Chapter Five

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A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.

-Mahatma Gandhi


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Autora point of view:


Ambos garotos sorriam e admiravam mais o olhar um do outro. Harry se perdia na extensão de azuis que era o oceano nos olhos de Louis. A cada segundo que passava os olhos que já tinham perdido o brilho e a esperança que qualquer criança de dezassete deveria ter após ter derrubado tantas lágrimas, voltaram a ter brilho e uma pinga de esperança. Harry tinha esse poder em Louis. O poder de fazer o garoto acreditar que não era o fim da sua  vida. Que ele merecia estar vivo e ser feliz após tanto estresse que passou desde os sete anos.

Era inacreditável como em tão pouco tempo, o de olhos esverdeados já tinha conseguido fazer Louis ficar tão esperançoso de uma  vida melhor. Harry o encorajava a ser forte e aguentar. A não tentar tirar sua própria vida de novo. 

Talvez por ter total noção de que ter transtorno obsessivo compulsivo não era nada fácil, mas Harry estava em pé. Mesmo após tantas crises, tantos tratamentos, tantos dias se sentindo impotente em uma cama de hospital, Harry estava vencendo. Harry era forte e precioso demais para esse mundo. 

Harry ouviu um barulho de sapatos no corredor e rapidamente pegou na mão do mais novo que mal teve tempo de perguntar o que havia acontecido pois estava logo sendo puxado pelo corredor correndo. Os meninos corriam e riam pelo corredor, suas gargalhadas eram a única coisa audível no momento. O cacheado segurou na cintura do outro e o puxou para entrar no elevador. 

Louis se encolheu com a rapidez com que foi puxado e se encolheu no peito do outro. Harry suspirou e colou sua testa na nuca de Louis, que pela primeira vez sentiu as famosas borboletas no estômago. 

 -Tudo bem, baixinho? 

 -Hey, eu não sou baixo. 

 -Claro que não, só tem 1,70 de altura - disse recebendo um dedo do meio como resposta. 

 -Eu estou com sono - Louis diz e instataneamente o elevador para e a luz apaga completamente. - Harry?!

 -Calma, foi só um apagão.

 -Harry, nós estamos presos num elevador no escuro e você fala isso caramba?!

 -Porquê não tenta dormir?

 -Aqui? No chão e no escuro? - disse abraçando a cintura do mais velho. 

 -Vem, Lou - segurou de novo a cintura do amigo e se encostou na parede, escorregando nela devagar até ficar sentado no chão com Louis entre suas pernas. - Você é claustrofobico? 

 -Não sei, mas parece que vamos descobrir! - garantiu, se encolhendo cada vez mais.

 -Baixinho, daqui a pouco tiram a gente daqui, calma - se ajeitou, tirando a franja dos olhos do outro. 

 -Você promete que vai estar comigo quando eu acordar? Não quero dormir sozinho de novo. 

 -Estarei com você do anoitecer ao amanhecer. 

 -Como é ter toc? - Louis diz mas logo se arrepende. - Desculpa a pergunta, não precisa responder se não quiser.

 -Tudo bem. Bom, toc é um transtorno obsessivo compilsivo, ou seja, você tem obsessões cumons, compulsões, preopupação com objetos que não importam, dúvidas, por exemplo se fechou a porta quando saiu de casa e não é um coisa que você possa controlar. O tratamento envolve terapia, e consumo de alguns anti-depressivos. Não tem uma cura defenitiva mas com o tratamento vai ficando mais controlado. Como eu fui diognistificado com quatorze anos, hoje em dia eu tenho tudo controlado e as doses de remédios cada vez menores. 

All Against Us [larry stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora