Yes, Capitain (Malec)

Capítulo 15

   Bane´s 

Magnus 

 Nunca havia me sentido tão pequeno. O prédio onde faria minha entrevista se perdia de vista ao olhar para cima. Eram metros e mais metros de vidro e concreto cinza formando um enorme e famoso hotel. Me sentia minúsculo e toda a coragem a qual havia me agarrado durante o caminho parecia ter sumido. Engoli em seco, respirei fundo e pensei em minha mãe. Foi pensando nela que consegui dar alguns passos até finalmente entrar por aquelas enormes portas de vidros, o lugar era tão elegante por dentro quanto era por fora e mais uma vez eu me senti deslocado, pequeno ou simplesmente alguém que não se encaixava ali.

 Na recepção havia um balcão enorme de mármore brilhante, atrás dele havia três recepcionistas, duas mulheres e um rapaz, as moças falavam ao telefone, então me aproximei do rapaz de cabelos castanhos e olhos tão castanhos quanto. Quando cheguei perto, creio que visivelmente nervoso, ele sorriu simpático e eu pude ver seu nome no uniforme que ele usava, James.  

- Boa tarde, como posso ajudar? - Ele falou ainda sorridente, e educado, eu me sentia uma pilha de nervos, mas eu já estava aqui e não iria retroceder.

- Boa tarde, eu sou Magnus Bane, estou aqui para a entrevista de emprego. - Disse o mais calmo que eu consegui.

- Certo, pontual, venha eu te acompanho. - Ele falou, me olhando um pouco estranho por alguns momentos, mas balançou a cabeça e fez um sinal às garotas que ainda estavam ao telefone, imagino a correria que seja, atender vários clientes, esse hotel é gigantesco. 

 James deu a volta e parou um pouco mais a frente esperando eu acompanhá-lo, e assim eu fiz. Andamos em silêncio até uma porta de aço enorme, até o simples elevador não era tão simples assim, tudo naquele lugar exalava elegância. Entramos e ele apertou o botão para o andar, n°68, eu brincava com meus dedos, o nervosismo novamente tomando conta de cada célula do meu corpo. Fiquei olhando para o painel, os números passando, pensando se ali eu poderia, finalmente, ter uma oportunidade. Deixei minha mente me levar longe, na possibilidade de ter como ajudar minha mãe, em poder ter um futuro, esperança…

 - Eu imagino que esteja uma pilha de nervos. - James me tirou dos meus devaneios.

- Acertou em cheio. - Admiti quase em sussurro, e arregalei os olhos ao ver ele sorrir, não queria que ele escutasse. - Desculpa, eu só, quer dizer eu…

- Está tudo bem, Magnus, certo? - Perguntou e eu assenti. - Eu entendo porque já estive nessa situação, apenas respire fundo e dê seu melhor, vai dar certo. 

 Fiquei olhando ele, era um cara legal, por incrível que pareça ele passou confiança, não sei, me parece uma boa pessoa e se talvez eu trabalhar aqui, vai ser bom ter alguém para me ajudar.

- Obrigado, James. - Foi só o que eu consegui dizer, pouco mais alto do que um sussurro.

- Boa sorte, vou ficar na torcida. - Ele disse e, quando finalizou, as portas do elevador abriram. 

Ele saiu e eu fui logo atrás, havia um enorme corredor com algumas portas, ficamos andando em um silêncio confortável, ele virou o corredor à esquerda e diminuiu os passos.

- Escute, Lilith pode ser um pouco… digamos que dura com as palavras, mas não se deixe intimidar, se tem alguém que pode conseguir essa vaga é você, okay? - Ele perguntou me encarando, paramos e eu concordei com a cabeça.

- Por que está me ajudando? - Não consegui resistir a pergunta, não era que eu estava reclamando, só que é raro ver pessoas ajudando outras assim, nesse mundo em que vivemos, ainda mais eu que sempre tive o azar de na maioria das vezes, encontrar pessoas muito ruins, Jonathan por exemplo.