(Parte II 📚)

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Cheguei em casa ensopada, meus pais que estavam na sala ao me ver estranharam.

- Já está em casa? - Meu pai olhou no relógio em seu pulso - Porque não ligou pra eu ir te buscar?

- Filha... - Minha mãe se levantou.  - O que foi?

Não respondi, apenas subi as escadas correndo e entrei no meu quarto, fechei a porta e tranquei para não ter que lidar com a minha mãe.

Com as costas apoiada na porta, escorreguei até o chão e caí chorando.

Por quê? Por que eu simplesmente não continuei na minha? Por que eu me permiti passar por Isso?

- Ashley. - Minha mãe bateu na porta - Abre essa porta!

Tapo a boca com a mão sufocando o gemido angustiante que tentou sair. Estou me sentindo suja e usada.

Um troféu? É isso que eu sou para ele?

Maldito! A raiva começa a queimar em meu peito com fervor. Burra! Isso que eu sou.

Deniel Edwards é popular, capitão do time de lacrosse, festeiro, por que eu achei que os sentimentos dele eram reias por mim?

- Ashley, filha... Deniel está aqui.

Não! Não quero ele aqui.

- Manda ele ir embora! - Eu disse me levantando.

Alguém bate mais forte na porta.

- Ashy... - Não! Ele não - Amor... por favor, deixa eu te ver, vamos conversar.

- Sai daquí, Deniel! - Encarei a porta com o coração apertado sabendo que o garoto que partiu meu coração está do outro lado dela - Eu não quero te ver nunca mais.

- Não diga isso, Ashy. Não me odeie, por favor.

- Vai embora!

- Só depois de falar com você, por favor... deixa eu te ver.

Penso em abrir, penso em ouví-lo, lhe dar uma chance de explicar... Não! Sacudo a cabeça tirando esses pensamentos.

- Desaparece da minha casa, da minha vida, eu odeio você e quero esquecer que um dia eu te olhei. - Gritei e corri para o banheiro do meu quarto sem dar chance de ouví-lo de novo.

Deniel Edwards... te odeio.

📚

Dias depois....

Fiquei três dias sem ir a escola. Minha vida está um caos, gravaram o que aconteceu naquele dia na escola e jogaram na internet, estou em todos os aparelhos eletrônicos de Burthefill.

- Está pronta, filha? - Minha mãe entrou no quarto.

Sentada na cama olhando para minhas mãos entrelaçadas, respirei fundo.

- Não tem como fugir, mãe?

Minha mãe que, está ciente de todo ocorrido, se aproximou de mim e se sentou ao meu lado.

- Fugir não resolve os problemas meu amor, sei que está sendo difícil pra você, mas eu garanto que vai melhorar.

Ergui o rosto e olhei para ela.

- Como? Como vai melhorar?

- Não á nada que o tempo não cure, meu amor. - Respondeu passando a mão em meu cabelo.

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