Capítulo 18 🥅

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- E por essa razão, desejo pedir transferência da minha turma de história. - Terminei o discurso sentindo-me orgulhoso dos meus argumentos.

A secretaria que cuida das tranferecias de turma, encarou o papel com o pedido de transferência.

- Quer trocar de turma porque acha que o seu desempenho terá mais resultados?

- Isso. - Assegurei balançando a cabeça para cima e para baixo.

- E quem garante que não é por interesse pessoal?

- Ora, que interesse eu teria em uma aula de história, a não ser aprender?

- Deniel... - Pronunciou o meu nome lentamente, cerrando os olhos.

- Você cortou o cabelo? Valorizou o seu rosto sabia?! E, caramba, nunca tinha percebido que seus olhos eram verdes.

- Garoto você é terrível. - Ela riu pegando o carimbo.

- Sei que você me ama. - Murmurei com um sorriso torto.

- Toma vergonha na sua cara, e eu espero não me arrepender da minha decisão. - Carimbou, "aprovado" na minha folha. Isso!

- Não vai, prometo. - Peguei a folha e mandei um beijo para ela antes de sair da secretaria.

- Aonde o senhor estava? - A inspetora para em minha frente.

- No hospital. - Respondi irônico. Será que não vê que eu estava saindo da secretaria?

- Como é? - Ela me encarou com firmeza.

- Fui pedi transferência de turma, só isso.

- Hm. Que turma está agora?

- História. - Ergui a folha.

- Então vamos. - Me deu espaço para ir em sua frente.

- Primeiro as baixinhas.

- Para de graça e ande logo! - Que mal humor.

Passei por ela seguindo em rumo a sala, ciente de que estava sendo seguido.

Quando paramos em frente à porta aberta, ela toma a frente e bate na porta.

- Com licença, professor.

- Pois não? - O professor se vira para ela.

- Tranferiram um aluno para a sua turma - Na sequência ela deu espaço para eu adentrar na sala.

- Deniel Edwards. - O professor respirou fundo. Que alegria em me receber.

- Feliz com a minha presença, professor? - Zombei.

- Você não imagina o quanto. - Murmurou revirando os olhos.

- Bom, qualquer coisa pode me chamar, professor. - Disse a inspetora antes de sair.

- Me dá o papel de sua transferência, e sente-se em algum lugar vago. - Ordenou o professor barrigudo.

Coloquei o papel na mesa e com os olhos, procurei ela, Ashely. E quando a avistei, sorri de imediáto ao ver um lugar livre atrás dela.

- Ora, ora, ora, parece que seremos colegas de sala. - Cochichei em seu ouvido.

- Por que você pediu transferência? - Ela me olhou por cima do seu ombro.

- Porque te acho muito sozinha, então resolvi ser sua companhia.

Claro que é mentira, preciso de mais tempo e oportunidade para conquistá-la, e tendo aula juntos, as minhas chances aumentam.

Apenas um livroOnde histórias criam vida. Descubra agora