Capítulo 6

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                                                                                  Lingerie 


Magnus


Quando disseram que o vídeo havia viralizado, eu não havia realmente acreditado, Imasu não era exatamente uma pessoa de confiança, então fiquei cético em relação as informações sobre isso. Porém, quando fui conferir individualmente, fiquei chocado com as milhões de visualizações. Uau, eu estava...... famoso?

Meu celular apitava sem parar com notificações do Instagram desde o dia que o vídeo foi lançado, mas a ficha não tinha caído, parecia uma ilusão de que tudo tinha dado certo. Eu tinha mais do que o triplo de seguidores e os números não paravam de aumentar.

Me senti um pouco sufocado. Eu seria reconhecido na rua agora? As pessoas me olhariam mais julgadoras do que normalmente? Pessoas como Jhonatan viriam atrás de mim? Esse era meu maior medo. Arrepiei-me só de pensar em uma coisa dessas. Todavia, eu não teria muito como me esconder, eu andava a pé, seria praticamente impossível não sair de casa, eu teria que trabalhar. O dinheiro do vídeo iria acabar um dia. Inclusive, a gravação do outro vídeo seria hoje. E eu nem tinha visto o roteiro ainda, a produção me disse que seria ideal que eu visse em cima da hora, já que não havia muita história. Típico.

Soltei um suspiro cansado e levantei da cama, fui ao banheiro, decidido a tomar um banho longo e relaxante. Ainda estava abalado pelo o que aconteceu há quatro dias atrás quando fui visitar minha mãe. Menos, é claro, pois já havia chorado tudo o que podia sobre os lençóis, no sofá, no chão da sala e, principalmente, no banho.

No fim das contas, meu banho foi rápido, senão começaria a chorar de novo e não queria que me questionassem se eu estava bem. Saí para o estúdio horas antes do que eu deveria estar lá, depois de deixar comida e água para Presidente. O caminho era longo e tudo o que eu mais desejava era não ficar perdido em pensamentos. Eles me atormentavam, revivendo aquelas cenas horríveis da minha vida e eu não precisava disso agora. E nem nunca mais de preferência.

Cheguei ao estúdio e vi Catarina na porta, olhando para os lados, parecia estar esperando por alguém. Seus cabelos antes platinados agora estavam azuis, presos uma parte num coque no topo da cabeça e algumas tranças soltas descendo pelas costas.

Quando me avistou, acenou efusivamente como se eu não a tivesse visto ou não estivesse indo em sua direção.

"Bom dia, Magnus. Como vai?" - Perguntou sorrindo brilhantemente.

"Bom dia Catarina. Estou bem e você? Como vai a faculdade?" - Decidi iniciar um assunto que ela se interessasse para que não notasse a minha falta de ânimo e apatia.

Fomos andando calmamente até o camarim que me foi designado, com Catarina falando sem parar de como algumas pessoas não tinham um pingo de empatia pelo próximo e ainda teimavam em ser enfermeiras. Sentei-me em uma das cadeiras que ficava em frente ao grande espelho em cima de um painel que decorava uma das paredes inteiras.

Tomei um copo de água em silêncio e só levantei o olhar do meu colo quando Catarina se posicionou na minha frente, com os braços cruzados, me olhando incisiva.

"O que aconteceu para você estar abatido desse jeito?" - Perguntou, entretanto, cautelosa.

Mesmo tendo a impressão de que Catarina seria a última pessoa do mundo a me julgar por algo ou rir da minha cara, eu ainda não a conhecia de fato, apesar de sentir que ela pode ser uma amiga em potencial, eu não queria sobrecarregá-la com nada. Eu conseguiria lidar. Não é necessário despejar os meus problemas para cima dela.

Yes, Capitain (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora