Capítulo 8

61 7 0
                                    

Clark

Eu estava fora da cidade quando soube do acidente de Ene e não tinha como eu voltar, então pedi que Martin fosse até o hospital ficar com ela, fiz minhas coisas o mais rápido que pude para voltar para casa, só não imaginava que ia ter uma surpresa quando chegasse.

Nunca sequer passou pela minha mente que meu filho e minha namorada estivessem afim um do outro, isso é algo estranho para mim imaginar mas não vou levar isso para frente, tanto eu quanto Ene temos liberdade de nos envolvermos com quem quisermos.

Fui até seu apartamento pegar algumas coisas que ela estava precisando, pelo que ela me disse que o médico passaria na parte da tarde para lhe dar alta, e a mesma não tinha uma roupa decente para ir embora.

Aproveitei que já estava ali e tomei um banho e me troquei estava exausta da viagem que havia feito, enfim consegui concluir todos os detalhes para a expansão da empresa, se tudo der certo em breve mais uma filial de minha empresa estará aberta.

Saio do apartamento de Ene e passo em seu restaurante favorito de comida Italiana para comprar nosso almoço, não tinha ideia da hora exata que seu médico iria lhe dar alta então melhor prevenir.

Quando cheguei no hospital estacionei meu carro e fui para o quarto de Ene assim que entrei a encontrei tentando se levantar da cama ela estava fazendo uma cara estranha com certeza estava com algum incômodo em seu corpo.

- Onde pensa que vai mocinha? - Pergunto deixando minhas coisas no banheiro e indo ao seu encontro.

- Eu preciso ir urgentemente ao banheiro.

- Deixe-me te ajudar. - Ela envolve seu braço em meu pescoço e vai se apoiando em sua perna boa, até o banheiro o espaço da porta é grande o suficiente para que eu possa entrar junto com ela.

- Quero que fique em meu apartamento enquanto se recupera do seu acidente, não quero deixar ela sozinha nessa situação, sabendo que não há ninguém para cuidar de você.

- Clark não se preocupe, eu ficarei bem em meu apartamento.

- Mas eu não ficarei bem sabendo que você está sozinha naquela casa tão grande Sem alguém que possa te ajudar quando você precisa ainda mais com sua perna imobilizada.

- Por esse lado você tem razão, Só que eu não quero que fica uma situação chata entre mim e Martin ele deixou bem claro que não quer que eu me aproxime mais dele e sei que se eu for para sua casa isso irá acontecer muito e não quero deixar ele desconfortável dentro de seu próprio lar.

- Eu entendo o seu ponto de vista, mas você também tem que saber que não é uma questão de desconforto é uma questão de necessidade você não pode ficar sozinha e não tem condições para isso, tenho certeza que Martin vai entender o meu ponto de vista e não vai reclamar de nada.

- Eu vou pensar sobre isso, eu não imaginei que apenas um beijo me causaria tantos problemas, eu não queria que essa situação chata atrapalhasse a vida de vocês.

- Não pense nisso agora, você tem que se preocupar apenas em se recuperar logo.

- Como sempre você tem toda razão, conseguiu trazer minhas coisas?

- Sim, estão todas lá no quarto.

Logo depois ajudei Ene a sair do banheiro e ficamos conversando, eu estava bem cansada tinha chegado de viagem e vindo direto para cá mal dormir direito, então depois de almoçarmos acabei me deitando na cama ao lado de Ene e peguei no sono, acordei algumas horas mais tarde com o médico entrando no quarto de minha namorada.

- Como vai a minha paciente? - O médico pergunta a Ene que está deitada ao meu lado.

- Estou bem doutor, ansiosa para ir pra casa.

- Tenho certeza que sim, tenho apenas algumas recomendações para te fazer e já irei assinar sua alta, você deve manter certo repouso na primeira semana em casa toda a sua massa corporal agora está sendo sustentada apenas por uma perna já que a outra se encontra imobilizada, qualquer esforço extra pode lhe causar algum incidente indesejado.

- Entendi doutor e quanto tempo Ene vai precisar ficar com o gesso?

- 30 dias se ela seguir minhas recomendações e tiver uma boa cicatrização.- Ele fala e pega prancheta no pé da cama de Ene para assinar sua alta.

- Você está oficialmente liberada, vou pedir a uma das enfermeiras que lhe traga uma cadeira de rodas.

- Obrigada doutor.

O médico sai da sala nos deixando sozinhas, ajudo Ene a se trocar e pegar suas coisas para que possamos ir embora não demora muito uma enfermeira ainda no quarto empurrando uma cadeira de rodas, ajuda minha namorada se sentar e saímos em direção a porta principal.

a enfermeira não segue até estacionamento do hospital e me ajuda a colocar Ene dentro do carro, logo em seguida ela se retirou voltando para seu local de trabalho me senti em frente ao volante dando partida no veículo e indo em direção ao meu apartamento, ligo o rádio para que possamos nos distrair no percurso até minha casa 30 minutos mais tarde estaciono meu carro em minha vaga da garagem, ajudo Ene a sair do carro e ela vem se apoiando em mim indo em direção ao elevador.

Assim que entramos em meu apartamento coloco Ene sentada no sofá e deixei suas coisas ao seu lado, para que fique mais fácil caso ela queira algo. Me sento ao seu lado e descanso minha cabeça em seu ombro, agora que me sentei e me permiti relaxar um pouco noto o quanto eu estou cansada.

- Amor é melhor você ir se deitar. - Ouço a voz de Ene meio longe falando comigo, me mexo em seu ombro e sinto suas mãos acariciando meus cabelos.

- É melhor mesmo, mas se você continuar com esse cafuné gostoso não saio daqui.- Falo abrindo um pouco meus olhos, Ene sorria lindamente para mim.

- Eu até me deitaria com você só que estou cansada de ficar na cama. - Ela fala pegando o controle da televisão.

- Eu entendo, vou para o meu quarto se você precisar de alguma coisa e só me gritar que venho correndo.

- Tudo bem, não vou a lugar algum.

Vou para o meu quarto, tirei minha roupa, tomei um banho rápido e me visto, baixei todas as cortinas do quarto o deixando totalmente escuro deixei apenas a porta encostada para caso Ene precisasse de mim e me chamasse eu pudesse ouvi-la. 

Golpe Trocado.Onde histórias criam vida. Descubra agora