Capítulo 24 🥅

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- Chama ela pra se sentar aqui, Deniel. - Emma apontou para Ashley que estava brigando com a máquina de refrigerante.

- Vou tentar. - Me levantei e caminhei até ela.

- Que droga! - Ashley resmunga dando tapas na máquina.

- Oh, vai com calma. - Zombei apoiando o ombro.

- Acho que essa lata velha tem alguma coisa contra mim. - Disse ela quando a lata de Coca-Cola finalmente desceu.

- Quer vir sentar com a gente? - Indiquei com queixo para a mesa onde estou sentando.

Ashely apontou o para si mesma com uma expressão cômica no rosto.

- Eu?! - Anuo achando graça - Obrigado mas, vou para a...

- Biblioteca.

- Eu ia dizer sala de música.

- A Emma quer que você sente com a gente, e eu também. - Confessei dando os ombros.

- Olha, não é porquê eu fui ao baile que derrepente me tornei extrovertida, isso é novo para mim.

- E vai continuar sendo se você não se permitir inturmar.

- E como eu faço isso? - Ela riu um pouco sem graça.

- Do mesmo jeito que fez no baile.

Ashely olha para a mesa onde eu estava assentando, sua expressão receosa me deixa intrigado. Por que tanto medo de se interagir?

- Hoje não. - Respondeu por fim com um ar de derrota.

As aulas passaram voando. Hoje eu volto a treinar, o que é um alívio para mim.

Após o treino, tomo um banho e sigo em direção ao estacionamento do colégio.

Durante o trajeto até a minha casa, penso em como devo introzar mais Ashley, ela é uma garota fantástica, não merece ficar escondida atrás dos livros.

Emma me disse que as meninas a convidaram para uma festa de pijama, ou algo assim, gostei de saber disso mas, tenho a sensação que esse tipo de coisa não é o estilo de Ashley Smith.

Cheguei em casa e subi direto para o meu quarto, não estou afim de dialogar com a minha mãe hoje.

Mas minha expectativa de não ter que ouvir a voz dela foi para o brejo quando a escuto me chamar do outro lado da porta.

- Filho, posso entrar?

Saco!

- Pode. - Bufo teclando no celular.

Minha mãe abre a porta e entra no quarto com o meu irmão no colo.

- Preciso de um favor.

- Que favor? - Arqueei a sobrancelha.

- Vou ter que sair, você pode ficar com o seu irmão nas próximas duas horas?

Joguei o pescoço para trás e soltei uma gargalhada.

- Piada né?

- Não, hoje é a folga da empregada, e não tem ninguém para ficar com ele.

- E aonde você vai que não pode levar o seu filho? Aéroporto?! - Indaguei sarcásticamente.

Seu olhar se entristece no mesmo segundo, e eu sinto uma pontada em meu peito. Arrependimento?

- Não, amor. Vou á uma consulta que tenho com o meu nutricionista.

- Desculpe mas, não levo jeito com crianças. - Voltei a encarar a tela do meu celular.

Ouço-a suspirar, e sem mais, sair do quarto.

Apenas um livroOnde histórias criam vida. Descubra agora