Capítulo 13

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Oi pessoal, antes tarde do que nunca não? Kkkkk
Bom, espero que vcs gostem!

Boa leitura ❤️

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Magnus

Acordei no sofá, não conseguindo sentir mais Presidente Miau entre meus braços. Abri os olhos lentamente e percebi que o sol estava prestes a se pôr, indicando que logo estaria anoitecendo, pela janela da sala. Me sobressaltei ao ouvir vozes baixas e sons de panelas vindas da cozinha, até me lembrar que havia deixado Catarina e Alec tecnicamente presos em minha casa ao dormir, aparentemente, por várias horas.

Entretanto, é claro que eles poderiam ter ido embora, eles não tinham obrigação nenhuma de ficar, principalmente porque eu não os tratei como deveria, mas, por algum motivo, eles ainda estavam aqui.

Urgh, que pessoa horrível que você é Magnus.

Me levantei rápido demais, as cobertas caindo do sofá, e minha vista escureceu, fazendo-me cambalear um pouco até conseguir estabilidade para ficar de pé normalmente. Pisquei repetidas vezes até conseguir voltar a enxergar.

Observei as cobertas e travesseiros que eles usaram dobrados e empilhados nos pés do sofá e os potes da pipoca as canecas não se encontravam mais ali. As conversas na cozinha continuavam e podia perceber o remexer de sacolas e um cheiro gostoso provindo da cozinha. Andei devagar até a porta e vi Alec mexendo em algumas panelas, misturando um líquido vermelho que supus ser um molho, enquanto Catarina ralava algumas cenouras e beterrabas. Ela se virou para a porta, onde eu estava apoiado no batente, e sorriu amigavelmente.

Retribuí o sorriso, mas me afastei rapidamente ao quase ser acertado com uma colher de pau que estava em sua mão.

“Você não tem comida decente em casa? Joguei fora todos aqueles pacotes de miojo e estamos fazendo uma comida decente.” - Arregalei os olhos e abri a boca, tentando me defender, mas, por fim, um biquinho se instalou em meus lábios, chateado por ver todas as minhas pequenas porções cancerígenas jogadas no lixo.

“Não precisa bater nele com uma colher de pau, Cat.” - Alec disse gentilmente, retirando o utensílio usado como arma das mãos dela devagar.

“Claro que precisa, moleque irresponsável.” - Engoli em seco e baixei a cabeça.

“Desculpa.” - Pedi baixinho, cruzando os braços e olhando para meus pés. Estava fazendo tudo errado novamente e decepcionando mais pessoas.

“Não precisa se desculpar, só tenha mais cuidado com sua saúde.” - Alec disse com a voz branda. - “Pode me ajudar com a carne?” - Perguntou, querendo me distrair do meu momento de tensão. Balancei a cabeça positivamente, mas antes que andasse poucos passos em direção a Alec, uma mão segurou meu braço.

“Desculpe falar com você assim, Magnus.” - O semblante de Catarina era culpado.

“Não se preocupe, não foi nada.” - Murmurei.

“Foi sim, eu te magoei. Mas eu não posso te deixar morrer por causa de não se alimentar direito.” - Retrucou, cruzando os braços e arqueando uma das sobrancelhas.

“Eu não vou morrer por isso.” - Garanti, mas na realidade não tinha muita certeza.

  “Ah é? Desde quando você não come uma comida decente?” - Mais uma vez, fiquei sem resposta. - “Tá vendo?” - Apontou para Alec que observava nossa curta interação. - “A gente tem que ficar no pé para que ele coma direito e não morra de inanição.”

“Como você é exagerada, Cat.” - Catarina fuzilou Alec com o olhar, mas ele nem se abalou. - “Óbvio que ele tem que comer melhor, mas não é para tanto.” - Ele segurou meu outro braço e me desvencilhou de Catarina, se apoiando na pia, onde havia uma tábua com uma carne.

“Você já comeu costelinha no molho barbecue?” - Me perguntou, enquanto adicionava sal grosso e limão na carne.

“Não.” - Alexander me olhou com os olhos arregalados, fingindo incredulidade.

“Meu pai, um herege.” - Murmurou e bufei uma risada. Sua atuação forçada era péssima. - “Catarina, temos um problema.”

“Ele não gosta de barbecue?” - Perguntou, enquanto fatiava algumas batatas.

“Ele nunca comeu barbecue.” - Alec balançava a cabeça, desacreditado.

“Minha nossa, precisamos fazer uma conversão.” - Ri baixinho dos termos utilizados por eles.

Passamos por volta de uma hora conversando enquanto cozinhávamos. Bem, eles cozinhavam, apesar de estarem me ensinando truques e novas receitas nesse meio tempo. Quando o jantar ficou pronto, arrumei a mesa com três lugares, como costumava fazer quando tinha minha família completa.

Observei a mesa, fazia muito tempo que não fazia alguma refeição com alguém e não achei que um simples jantar fosse me deixar tão nostálgico.

“Está tudo bem?” - Ouvi uma voz branda atrás de mim. Franzi o cenho, confuso, me virando e olhando para Alec, que me analisava atentamente. - “Você está a alguns minutos olhando para a mesa sem se mexer.” - Justificou. Arqueei as sobrancelhas, compreendendo seu questionamento.

“Faz muito tempo que eu não janto com alguém.” - As palavras saíram de minha boca antes que eu pudesse pensar em uma justificativa menos tola. Mordi o lábio inferior, constrangido. Eu não precisava ficar enchendo ele com os meus problemas e era exatamente isso que eu estava fazendo. Sabia que estava um pouco carente, mas não precisava demonstrar.

“Sinto muito.” - Sua mão pousou em meu ombro, num gesto de apoio. Balancei a cabeça, indicando que ele não precisava se preocupar.

“Vamos jantar?” - Felizmente, Catarina quebrou o clima meio pesado que tinha se instalado entre nós.

“Está uma delícia, Alec ,como sempre.” – Elogiou Catarina e vi as bochechas dele ficarem rosadas e um sorriso de canto aparecer em seu rosto.

“Pare de me bajular, Cat, eu sei que você está dizendo isso porque quer que eu cozinhe para você sempre.” – Debochou.

“Touché.” – Riu ela.

“Mas é verdade, está muito gostoso.” – Me limitei a dizer para não parecer sem educação. Alec sorriu grande.

“Mais um convertido para o Barbecue, agora só falta o mais difícil, Ragnor.” – Disse apontando o garfo para Catarina que concordou com a cabeça, rindo enquanto afirmava com certeza.

No resto de toda a refeição, eles conversaram sobre tudo, sempre me incluindo em todas elas. Desde um possível apocalipse zumbi na próxima década até pratos esquisitos que deram errado durante a vida de Catarina. Foi bastante divertido e me senti alegre pela primeira vez em bom tempo.

Alec

Depois de Magnus ter adormecido adoravelmente no sofá, eu e Catarina ficamos num impasse de irmos embora e deixá-lo descansar ou ficarmos até que ele nos expulsasse.... a segunda opção pareceu muito mais prudente por motivos óbvios de não querermos deixá-lo sozinho. Além de que ir embora sem nos despedir seria muito rude e, pelo pouco que percebi de Magnus, ele iria achar que havia feito algo de errado.

Portanto, após Catarina quase surtar ao ver apenas alguns pacotes de miojo nos armários, ela saiu em busca de um mercado para comprar ‘comida de verdade’, segundo ela. Provavelmente ela faria um estoque de legumes e verduras na casa dele, então apenas me restava esperar.

Me sentei no chão ao lado do sofá para, caso ele acordasse, não pensar que estava sozinho e que tínhamos ido embora.
Fiquei fuçando nas redes sociais, perdendo tempo no Instagram, vendo vídeos bobos e inúteis de Life Hacks. Depois de um tempo, deitei a cabeça no sofá, observando Magnus, que estava encolhido, abraçando o gatinho laranja contra seu peito, este que também dormia confortavelmente.

Um sorriso surgiu em meus lábios sem que percebesse e analisei seu rosto atentamente. Cada detalhe que parecia o fazer mais perfeito. Os lábios pequenos, delineados e sempre vermelhinhos, o nariz arrebitado, os olhinhos puxados, que ficaram tão lindos maquiados na noite da boate, a pinta acima da sobrancelha, as fios castanhos sedosos e macios. Isso sem falar em seu corpo, esguio, mas definido, as pernas quase torneadas, o abdômen desenhado e os braços fortes. Ele era lindo. Num nível que eu não conseguia explicar, somente sentir meu coração acelerando sem controle, a respiração tremida e borboletas no estômago sempre que estava perto dele. Quando ele sorria então! Seus olhos ficavam menores ainda e eu adorava me perder na curva daquele sorriso. Ver a maneira que ele ficou confortável conosco foi um grande passo e eu esperava que pudesse me aproximar ainda mais, nem que fosse para ser apenas um amigo....

Okay, talvez Izzy estivesse certa e eu estivesse apaixonado por ele. Mas ...... Não era um bom momento para dizer algo sobre, ele ainda está fragilizado por uma série de motivos e..... E se eu me declarasse e piorasse as coisas?

Pareceria que eu estou me aproveitando do momento em que ele está mais vulnerável?

Pareceria que eu estou forçando uma aproximação?

Pareceria que estou sendo egoísta em não respeitar o espaço e os sentimentos dele?

  Ademais, é óbvio que eu tenho noção de que ele não é obrigado a corresponder meus sentimentos, mas ainda sim seria doloroso uma rejeição. O que eu faria depois? Pois era provável que ainda teríamos um ou dois filmes para gravar na agenda. As coisas ficariam muito estranhas? Mais do que já são?

Vários questionamentos se passavam por minha mente, mas nenhum deles respondia minhas perguntas e só me deixavam mais confuso.

Me assustei de leve ao ver a porta abrindo do nada e Catarina com várias sacolas tentando passar por ela.

“Vai ficar só olhando? Vem me ajudar, vagabunda.” – Ela é absurdamente carinhosa como se pode notar.

Me levantei e peguei algumas sacolas de suas mãos, colocando-as em cima da pia e começamos retirar os produtos que variavam entre frutas, legumes e uns dois tipos de carne. Olhei para Cat que parou ao meu lado e arqueei a sobrancelha, como se questionasse o que faríamos com tudo aquilo.

“Eu não vou deixar ele morrer de fome e muito menos comer miojo, comprei o necessário para boas refeições.” – Justificou a quantidade exorbitante de coisas verdes espalhadas pela bancada da pia. – “Vamos fazer um jantar decente para esse homem!” – Ri de seu jeito doido e me propus a cortar alguns legumes e assar a carne, que decidimos por fim, fazer com molho Barbecue.

Esperávamos que Magnus gostasse, mas, se não, nada que uma pizza não resolvesse.


                                     *


   Magnus

Tinha achado esquisito ser chamado no estúdio para falar com o produtor. É claro que eu não tinha que achar nada, mas ainda sim, fiquei com uma pulga atrás da orelha e fui o caminho todo pensando o que poderia ter feito de errado. Ao chegar lá, me foi indicado uma sala onde ele se encontrava e que estava me esperando. Percorri os corredores já não tão estranhos e procurei pelo número da porta que me foi indicado na recepção.

Quando entrei, encontrei ele ao lado de uma mesa de reuniões, olhando o celular e aclarei a garganta para chamar sua atenção.

“Oh, olá Magnus. Que bom que chegou, uma água?” – Ofereceu e apenas neguei com a cabeça. – “Certo, vamos ao assunto. Primeiramente, este é Raj.” – O telão atrás dele se acendeu e mostrou a foto de um homem moreno, o nariz um pouco grande e os cabelos bagunçados, mas não um bagunçado harmonioso como era o de Alexander, era só .... bagunçado. – “Ele é um dos atores que prestigiaram seus filmes aqui na empresa. Ele costuma fazer filmes com twinks, mas nós veio com uma proposta interessante. E este, é Kieran.” – Mostrou outra foto, o dito cujo tinha a pele clara e os cabelos compridos e pintados de azul escuro. Não me era estranho. – “Ele é um ótimo ator, um bom menino e Raj conversou com ele já. Agora, deixa eu te explicar, Raj sugeriu que vocês fizessem um filme a três. Sendo você o passivo, o Kieran versátil e o Raj o ativo.” – Explicou. Simples assim, como se estivéssemos falando sobre o tempo.

Arregalei os olhos ao ouvir a proposta. Um threesome? Com certeza não tinha condições de lidar com algo assim. Meu corpo congelou, fiquei sem fala e parecia que o ar me faltava.

Oh, merda. Onde eu havia me metido?
Minha falta de reação estava deixando o produtor impaciente, mas eu não queria fazer isso. Ao mesmo tempo, tinha certeza de que se não aceitasse perderia a única fonte de renda que tinha. Minhas mãos estavam atadas.

“Eu preciso de uma resposta garoto. Vai ou não a três?” - Perguntou o homem, irritado.

“Não!” - Uma voz respondeu por mim. Uma voz que eu reconheceria de longe.

“Lightwood?” - Vi o homem engolir em seco, mas tentou não perder a pose. - “Você não pode se intrometer.” - Disse arrogante.

“Posso sim, sabe por quê? Te dou dois motivos.” - Senti o braço de Alexander envolver minha cintura e minhas costas serem pressionadas contra seu peito. - “Porque ele é meu.” - Um arrepio percorreu minha coluna com a constatação. Não me incomodava realmente, mas me senti desestabilizado, tanto pela afirmação, quanto pela falsidade dela. Isso nunca seria real, mas por um momento, eu gostaria que fosse.

“E porque Raj já foi acusado de má conduta!” – Nem ouvi a última parte, minha cabeça rodava na possessividade de sua fala afirmando, com convicção, que eu era dele.

Briguei comigo mesmo mentalmente, eu não deveria ficar pensando nesse tipo de coisa, não me levaria a lugar nenhum. Alec estava se mostrando ser um amigo incrível, mas sei que nunca passaria disso, então quanto menos eu me iludisse melhor para catar os caquinhos do meu coração depois.

Havia admitido para mim que estava apaixonado por Alec. Era irracional, pois nos conhecíamos a pouco tempo, mas existia uma conexão, algo além de nós, algo que parecia sempre levar meus pensamentos a ele. Não tinha explicação, somente a que eu poderia ser louco e isso fosse alguma justificativa da minha cabeça para a paixão avassaladora que sentia por esse homem.

É claro que poderia afirmar com franqueza que sentia que a conexão era real, mas meus sentimentos eram tão conturbados que eu me perdia no turbilhão de emoções que embaralhavam minha cabeça e pressionavam meu peito. Ou seja, voltava à estaca zero de racionalidade.
“Desculpe por isso, Magnus. Não queria te tratar como uma propriedade, mas esse cara é complicado de se lidar.” - A voz suave de Alexander não amenizou o aperto no meu peito e o nó na garganta ao constatar a realidade.

Eu tinha que parar de me iludir urgentemente.

Suspirei resignado ao notar que aquele homem não estava mais na sala. Fiquei tão perdido em pensamentos que ele tinha saído e eu nem tinha visto. - “Você está bem?” - Alec chamou minha atenção, tocando em meu braço. Eu ainda estava de costas para ele, mesmo que ele já tivesse me soltado. Me virei e acenei com a cabeça, mas não pareceu convencê-lo.

“Estou, não se preocupe.” - Murmurei e tentei um sorriso. Provavelmente não deu muito certo, pois suas sobrancelhas se franziram. Odiava a maneira que ele me olhava, quase que com pena. Como se eu não soubesse me defender..... Mas... Aparentemente não sabia, pois nem recusar uma proposta absurda dessas eu não consegui.

Bufei, me sentindo o maior idiota do planeta. Qual era o meu problema?
Bom, eu poderia listá-los.

“O que você acha de irmos tomar um sorvete?” – A voz de Alec interrompeu meus pensamentos e lhe olhei surpreso. Acenei com a cabeça e ele sorriu largo. Era provável que meu pobre coração não aguentasse toda a pressão das batidas se ele sorrisse assim mais uma vez.

Saímos do estúdio, eu ainda meio em choque e com medo de perder meu emprego, mas com uma pitadinha de esperança brotando em meu peito. Tinha a impressão de que Alec era meu suposto anjo da guarda, pois sempre que estava em uma situação que eu não sabia lidar ele aparecia e me salvava.

Entramos em seu carro e ele começou a dirigir pelas ruas da movimentada Nova York indo em direção ao Central Park. Parou num dos lados do parque e descemos, começando a caminhar em silêncio pelos pedregulhos que formavam um caminho por entre as árvores. Ouvi os barulhos naturais do parque, as folhas chacoalhando com a brisa fresca, os pássaros cantando, e os esquilos pulando na grama e subindo nas árvores atrás de alimento, havia o barulho dos carros ao fundo, das conversas incessantes e os ruídos típicos da cidade grande. Numa clareira um pouco adiante, vi alguns food trucks de comidas diversas e algumas pessoas passeando. Tinha pouco movimento por causa do horário, era perto das 10 horas da manhã e por isso me senti mais confortável em estar em público.
Pedimos um sorvete artesanal em um dos food trucks, eu de chocolate e Alec de morango. Tivemos uma breve discussão de quem iria pagar, na qual eu disse que era para cada um pagar o seu, mas Alec insistiu em pagar os dois, pois ele que tinha me convidado. Por fim, relutante, “deixei” ele pagar e fomos nos sentar em um banco um pouco afastado das pessoas.

O silêncio entre nós era bastante confortável e não havia a necessidade de termos um assunto. Ele parecia respeitar o meu silêncio e eu me sentia agradecido por isso, mesmo que minha cabeça rodasse em diversos assuntos, mas não sabia iniciar nenhum. Havia terminado o sorvete e me senti chateado quando acabou, era muito gostoso, mas seria gulodice pegar mais um, ainda mais perto da hora do almoço.

Olhei para Alec de canto de olho e ele parecia bastante entretido comendo seu sorvete, era uma cena fofa e tão cotidiana...... uma coisa qualquer  ....... Mas por quê parecia tão especial?

“Alec.” – Chamei sua atenção. – “Como você sabia onde eu estava?” – Perguntei me referindo a conversa que tive com o produtor que foi interrompida por ele. Vi suas bochechas enrubescerem e ele virar o rosto para mim, olhando para qualquer lugar, menos meu rosto.

“Aline, a recepcionista, me mandou uma mensagem para eu ir receber e, quando cheguei, ouvi Raj falando um monte de merda do lado de fora, sobre um garoto asiático e o quanto ele queria ..... fodê-lo.” – Trincou o maxilar irritado. Engoliu em seco, tenso, não com Alec, mas com o que poderia ter acontecido. – “E..., Raj é uma pessoa ruim. Muito ruim. E eu sei que a gente estando nesse universo não nos livra de muita coisa, mas você não tem que passar por isso. Desculpa por me envolver, eu não tinha esse direito e...” – Ele parou de falar quando toquei sua mão, fazendo ele, finalmente, olhar para mim.

Sorri pequeno.

“Obrigado, Alec, de verdade.” – Estava realmente agradecido por isso, não sei se iria aguentar alguém como Raj na minha vida, principalmente depois de Jonathan.
Ele me olhou por um tempo, sem dizer uma única palavra. Senti as famosas borboletas no estômago e minhas bochechas coraram com tamanha atenção. Ele inverteu a posição de nossas mãos e agora ele segurava a minha, acariciando a pele com o polegar.

“Magnus, você confia em mim?” – Perguntou baixinho e estranhei a pergunta.

“Sim” – Arqueei a sobrancelha confuso.

“Então feche os seus olhos.” – Pediu.

“Por que?”

“Só faz. Por favor.” – Um biquinho se formou em seus lábios e então eu fechei os olhos, bufando uma risada.

Engoli em seco, me perguntando o que ele faria e soltei um arquejo surpreso quando sua mão tocou meu rosto. Me senti ansioso, por isso pressionei as pálpebras e suspirei. De repente, senti uma respiração próxima ao meu rosto, seu nariz tocando no meu e fui surpreendido quando meus lábios foram pressionados pelos seus. Se iniciou com um selinho casto, mas sua língua adentrou minha boca quando suspirei. Nos separamos pouco tempo depois e arregalei os olhos em sua direção, vendo as írises azuis brilhando. Meus olhos desviaram do seus para os lábios avermelhados e tomei sua boca num beijo afoito.

Me arrependeria de minhas ações depois.







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