I'm prepared to sacrifice my life, I would gladly do it twice.
-Shaw Mendes.
...
Autora point of view:
Depois do ocorrido, os garotos resolveram voltar para o hospital. O caminho foi silencioso, apenas cantarolavam algumas músicas que tocavam aleatoriamente no rádio. Louis dormia e acordava de cinco em cinco minutos e Harry só continuava dirigindo, não havia nada para ser dito.
Assim que chegaram, Harry estacionou seu carro e pegou nas coisas, vendo o namorado bater a porta do carro e entrar no hospital. Os rapazes caminharam até o quarto e trocaram de roupa, Harry apenas trocou de roupa mas Louis preferiu tomar banho.
-Harry - o menor chamou o maior que o olhou. - Seca meu cabelo? Por favor.
Tomlinson tinha os cabelos molhados com água escorrendo pelo pescoço, adorável. Styles riu, se levantando e colocando o menor sentado na pia. Logo pegando no secador que antes estava na mão de Louis. Começou a passar pelos fios castanhos de seu cabelo, aproveitando para fazer uma espécie de carinho que fez o mais novo quase ronronar.
-Amor - Louis chamou.
-Sim, babe.
-O que eu vou fazer depois disto?
-Como assim? - ele soou confuso.
-Quando eu sair do hospital, Harry - explicou levantando o olhar para o maior. - Eu não tenho com quem ficar depois, eu não quero voltar para aquela casa com aquelas pessoas, com meu padrasto. Eu sinto que eu estou melhorando e voltar vai me fazer dar três passos para trás enquanto eu dou um à frente. O que eu vou fazer?
Ele engoliu em seco perante a pergunta do menor. Aquele lugar pode ser chamado de tudo, menos de casa e nenhum dos queria queria que Louis voltasse para lá.
-Eu não tenho com quem ficar. Meus tios moram muito longe daqui e pararam que falar comigo quando eu me assumi e eu não tenho avós. Se eu sair daqui eu vou ir para a rua.
-Você não vai, Louis. Nem para aquela casa nem para a rua, eu não vou permitir.
-Você não tem controle sobre isso, Hazza.
-Você pode ir para minha casa, tem espaço para você lá!@
-Eu tenho dezessete anos, eu preciso terminar a escola e faculdade. Não posso simplesmente ir para sua casa, fazer você e sua mãe gastarem dinheiro com isso. E ninguém vai aceitar dar trabalho para um adolescente. Não é sua responsabilidade cuidar de mim e sustentar um idiota de dezessete anos em sua casa - Louis sorriu tristemente segurando a mão do namorado e apertando levemente, criando coragem para conseguir terminar.
-E eu vou fazer o quê? Deixar meu namorado na casa de uns idiotas que maltratam ele ou na rua? Louis, me escuta - segurou o rosto do menor entre as grandes mãos. - Quando eu escolhi te amar, quando eu escolhi te pedir em namoro e etc, quando eu prometi que iria tomar conta de você, eu estava falando sério. Então eu não vou deixar você agora nem nunca. Foda-se as contas, o dinheiro que eu vou ter que gastar. Se isso for para te manter seguro, eu farei isso.
Tomlinson engoliu em seco e Styles levantou sua cabeça, fazendo os dois olhares se cruzarem. O maior beijo os lábios finos e rosados - que agoram tremelicavam - do outro.
-Eu não vou te deixar, e você está aqui agora, comigo, seguro, e vai continuar. Então, relaxa, quando for para você sair daqui, a gente vai ver o que vai fazer, ok?
-Só me promete isso? - os lábios de Louis tremeram e Harry os selou rapidamente.
-Prometer o quê?
-Que você vai permanecer aqui.
-Eu não sairia mesmo que quisesse, não conseguiria - afirmou. - Agora vamos dormir, tudo bem para você?
-Tudo, mas...
-Mas...?
-Harry, tem alguma sala que ninguém use aqui?
-Tem a sala D. É uma sala que era usada para pessoas com transtorno de ansiedade e etc.
-Obrigado.
-De nada, agora vem - puxou o outro para o seu corpo e se deitou na cama.
Os dois garotos estavam exaustos, não demorou nem cinco minutos para estarem dormindo relaxados.
Mas a noite não seria tão relaxada assim.
Louis Tomlinson point of view:
Acordei sentindo um ardor no peito, de novo.
Me levantei da cama calmamente numa tentativa de não acordar Harry, fiz um leve esforço para me lembrar da sala que ele havia me dito. Sala D.
Andei torto até lá, quase caindo.Sozinho.
Abuso.
Flashbacks.
Tudo de novo e eu não posso controlar.
Parece que tudo está desmoronando.
Sinto o peso do meu corpo pousar e logo dou conta que caí no chão, agarrando os meus cabelos com força, apenas querendo acabar com tudo isso agora.
Arrancando toda a pele dos meus ossos, consumindo todos o ar que restava nos meus pulmões.
Eu não queria sacrificar minha vida outra vez.
Eu tentei respirar, mas tinha uma espécie de bolha na minha garganta proibindo. O ar não entrava mais, eu apertava meus próprios pulsos para tentar aliviar a tensão e jurei ter sentido uma pinga de sangue.
Minha mente estava a mil, confusa entre os milhares de pensamentos. As palavras deles, as mãos dele no meu corpo. Eu sinto como se estivesse revivendo tudo isso.
E eu só queria um calmante para me fazer dormir por horas, ou dias.
Harry Styles point of view:
Acordei e notei o lugar vazio ao meu lado. Louis!
-Droga - sussurrei para mim mesmo e saí correndo até a sala D.
A cena que encontrei perante minha era simplesmente deplorável. Um Louis Tomlinson agachado no chão, com a cabeça entre os joelhos e as mãozinhas puxando os cabelos. Seus corpo balançava conforme os soluços abafados e meu coração quebrou.
Eu queria chorar.
-Louis! - corri até ele e me ajoelhei à sua frente, ele me olhava com desespero, não conseguia respirar.
Ataque de pânico.
-H.har.rry - ele soluçou.
-Eu estou aqui, estou aqui agora - coloquei minha mão no seu peito começando uma leve massagem numa tentativa de ajudar a respirar. - Calma, respira.
-E.eu não con.consigo - choro se intensificando.
-Consegue sim - continuei a massagem até sentir que ele respirava melhor. - Pronto, já passou.
Ele ainda tentava se acalmar, o pânico era notável em seus olhos. Levei minha mão ao seu pescoço e comecei um carinho em movimentos circulares.
-De todos os loucos do mundo eu quis você - comecei a cantar baixinho. - Porque eu 'tava cansado de ser louco assim, sozinho.
Louis suspirou, suas mãos abrindo e fechando com força contra minha blusa.
-De todos os loucos do mundo eu quis você, porquê - ele me interrompeu.
-Teu amor diminui minha vontade de querer morrer - ele sussurrou, cantando sem forças.
Ele estava tão frágil e mole que foi fácil pegá-lo no colo e levá-lo para a cama, logo depois colocando ele em meu peito, na cama. A sua respiração mais serena, rosto avermelhado pelo choro e nariz entupido.
-Oh Lou... - massageei os fios castanhos do seu cabelo por alguns minutos até me certificar que ele dormia sereno outra vez.
Ele estava totalmente encolhido contra meu corpo, parecia um gato ou um lobo. Era de da dó.
...
(Capítulo não revisado)
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All Against Us [larry stylinson]
Fanfiction"-Você vai me concertar? -Não, eu não posso te concertar mas se você quiser nós podemos fazer isso mudar, porque eu te amo jeito que você é!" ... História da minha autoritária. Não permito adaptações. Finalizada. ⚠️Contém: Automotilação, palavras d...