele consegue pegar a lata de refrigerante que, agora está quase vazia.
- Do jeito que você é, é capaz de querer dividir a conta. - Falo dando risada e Bruce me acompanha.
- Não ri muito não, Bruce. Você não é tão diferente de mim. - Charles acerta uma bolinha de papel na testa do nosso amigo.
- Você só pode estar louco né? Para ter aquilo ali como minha acompanhante, eu deixo toda a minha mesada em um restaurante. - Ele aponta o queixo para a cima do meu ombro.
Charles e eu olhamos para trás, Emma está rodeada de gente como sempre, mas sua atenção está no celular, ela fala com alguém enquanto gesticula, tocando em seus cabelos, esticando a mão para olhar as unhas, e tocando em sua sobrancelha.
- Por que você não desiste logo? - Charles perguntou assim que nos viramos.
- Vai por mim, essa ruiva ainda vai me chamar de amor da sua vida.
Balançei a cabeça para os lados, rindo. Esse cara sonha.
Cheguei em casa e pensei seriamente em sair de novo.
- Ou você começa a levar os estudos a sério, ou você vai para o colégio interno na Espanha.
- Eu já disse que vou melhorar as minhas notas, o que mais você quer?
- Que você pare de prometer e começe a cumprir com sua palavra. O diretor ligou para mim hoje, você matou a aula de Francês, de novo para variar.
Merda! Aquele diretor não tem mais o que fazer não?
- O time precisava de ajuda.
- Claro. O time! - Ele desfaz o nó da gravata. - Mais uma vez você colocando o time em primeiro lugar em tudo, não é mesmo?! Eu te proibi de jogar, pro-i-bi.
- Você me proibiu de jogar, e não de ajudar os meus amigos.
- Não estou nem aí para os seus amigos, eu disse e volto a repetir, ou leve os seus estudos mais a sério, ou te mando para um colégio interno na Espanha. - Dito isso, ele pega a pasta e sai da sala.
- DROGA! - Grite chutando o ar.
🥅
- Não consigo. - Murmurei deixando a caneta sobre o caderno.
Já faz trinta minutos que tento estudar mas não adianta, parece que as letras estão em outro idioma, nada entra na minha cabeça. Levantei da cadeira e me joguei na cama.
Na manhã seguinte, entrei na escola e a coordenadora assim que me viu apressou-se em se aproximar.
- Deniel Edwards, seu pai ligou para escola e pediu para que ficássemos de olhos abertos e você, usando as palavras dele, nada de esportes, nada de conversinha nos corredores e claro, nada de garotas. Seu lazer será a biblioteca, no mínimo.
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FanfictionEla é diferente, intrigante, tímida, ousada, introvertida, inteligênte, diferentes das outras. O que será que ela quer? Em uma cidade pequena como Burthefill, é difícil se encontrar, não a muito o que escolher, não a muito o que procurar, mas ela t...