Capítulo 31 📚

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A semana se passou. Provas, trabalhos e apresentações, é o resumo dos meus dias; hoje é o aniversário da cidade, e haverá uma festa na praça principal. Minha mãe tratou de comprar os trajes típico do tema, ano de 1850.

- Filha... - Meu pai bate na porta aberta do meu quarto - Uau, você está linda, querida.

Sorrio colocando o último par do meu brinco. Viro-me para ele é faço reverência.

- Obrigada.

Meu pai que, também está vestido com roupa de época, olha no relógio em seu pulso.

- Vamos?! Sua mãe está nos esperando.

Assinto, mas antes de sair, passo um perfume e ajeito o laço no cabelos enrolados pelo babyliss.

Já na praça, podemos ver todos vestidos com os trajes, algumas pessoas conversando, outras brindando, porém todos tem uma coisa em comum, o sorriso e a felicidade no olhar. Butherfill, é uma cidade que não rejeita nenhum tipo de comemoração, onde há música, animação e festejos, nós estamos também.

- Filha, por que não vai procurar seus amigos, mamãe e papai vai cumprimentar uns conhecidos. - Disse minha mãe.

Assinto e depois de mandar um beijo, saio a procura de Emma.

- Olá, gostaria de uma maçã do amor? - Um comerciante estende a maçã vermelha coberta de açúcar.

- Não, obrigada. - Sorrio com educação.

Paro enfrente a linda fonte do centro da praça, tento olhar o meu reflexo nas águas. O que eu faria sem minha mãe? Ela que me produziu do pés a cabeça.

- Será que essa bela donzela me daria a honra de sua companhia durante esse festejo?

Viro-me e meu coração trava. Deniel! Com uma calça um pouco larga, paletó de ponta atrás, bengala moderna, e um cheiro que impregnou todos os meus sentidos.

- Estou bem sozinha. - Sorri passando por ele sabendo que serei seguida.

- Você tem ideia do quanto está linda? - Sussurrou em meu ouvido.

- Sim, mas obrigado por reforçar. Minha mãe não brinca em serviço.

- Percebi pela filha que ela tem.

Mordo o lábio pra conter o sorriso.

- Veio com seus pais? - Mudei de assunto.

- Sim, eles estão numa barraquinha de ursos, devem estar comprando para o Nickolas.

Assenti, e sorri ao avistar minha amiga Emma, está vestida em um vestido lindo vermelho rodado de época.

- Ela sabe como causar. - Comentei ao perceber que Deniel também a avistou.

- Na minha opinião, você está mais linda.

Olho para ele e reviro os olhos.

- Aceita uma rosa, minha bela flor? - Outro comerciante estende a rosa vermelha para mim.

- Ah, nã...

- Por favor, me dê uma. - Deniel intervém.

O vendedor se apressa a lhe entregar a rosa que vem com um bobom amarrado, juntamente com um bilhetinho.

Após Deniel pagar, o comerciante vai embora.

- Aceita ser minha acompanhante durante essa festa irritantemente chata? - Ele sorri de lado e me oferece a rosa.

- Sabe, não aguento mais essa insistência de ser sua acompanhante. - Murmurei pegando a rosa antes de levá-la ao nariz.

Fecho os olhos aspirando o cheiro da linda flor.

- Ter sua companhia, tem sido uma das melhores coisas nessas últimas semanas. - Ele diz em meio ao um sorriso.

Abro a boca pra responder mas ouço um pigarreio atrás de mim.

- Estamos atrapalhando? - Viro-me e me deparo com Charles e Hazel, a loira antipática.

- Não, não estão. - Respondo com um dos meus melhores sorriso.

- Será que eu poderia roubá-lo um pouquinho? Essa é minha música preferida. - Hazel pergunta referindo-se à Deniel.

- Oh... claro! Por favor. - Gesticulo com a mão, para que ela se aproxime dele.

Deniel me olha intrigado mas não consegue ao menos se pronunciar, pois é puxado por Hazel para perto do palco onde a banda toca uma música romântica, desvio o olhar quando ambos começam a dançar.

- Você está muito bonita. - Charles comenta após alguns segundo de silêncio.

Olho para ele, e forço um sorriso.

- Ah, obrigada. Bom, vou indo...

- Espera! - Ele pega em meu braço impedindo-me de me afastar - Gostaria que dançasse comigo.

- Como?! - Arqueei a sobrancelha.

- É. Que mal tem? É só uma dança.

- Por que isso agora? - Ele dá os ombros e aponta para Deniel e Hazel.

Olho para trás e vejo os dois dançando distraídos.

- Já que fomos trocados, não custa nada dançarmos um pouco.

Ao ver Deniel rindo de algo que Hazel falou no seu ouvido, sinto  uma pontada ardente no peito.

Hesitante volto a fitar o garoto a minha frente. Se Deniel pode se divertir, porque eu não?

- Tudo bem, mas sem nenhuma gracinha.

Ele sorri e assente. Caminhamos juntos aonde todos estão dançando perto do palco, Charles abraça a minha cintura e eu entrelaçou os braços em seu pescoço.

Passamos alguns segundos dançando, evito olhar nos olhos de Charles, mas ele não faz o mesmo, ele nem disfarça o seu olhar.

- Soube que você gosta de jardinagem. - Ele puxa assunto.

- Ah, sim. Gosto.

- Minha mãe também gosta, ela tem uma estulfa em casa.

- Sério?! - Isso chama minha atenção.

- Sim, eu lembro quando eu era pequeno ela me fazia mexer na terra, dizia ela que ter contanto com a natureza ajudava a ser mais sensível com os seres vivos.

- E funcionou?

- Olha, sinceramente não.

Revirei os olhos deixando escapar uma risada baixa.

- Não me surpreendo.

- Ah, é? E por que não? - Ele me faz dar um giro e volta a encostar nossos corpos.

- Porque garotos como você, não tem mais nada na cabeça a não ser, esportes e sala de musculação.

Charles joga a cabeça pra trás e dá risada.

- É isso que você pensa de nós? Que ousadia.

- E estou mentindo?

- Somos mais interessantes que isso, eu garanto.

- Ah, é? Me convença então! - Ergui a sobrancelha com um olhar desafiador.

- Estou interrompendo? - Ouço a voz da minha amiga, Emma atrás de mim.

Viro-me e dou de cara com a ruiva, sua a cara é de "O que merda você tá fazendo?"

- Ah, não. Estávamos só conversando. - Respondi dando os ombros.

- Ótimo, porque preciso de você. 

Apenas um livroOnde histórias criam vida. Descubra agora