Capítulo 20 🥅

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Okay. Não é difícil adivinhar que Ashley Smith, é uma garota que gosta de flores, mas não só para  pousar nas fotos exibindo-se para as pessoas que ganhou um buquê de rosas, ela gosta com intensidade, aquele dia em sua casa, reparei o quanto a garota admirava cada planta que tocava.

Liguei para a floricultura e encomendei um buquê de tulipas com as cores amarelas, vermelhas e brancas, intercaladas.

Já dentro do terno preto, e com o perfume impreguinado na pele, desci para a sala.

- Aquele buquê chegou. É seu? - Minha mãe apontou para as flores na mesa de centro.

- Sim.

Ela assentiu e deu um meio sorriso.

- Está bonito.

- É o que dizem. Preciso ir. - Peguei o buquê e saí de casa.

Enquanto dirigia, intercalava o olhar entre a estrada e o buquê, será que ela vai gostar?

Dez minutos depois, estacionei em frente a sua casa. Mesmo já com o carro desligado, minhas mãos permaneceram no volante. Caraca, por que estou tão nervoso?

Porque você vai levar Ashley Smith, para o baile.

Respirei fundo, tirei o cinto de segurança, peguei o buquê e saí do carro antes de travar as portas.

Olhei no relógio e sorri ao ver que fui pontual. Nunca sou.

Subi as escadinhas de sua varanda, e sentindo uma estranha turbulência em meu estômago, toquei a campanhia.

Alguns segundos depois, a porta é aberta e Melanie, mãe de Ashy, aparece sorridente.

- Você está um gato. - Cochicou ela dando passagem para eu entrar.

Sorri adentrando em sua casa.

- Gato o suficiente para a sua filha? - Brinquei.

- Ninguém e gato o suficiente para minha a filha, já viu o quanto ela é linda? - Se gabou com a sobrancelha arqueada.

- E tem como não ver?

- O rapaz já chegou? - Um homem entrou na sala. Intuo ser o pai da Ashely - Então é você quem vai levar a minha filha ao baile?

- Sim, querido. Vai conversando com ele enquanto eu vou tirar a Ashely do quarto. - Meli, sobe as escaladas, deixando o homem alto e eu, sozinhos.

- Senhor Smith, prazer, sou Deniel Edwards, e sim, serei o sortudo que terá sua filha como acompanhante no baile. - Estendi a mão para ele.

O homem alto, me encarou por alguns segundos mas logo retribuiu o aperto de mão.

- Nada de bebidas alcoólicas, nada de drogas, e ser eu descobrir que tentou, ousou, ou pensou em passar do limite que minha filha impor, eu te caço até os confins da terra se for preciso, e quando eu te achar... - Na medida em que ele falava, sua mão apertava bruscamente a minha - você vai desejar nunca ter cruzado a porta da minha casa, fui claro?

Wow. Agora entendo porquê Ashley é do jeito que é.

- Pode ficar tranquilo senhor Smith, respeitarei sua filha e não ultrapassarei nenhum limite imposto por ela. - Nossa! Até parece que eu não estou com medo.

- Ótimo. - Por fim soltou minha mão.

- Preparados? - Melanie, perguntou descendo as escadas.

Como se não estivesse me ameaçado a segundos atrás, o ranzinza põe as mãos no bolso e olha para a esposa sorrindo.

- Claro. - Afirmou ele.

- Filha, pode descer. - Parece que estou me casando.

- Mãe, por favor, até parece que estou me casando. - Ouço a voz de Ashley do alto da escada, sorri ao ver que suas palavras eram as mesma que pensei segundos atrás.

E quando ela começou a descer as escadas, meu sorriso foi se fechando, mas não de uma forma ruim, todo o medo imposto pelo senhor Smith, saiu, e o que sobrou dentro de mim, foi uma admiração inigualável pela garota que desce os degraus com a mão esquerda segurando no corrimão.

Ela... ela está linda, linda. O vestido ombro a ombro, cheio de brilho, realçou ainda mais a beleza nítida em sua pessoa. Os sapatos altos, deu um toque de elegância e delicadeza nela, e o penteado despojado, solto com uma trança, transpareceu nela um lado princesa, que o Jeans e o rabo de cavalo do seu dia dia, esconde.

Não está muito maquiada, até mesmo nem precisa. Ela é natural, sua beleza não sai com um removedor de maquiagem depois da noite.

Na medida em que foi descendo os degraus, meus olhos foi acompanhado os seus, suas bochechas corou levemente, e como faz quando está nervosa, Ashley mordeu o lábio inferior, prendendo o sorriso espontâneo que pareceu querer sair.

Como essa garota é linda, é inacreditável que nenhum cara tenha desejado ela. Pois eu desejo, e muito. Isso já virou mais que uma obrigação.

Melanie saiu de perto da escada, e parou ao lado do marido, e eu que entendi o recado, fui de encontro a garota que terei o prazer de andar ao lado.

- Você está linda. - Fui o que conseguir pronunciar quando Ashley desceu o último degrau.

- Exagerada, isso sim. - Ela acariciou o vestido com a cabeça baixa.

- Nem de longe você está exagerada, é a garota mais linda que eu já vi e todos naquele baile vão ver isso também.

Ashley sorriu encontrando o seu olhar no meu, mas não durou muito, porque seus olhos logo pousaram no buquê que seguro.

- Tulipas? - Falou animada.

- Pensei em comprar rosas, mas é muito clichê para uma garota que entende de flores. - Estendi as flores para ela que, pegou com um olhar satisfeito e admirável.

- São lindas, lindas. Obrigado, Deniel. Foi muita gentileza.

- Não a de quê.

- Mãe, a senhora pode colocá-las em um vaso no meu quarto? - Perguntou se virando para Melanie que, por sua vez, tinha um sorriso orelha a orelha.

- Claro, filha. Me dê aqui! - Ela soltou o braço do marido e se aproximou de nós com as mãos estendidas para pegar o buquê - Agora acho melhor você irem, não é?! Não queremos que saiam daquí tarde.

- Concordo. - Eu disse fitando a loira ao meu lado - Vamos?

Ashley assentiu, e deu um beijo em sua mãe.

- Juízo, e qualquer coisa liga, tudo bem? - Foi a vez do pai dela de falar, quando sua filha foi até ele abraça-lo.

- Pode deixar, pai.

Quando saímos da casa Ashely parou na varanda.

- O que foi? - Perguntei.

- Não acha que estou muito extravagante? Q-quero dizer... é só um baile de escola, eu nunca fui em um, e se...

Pousei o dedo indicador em seu lábio fazendo-a se calar.

- Ashley, você não faz idéia do quanto está linda, e mesmo com o vestido e sapatos brilhosos, sua aparência está mais natural que nunca.

- Sério?!

Levantei seu queixo delicadamente com a mão, e isso fez com que ela entre entreabrisse os lábios levemente.

- Nunca falei tão sério, em toda a minha vida.

- Okay. - Respirou fundo - Então podemos ir.

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