Chapter Twenty One

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Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que a habita...

-Padre Fábio de Melo.

...

Harry Styles point of view:

Senti mãos delicadas tocando minha pele e logo abri os olhos, mesmo que isso tenha sido quase um sacrifício. Ao meu lado estava Louis com uma regata branca larga e uma calça de moletom cinza, com umas meias com ursinhos nos pés. Ele estava lendo algum livro, não percebi qual.

O sol passava pela cortina e os raios iluminavam o quarto.

-Boa tarde - sorriu amigável sem mostrar os dentes.

-Que horas são?

-18:20.

Assenti com a cabeça e voltei a colocar a cabeça na almofada, suspirando e ganhando coragem para me levantar.

Assim que tentei erguer meu corpo, um animal pequeno com as asas laranja passou por mim e parou em cima do livro que o garoto lia.

-Acho que ela quer ler com você - ri.

Louis sorriu fracamente, erguendo o dedo para a borboleta que voou até lá e pousou ali, no dedo dele.

O mesmo fechou o livro e dedicou toda a sua atenção no animal por um tempo, tinha os olhos vidrados nela.

-Ela quer ou meu sangue, ou minhas lágrimas ou meu suor - explicou e eu franzi o cenho em resposta.

-Como sabe disso?

-Eu sou fã de animais e insectos, então às vezes faço algumas pesquisas. Outro dia eu pesquisei sobre borboletas e descobri que elas e outros insetos precisam de nutrientes estranhos que não se encontram na comida, mas sim em alguns alimentos estranhos - esclareceu.

-Isso é interessante.

-Muito!

Ele riu inalado e foi até à janela, tentando fazer o inseto voar mas ele voou de volta para dentro de casa.

-Parece que ela gostou de ficar aqui - brinquei com meu namorado que riu fingindo irritação e se jogou em cima de mim depois. - Lou!

-O que foi?

Subi em cima dele, invertendo os lugares e comecei a fazer cócegas na sua barriga. Logo o único barulho audível no quarto eram nossas gargalhadas. Lou ria e se encolhia, tentando escapar dos meus dedos mas eu não parava, sorrindo com covinhas.

-Ok, ok! Chega, eu vou ficar sem ar - avisou enquanto jogava as mãos para cima, em sinal de rendição.

Ri de tal acto e deitei a minha cabeça na barriga dele, vendo o mesmo levar as mãos até os cachos e começar a acaricia-los levemente, numa espécie de cafuné.

-Eu gosto do seu cabelo - gargalhou. - Os cachinhos são tão fofos.

-Você parece minha mãe, Lou.

-Porquê?

-Porque ela gosta de ficar mechendo no meu cabelo e você também.

O garoto levou a mão até o meu pescoço e começou a acariciar com movimentos circulares ali. Quase ronronei com aquilo.

Aquele toque.

-Isso é bom?

-O quê?

-O carinho ué...você está quase ronronando com ele.

-Seu carinho é bom.

-Hum.

All Against Us [larry stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora