Não sei dizer por quanto tempo fiquei com a porta aberta olhando o elevador, depois que Magnus desapareceu da minha frente.
Provavelmente ele deveria ter chegado à casa da loira falsificada enquanto eu, pateticamente, olhava para o nada, à procura de respostas.
"O que estava acontecendo comigo?"
Essa era a pergunta de um milhão de dólares.
Depois tudo ficou um pouco nebuloso. Lembro-me de estar sentado ao lado da cama ao som de Pink Floyd cantando "Wish you were here'', para tornar a cena mais fúnebre possível, e minha terceira garrafa entre as pernas.
Sim, o meu velho Jim Beam nunca me abandona, ainda mais sem me dar respostas.
Eu me sentia patético, com raiva de tudo e de todos. Logo eu, Alexander Lightwood, dono do universo, me deixei levar por um Doutor de merda! Delicioso, mas de merda! Pelo menos era o que eu repetia como se fosse um mantra. Sem parar.
Era torturante: eu fechava os meus olhos e via os dele, balançava a cabeça e o seu cheiro me invadia. Sentia suas mãos por todo o meu corpo, a marca dos seus lábios nos meus.
"Como deixei isso acontecer? Como Magnus Bane me invadiu de forma tão rápida e tão de repente? Será que era assim que a paixão acontecia?"
Eu nunca estive apaixonado.
Nunca.
Nem em minha adolescência. Talvez por ter passado a maior parte dela cuidando de minha mãe, ou por ter visto o amor insano que ela sentia por aquele homem abominável que, infelizmente, era o meu pai.
Ou, quem sabe, não seria nada disso? Quem sabe eu era assim: frio? Então, por que eu não conseguia ser dessa forma agora? Que dor absurda era essa no meu peito?
Se o tal "primeiro amor" é assim, eu não quero senti-lo nunca mais.
⇢⇢⇢
Minha cabeça latejava, enquanto eu ouvia um barulho que, para mim, era ensurdecedor, uma campainha extremamente irritante.
Abri os meus olhos lentamente e demorei a me dar conta de que era o meu celular. Já havia amanhecido.
Eu não sei por quanto tempo fiquei acordado, olhando para o nada. Eu, Gilmour, uma garrafa de Jack Daniels e o meu velho Jim Beam. Talvez a noite toda.
"Sou a favor de tudo que ajuda a atravessar a noite — seja uma oração, tranquilizante ou uma garrafa de Jack Daniels."
Era o que Sinatra costumava dizer, e o filho da puta sabia das coisas. Conforme eu disse, o meu velho Jim Beam nunca me abandonou e eu estava ali, em meu felpudo tapete imaculadamente branco, com quatro garrafas ao meu lado, a última, pela metade.
Trimmmmm…
Céus! A merda do telefone de novo!
Estiquei-me até a cabeceira e peguei o aparelho. As pessoas não tinham o que fazer não? Olhei no visor e vi que era Magnus.
Interrompi a chamada e logo o relógio digital preencheu a tela. Eram oito e quarenta e cinco da manhã e havia cinquenta chamadas perdidas.
Todas de Magnus.
— Foda-se! — Bradei.
Eu precisava de um banho. Após uma ducha rápida, tomei um medicamento na esperança de tirar aquele sino de dentro da minha cabeça, e segui rumo à porta, quando o telefone tocou mais uma vez.

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The Deal (Malec)
FanfictionEle definitivamente odiava qualquer coisa relacionada ao amor, adorava sua liberdade, diferente de seu melhor amigo que era um romântico incurável. Para Alexander Lightwood, tudo o que ele precisava para ser feliz ele já tinha: Seu inseparável borbo...