Aquele seria apenas mais um dia, não como qualquer outro, na realidade aquela noite ele estava de folga e se preparava para estragar um pouco do físico invejável que possuía, já que não era sempre que sua profissão lhe permitia tais luxos. Iria com...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Deixem-nos... Vou examiná-la pessoalmente!
Tudo em nossa vida serve como um propósito e tudo tem o tempo certo para acontecer. Mas ele nunca achou que aquele seria o momento.
O momento de conhecer a dona dos olhos que nublava seus sonhos.
Era ela...
Esse tempo todo ela era a dona dos olhos tão incógnitoa e verdes que vinha visitar suas noites e, meu coração parou por milésimos de segundos quando os vi. Eu estava enganado quando disse que nenhum ser humano poderia ter olhos como aquele, eles pertenciam à ela, e meu mundo deu um solavanco assim como as batidas aceleradas em meu peito. Não estava apaixonado, não, longe disso... Estava hipnotizado!
Todos que estavam ali encontravam-se abismados, os funcionários logo distribuíram a notícia por toda a clínica, a notícia do milagre. Madara não era tão cético em crenças mas aquilo não poderia ter outra explicação senão aquilo, a volta repentina daquela garota só poderia ser um milagre.
- Sente dor? — ela negou, então proximou-se a avaliando por completo — Consegue movimentar os braços? — ele a viu tentar com dificuldade mas com uma força absurda, abria e fechava as mãos conforme ele a ajudava — E as pernas? — sua paciente tentou, tentou com bravura da mesma maneira que lutou enquanto ele a operava, mas por enquanto nada. Ele sabia que aquilo era reversível, tinha certeza, mas precisaria de ajuda e uma que não seria apenas dele — Sabe o meu nome?
- É você.. você quem conversava comigo, eu sei.. o som da sua voz, eu me lembro dela!
Foi tão reconfortante e bom ouvi-la pela primeira vez mesmo que ela estivesse surtando quando seus olhos a viram. Qualquer um naquela situação estaria surtando ou entrando em colapso, mas aqueles olhos o deixaram tão atônito que a situação não importava naquele instante.
Desconcertado foi como ficou ao ouvi-la, e pela primeira vez não soube o que dizer para um de seus pacientes, apenas desviou o olhar dela notando que aquilo deveria estar ficando constrangedor.
- E o seu nome? — Madara viu através da expressão dela o quanto a pergunta a havia prejudicado, como se aumentassem o fardo do que ela carregava dentro de si — Não se lembra? — ela negou — Do que se lembra antes de vir parar aqui?
- Por que não consigo me mover..? — retrucou com outra pergunta carregada de nervosismo e angústia.
- Passou por uma cirurgia na cabeça por cinco horas, eu fiquei cinco horas te operando para que você pudesse retornar, estava debilitada ao extremo quando chegou aqui. Você não quebrou as pernas, foram pequenas fraturas que já se normalizaram, mas terá que reaprender a andar! — a garota ficou em choque, enquanto as lágrimas continuaram a queimar em suas bochechas por algo relacionado ao medo — Ficou muito tempo inconsciente e não que eu acredite nessas coisas mas você estar acordada é um milagre!
