- Não. - Choraminguei abraçando o meu livro contra o peito.
Ao mesmo tempo em que fico ansiosa para terminar um livro, odeio saber que ele chegou ao fim. Só quem é leitor entende.
Frustrada por ter acabado, deixei o livro sobre a cama e me levantei.
Sentei na cadeira de minha escrivaninha, abri meu diário, peguei uma caneta e começei a escrever:
Querido diário, cá estou eu novamente, antes era semanal minha visita aqui, agora se tornou uma rotina, e eu gosto. Sinto que cada vez que escrevo em você, consigo me entender, bom pelo menos um pouco.
Hoje não houve nada de tão absurdo, tirando o fato de que, Deniel Edwards, me convidou para ir á uma festa em sua casa. Dá para acreditar?! Eu? Em festas?!
É meio clichê o que vou escrever mas me sinto deslocada. Quero que as pessoas me conheçam melhor e me entendam, mas não consigo dar essa liberdade para elas.
Será que é medo? Minha amiga Emma diría que é falta de uma boa tequíla, ela é louca!
O que será que o Deniel quer comigo? Concerteza me fazer de troféu para os amigos idiotas dele. Meu Deus, quanta presunção.
Mamãe viajou a trabalho, dessa vez para Londres. E o papai? Bom.... o mesmo de sempre, ele mora no escritório, e visíta a nossa casa.
Será que eu devo ir nessa festa boba? Seria tão bom se você pudesse me responder.
Fecho o diário e largo a caneta em cima dele.
Encaro a janela que dá vista ao jardim de casa, sorri orgulhosa por saber que fui eu que plantei.
Amo jardinagem, amo ás flores, acho que elas passam mensagens tão lindas e significativas. Receber uma flor é um gesto tão simples e perfeito, como alguém pode não gostar de receber uma flor?
Flor é puro e delicado, é uma obra prima da natureza. Vivam as flores!
- Qual o seu problema? - Sou interrompida dos meus pensamentos, por uma Emma que, entra no meu quarto contráriada.
- O quê? - Olhei para ela sem entender.
- Estou te ligando a mais de uma hora, por que não me atende?
- Meu celular está carregando, e no mudo também. - Me levantei da cadeira e sentei-me na cama.
- Já está escureçendo, vá se arrumar! - Ela aponta para o meu closet.
- Me arrumar para o quê? - Franzi a testa.
- Ué, para a fogueira.
- Eu não vou para a fogueira, já disse isso.
- Ashley, não me importa o que você diga, não vou sair daquí sem você.
- Ótimo! - Dei os ombros - Quer ver um filme?
- Aaaarr. Essa não é a resposta certa, você tem que dizer "então tá bom, que roupa eu uso?"
- Então tá bom, que pijama eu uso? - Zombei. Ela abaixa, pega minha almofada com formato de donut do chão e joga em mim - Levanta essa bunda branca daí, agora!
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Apenas um livro
Fiksi PenggemarEla é diferente, intrigante, tímida, ousada, introvertida, inteligênte, diferentes das outras. O que será que ela quer? Em uma cidade pequena como Burthefill, é difícil se encontrar, não a muito o que escolher, não a muito o que procurar, mas ela t...