Chapter Twenty Two

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A saudade é o que faz as coisas pararem no tempo.

-Mário Quintana.

...

Louis Tomlinson point of view:

Meu celular apitou às 4 horas da madrugada, eu e Harry ainda estávamos deitados e por incrível que pareça, nenhum carro nem nenhuma pessoa passou por ali.

Hazza pareceu não se dar conta do tempo, ele tinha os olhinhos fechados e nós ainda estávamos de mãos dadas.

-Hazz... - chamei baixinho e ele apenas abriu os olhos, me olhando cansado. Ri da maneira que ele estava e me sentei, bagunçando seus cachos. - Bora para casa.

-Tudo bem - ele levantou e retomamos o caminho.

Algumas pessoas passavam na rua mas era pouquíssima gente. Alguns cachorros de rua passavam também, tirando isso os únicos barulhos ouvidos eram nossos passos, respirações, e as folhas das árvores.

Assim que chegamos em casa, vestimos o pijama e nos deitamos. Harry tinha a cabeça no vão do meu pescoço e o braço rodeando minha cintura. Acariciei seu cabeça.

-Boa noite, Hazza - sussurrei e beijei sua testa antes de dormir profundamente.

De manhã no dia seguinte
10:00

-BOM DIA, POCS! - Andrew gritava batendo panelas enquando entrava no quarto. Ele abriu as cortinas e continuava gritando e cantando algumas coisas aleatórias. - O SOL JÁ NASCEU LÁ NA FAZENDINHA.

-ANDREW! - joguei uma almofada nele mas não adiantou muito, visto que minutos depois ele estava se jogando em cima de nós. - EII!!

-O QUE PORRAS ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - Harry gritou bravo e Andrew se levantou e logo saiu correndo, todavia sendo seguido pelo cacheado.

Agora os dois corriam pela sala enquanto gritavam algumas coisas, vesti a primeira blusa que encontrei e fui atrás deles.

Andrew estava em cima do sofá enquanto era Harry quem tinha as panelas na mão e tentava acertar o garoto com elas.

-LOUEH - o de olhos azuis gritou tentando se esquivar dali. - ME AJUDA!!

-HARRY! - entrei no meio dos dois. Dei alguns pulinhos tentando chegar às panelas e depois de alguns segundos consegui. - CHEGA!

-Mas ele nos acordou, Louis - fez birra e eu acabei rindo da situação.

-Eu sei, mas não precisa matar ele por isso.

O cacheado bufou irritado indo para a cozinha e Andrew pulou nas minhas costas.

-ANDREW! - o segurei antes que nós dois caíssemos.

-Desculpa, LouLou - beijou minha bochecha e desceu. - Te amo.

-Também te odeio, praga.

Voltamos para à cozinha e Harry abraçou minha cintura, Andrew apenas pegou uma chávena de chá e foi para a sala.

-A gente vai hoje para o hospital e amanhã você já pode ir para minha casa, tudo bem para você?

-Sim, tudo ótimo!

Nos sentámos no sofá da sala comendo o café da manhã e passamos o resto do dia assim.

Voltamos para o hospital às 13:00 e começamos a arrumar nossas coisas para ir para casa no dia seguinte, eu levava uma mala e Harry apenas uma bolsa, já que ele já tinha as suas coisas em casa.

-Lou, vem cá - ele me chamou do banheiro e eu fui. - Mostra o pulso, por favorzinho?

Estiquei ambos braços e bem devagar levantei as mangas. Havia alguns cortes novos, poucos, mas havia.

Ele não disse uma palavra e eu também não. A única coisa que ele fez foi pegar meu braço e o colocar em baixo na água fria corrente para desinfetar, o que causou uma grande ardência na zona.

-Hazza... - choraminguei, tentando tirar meu braço dali mas não adiantou, já que ele forçou meu braço de novo e me abraçou apertado de lado.

-Shh - suspirou fazendo carinho nos meus cabelos.

-Eu queria estar puro, sem essas marcas.

-Você está puro. Se aliviou do que era ruim, da maneira errada, mas aliviou. As marcas estão aqui para prova que você caiu uma vez mas se levantou, ok? Você está puro, tudo está bem - concluiu.

E no final, a dor é a pureza. Da dor vem a felicidade, o prazer, a apreciação e a valorização.

Pois sempre haverá uma dor, uma cicatriz e uma ferida aberta. O importante é desenhar algo bonito em cima delas e as apreciar.

Se não pode fugir da dor, aprecia-a.

Desenhe uma borboleta em cima da sua cicatriz, coloque sementes na ferida aberta e dela nascerão flores, as suas preferidas.

-Vamo passar uma pomada e fazer um curativo, sim?

-Tudo bem... - minha voz saiu falha, Harry me guiou até a cama e eu me sentei.

Ele foi na gaveta da mesinha de cabeceira e pegou uma pomada que tinha lá, começando a espelhar em movimentos circulares. A sensação era um pouco angustiante e dolorosa, já que ardia. Ele pegou nun bandede e colocou com cuidado, depois pegando noma caneta.

-Toma - me deu a esferográfica e eu o encarei confuso.

-O quê?

-Lembra quando eu disse para desenhar algo nas cicatrizes? - assentim. - Faça agora, no bandede.

Tirei a tampa da caneta e aos poucos desenhei una borboleta ali, não ficou perfeita mas também não estava feia. Tinha asas pequenas.

-Quando tirar o curativo, faça isso na cicatriz mesmo. Tudo bem?

-Acho que consigo fazer isso - sorri levemente, passando a mão pelo braço e Harry beijou minha testa.

-A gente está junto nessa, vai ficar tudo bem - prometeu.

E eu acreditei naquela promessa. Estivemos juntos até agora e vamos continuar, certo?

-Hazz.

-Sim?

-Eu te amo.

-Também te amo, Lou.

...

Perdão pelo capítulo pequeno, prometo que o próximo será maior.

All Against Us [larry stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora