Um acordo..

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Nosso trajeto não foi longo, principalmente porque a mão deliciosa de Magnus  não saía da minha coxa, e o que é bom, dura pouco, não é o que dizem? Eu podia jurar que sentiria a marca daquela mão em minha pele durante dias, e eu não estava enganado. 

Ele me apertava e acariciava, enquanto conversávamos banalidades. Chegamos a minha casa e Magnus  se comportou como se vivesse ali.

— Posso preparar o seu Bourbon? — Perguntou, caminhando até o meu bar, me fazendo sorrir.

— Eu quem deveria fazer as honras, não acha? — Sentei-me à sua frente.

— Sou um excelente barman, Senhor Lightwood. — Disse, abrindo a garrafa do meu velho Jim Beam.

— É mesmo? — Perguntei, levantando a minha sobrancelha.

Magnus passou a língua nos lábios, antes de perguntar se eu queria o meu Bourbon puro ou com gelo, antes mesmo que eu esboçasse a minha resposta, ele mesmo respondeu por mim:

— Puro. Deixaremos o gelo para depois, Alexander..  —  Disse, com um sorrisinho malicioso. Puta merda! Senti um arrepio por todo meu corpo  com a lembrança do que fizemos em seu apartamento. 

Mais uma vez, Magnus passou sua mão pela  minha coxa, apertando sutilmente, me deixando duro. Lentamente tirou a blusa que eu estava vestindo, nunca desviando os olhos dos meus, e derramou o Bourbon nos meus mamilos  passando a sua língua e levando aos meus lábios.

— Puro, Alexander... — Pelo anjo! Ele serviu as nossas bebidas e propôs um brinde que me chocou.  —   Uma única noite. 

Quase engasguei.

Puxando a minha mão, me conduziu pela minha própria sala em direção ao som. O que estava acontecendo comigo? Desde quando Alexander Lightwood permitiria ser conduzido desta forma, sem ter qualquer tipo de reação? 

A questão era que Magnus me deixava tonto, desnorteado. Ele era imprevisível e deliciosamente sedutor. Apertou o play e a voz de Marvin Gaye pedindo "Let´s get it on" preencheu o ambiente.. Até você, Marvin, se virando contra mim?

Magnus deu um longo gole em seu Bourbon  largando-o em algum lugar, fazendo o mesmo com o meu copo, antes de me pegar pela mão. Meu corpo se retesou. Era só o que faltava dançarmos no meio da minha sala!

— Deixe rolar, Alexander.  —  Disse com um sorriso sacana, fazendo referência à música, enquanto apertava minha mão. — Essa noite é nossa, então.. — Passou a língua nos lábios, antes de concluir com a voz rouca. — Carpe Diem.

Olhei-o surpreso e ele sorriu, me puxando em sua direção, sua boca na minha, sua ereção se esbarrando na minha.  

— Sim, eu vi a sua tatuagem.  —  Sussurrou com os seus lábios tocando os meus sutilmente.

“Colha o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã.”

A tradução literal da expressão que tanto adoro e que está tatuada na minha costela, na lateral esquerda do meu corpo, eu tenho várias tatuagens pelo corpo, runas, cada uma com significados específicos, feitas em determinados pontos da minha história, mas "Carpe Diem", é minha preferida.

— Carpe Diem, Alexander.  — Magnus repetiu, me enlaçando em seus braços enquanto Marvin Gaye me torturava:

"Esta é a hora, sim, vamos deixar rolar, por favor, deixe rolar. Eu sei que você sabe que eu tenho sonhado com isso. Você não, baby? Meu corpo inteiro te deseja. Ohh. Eu não vou me preocupar, eu não vou pressionar você, baby. Então, vamos lá, baby. Pare de me enrolar. Vamos deixar acontecer. Eu quero que aconteça, você não deve se preocupar se isto é errado. Se o espírito se move em você, deixe-me te enlouquecer.”

The Deal  (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora