Capítulo 3 📚

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- Não. - Choraminguei abraçando o meu livro contra o peito.

Ao mesmo tempo em que fico ansiosa para terminar um livro, odeio saber que ele chegou ao fim. Só quem é leitor entende.

Frustrada por ter acabado, deixei o livro sobre a cama e me levantei.

Sentei na cadeira de minha escrivaninha, abri meu diário, peguei uma caneta e começei a escrever: 

Querido diário, cá estou eu novamente, antes era semanal minha visita aqui, agora se tornou uma rotina, e eu gosto. Sinto que cada vez que escrevo em você, consigo me entender, bom pelo menos um pouco.

Hoje não houve nada de tão absurdo, tirando o fato de que, Deniel Edwards, me convidou para ir á uma festa em sua casa. Dá para acreditar?! Eu? Em festas?!

É meio clichê o que vou escrever mas me sinto deslocada. Quero que as pessoas me conheçam melhor e me entendam, mas não consigo dar essa liberdade para elas.

Será que é medo? Minha amiga Emma diría que é falta de uma boa tequíla, ela é louca!

O que será que o Deniel quer comigo?  Concerteza me fazer de troféu para os amigos idiotas dele. Meu Deus, quanta presunção.

Mamãe viajou a trabalho, dessa vez para Londres. E o papai? Bom.... o mesmo de sempre, ele mora no escritório, e visíta a nossa casa.

Será que eu devo ir nessa festa boba? Seria tão bom se você pudesse me responder.

Fecho o diário e largo a caneta em cima dele.

Encaro a janela que dá vista ao jardim de casa, sorri orgulhosa por saber que fui eu que plantei.

Amo jardinagem, amo ás flores, acho que elas passam mensagens tão lindas e significativas. Receber uma flor é um gesto tão simples e perfeito, como alguém pode não gostar de receber uma flor?

Flor é puro e delicado, é uma obra prima da natureza. Vivam as flores!

- Qual o seu problema? - Sou interrompida dos meus pensamentos, por uma Emma que, entra no meu quarto contráriada.

- O quê? - Olhei para ela sem entender.

- Estou te ligando a mais de uma hora, por que não me atende?

- Meu celular está carregando, e no mudo também. - Me levantei da cadeira e sentei-me na cama.

- Já está escureçendo, vá se arrumar! - Ela aponta para o meu closet.

- Me arrumar para o quê? - Franzi a testa.

- Ué, para a fogueira.

- Eu não vou para a fogueira, já disse isso.

- Ashley, não me importa o que você diga, não vou sair daquí sem você.

- Ótimo! - Dei os ombros - Quer ver um filme?

- Aaaarr. Essa não é a resposta certa, você tem que dizer "então tá bom, que roupa eu uso?"

- Então tá bom, que pijama eu uso? - Zombei. Ela abaixa, pega minha almofada com formato de donut do chão e joga em mim - Levanta essa bunda branca daí, agora!

Apenas um livroOnde histórias criam vida. Descubra agora