- Faz hoje um ano em que tu foste embora, faz um ano que nos deixas te sozinhos.
- Quase nada mudou desde ai, acredita, o pai tentou sempre fazer se de forte mas sei que no fundo ele estava a sofrer tão ou mais que eu, desde que te foste ele tentou ser um pai ainda mais presente do que já era.
- Na escola e na rua mesmo depois de ter passado um ano as pessoas continuam a olhar com pena.
- Bem , eu queria te contar uma grande novidade, eu e o pai vamo-nos mudar, por isso não vou conseguir vir aqui tantas vezes como vinha.
Piiiipiiii
Suspirei.
- Tenho que ir, o pai já me esta a chamar vamos agora embora, apesar de tudo só te queria dizer que te amo , e que mesmo depois de teres ido embora eu continuo a gostar de ti como gostava.
- Bem, não te vou dizer adeus porque adeus quer dizer que nunca mais te venho ver, por isso apenas te digo um até já.
Até já mãe.
Pousei o ramo de rosas vermelhas, as preferidas dela, e fui em direcção ao carro, entrei pôs o cinto e olhei para o meu pai que me dava um sorriso fraco.
- Então filha, vamos combinar uma coisa, vamos começar de novo em Londres?
- Vamos pai, vamos.
A viagem demorou 4 horas, mas finalmente chegamos
- Filha, esta e a nossa nova casa, é aqui que vamos viver.
Pegamos nas malas e entramos , olhei em volta e reparei que a casa era muito bonita, mas nada como a antiga.
Suspirei.
Pedi ao meu pai para me levar ao meu novo quarto e ele assim o fez.
Sinceramente? Este quarto e completamente diferente do meu, e eu até que gosto, assim não penso tanto na minha antiga vida.
Pousei as malas sobre a cama e comecei a desfazê las, quando acabei vi que já tinha anoitecido e dirigi me a cozinha para fazer o jantar para mim e para o meu pai.
Ao fim de meia hora tinha acabado de fazer o jantar, pôs a mesa e calmamente dirigi me até ao quarto do meu pai, bati e ele deu me permissão para entrar
- O jantar está pronto papá.
Ele estava de costas a olhar para a vista da sua janela, quando se virou para mim e me sorriu com um sorriso com direito as suas covinhas.
Retribui lhe o sorriso.
- Vamos filha ?
- Vamos papá.
Dirigi-mo-nos a cozinha, ele sentou se e eu pôs o tacho de arroz na mesa e as febras que tinha grelhado ao microondas.
- Porque metes te as febras no microondas, filha?
- Para elas não se arrefecerem enquanto o arroz não estava pronto.
- Tenho outra pergunta , filha.
- Diz me papá.
- Porque que desde que chegamos a Londres começas te a tratar me por papá?
- Porque a mãe sempre gostou que te tratasse assim, e como estou longe dela gostava de a manter sempre na memoria.
- Eu percebo te filha. - sorriu fraco.
Continuamos o jantar e o único som que se ouvia era os talheres a bater no prato.
Quando ambos terminamos arrumamos a cozinha e fomos em direcção aos quartos , quando estava a abrir a porta a voz do meu pai faz me parar.
- Filha?
Viro me para trás encarando o meu pai.
- Sim papá?
- Quero que me prometas que vais viver a tua vida ao máximo e vais tentar não pensar na tua antiga vida.
Suspirei. Se eu prometesse isso não ia ser fácil cumprir.
- Eu não sei.
- Por favor filha.
Olhou me com uns olhos suplicantes.
Suspirei novamente.
- Está bem papá.
- Não filha, eu quero que tu me prometas.
Ele só quer que eu prometa porque sabe que eu normalmente cumpro as minhas promessas.
- Está bem papá, eu prometo.
- Sabia que não me ias desiludir.
Assenti, virei as costas em direcção ao meu quarto e quando ia a entrar disse.
- Boa noite papá.
Entrei e antes de fechar a porta ouvi o meu pai a responder me.
- Boa Noite Mellanie.
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Amor de Perdição // h.s
FanfictionAfinal o que é isto? - ele pergunta olhando no fundo dos meus olhos enquanto aponta para nós. - Não sei, mas tenho medo do que se pode vir a tornar - baixei a cabeça . - Porque que tu tens medo? - ele faz força com a mão para me levantar a cabeça. R...