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Barzinho
Magnus
Eu o chamei de amor.
Eu o chamei de amor.
Eu o chamei de amor. Não uma, mas duas vezes. Publicamente! O que diabos se passou pela minha cabeça?!
Eu estava sentado em meu sofá, usando apenas um short de um pijama já surrado, acariciando Presidente que ronronava no meu colo. Me perdia nos pensamentos que envolviam a última produção na qual atuei novamente com Alexander. Eu tive a coragem de o beijar no final!! Devia ter tirado do cú, só pode. Tsc, como eu consigo ser tão estúpido? Antes de sair correndo pude ver sua expressão surpresa e me arrependi amargamente na hora. Meu peito doeu levemente, mas não me permiti sofrer por mais isso. Eu esperei até chegar em casa e me acabar em um miojo e alguns chocolates, tentando me livrar do papel de trouxa que eu faço.
Você, definitivamente, gosta de se humilhar, Magnus, não resta nenhuma dúvida.
Suspirei frustrado comigo mesmo. Me sentia mal por tudo. Por ter que me submeter a essa profissão, por ser mal encarado nas ruas, por não conseguir fazer faculdade ....... Será que um dia eu conseguiria? Ou seria para sempre um garçom ou um atendente ou um faxineiro? Isso se tiver sorte de sair do mundo pornográfico sem ser reconhecido a cada dois passos.
Balancei a cabeça de um lado para o outro, afugentando o meu eu pessimista demais, decidindo me focar no que iria jantar naquela sexta-feira à noite. Estava com uma vontade ferrenha de pizza, então peguei o celular, buscando pelas pizzarias da região, escolhendo um entre todos os sabores. Ao estar quase clicando na tela para confirmar o pedido, ouço um toque na minha porta. Fiquei olhando para o pedaço de madeira por um tempo considerável, ponderando se atenderia ou não, até que uma batida mais forte soou ininterruptamente. Que pessoa insuportável!
Destranquei e abria porta, colocando apenas minha cabeça para fora, querendo chutar a pessoa dali, mas não era qualquer pessoa.
“Imasu?” - Não era possível. Que diabos? O que esse cara está fazendo na minha porta à noite? Melhor ainda, como ele sabe onde eu moro?
“Surpresa, baby!” - Exclamou mais animado do que eu estive nos últimos anos da minha vida. Empurrou a porta, me obrigando a dar passagem para si e adentrou meu apartamento, olhando ao redor. - “É a sua cara.” - Virou-se para mim.
“Pobre?” - Não consegui conter a pergunta malcriada visto que só os sapatos que Imasu calçava poderia pagar pelo menos alguns meses do meu aluguel.
“De personalidade.” - Rodou o dedo no ar, e tornou a olhar a escassa decoração, sem nem ao menos se importar com a maneira que falei com ele. Por um momento de vergonha por ter tão pouco, quase me esqueci que estava praticamente seminu. Mas a mera noção de ter ele em minha humilde casa me deixou espantado.
“Como você sabe onde eu moro? E o que está fazendo aqui?” - Quase me atropelei nas palavras.
“Seu endereço estava na sua ficha lá no estúdio e eu já vim te trazer em casa, Magnus.” - Fiquei sem palavras por um momento, era verdade, me estapeei mentalmente. - “E respondendo sua pergunta, vim te buscar para um rolê!” - Se virou para mim, me analisando de cima a baixo, assoviando. - “Te entendo demais, Alec.” - Sussurrou. O olhei, não acreditando na ousadia desse cara. Se bem que eu não deveria desacreditar de nada que pudesse fazer.
“Rolê?” - Me fiz de desentendido.
“Sim, xuxu, uma resenha, uma reunião, um passeio, um encontro com os amigos.... por aí vai.” - Cruzou os braços debochado.
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Yes, Capitain (Malec)
RomanceMagnus não imaginou que, ao conhecer Alexander Lightwood, com as bochechas coradas e o olhar doce e tímido, ele se transformasse em uma cena. Capitão nunca seria mais a mesma palavra aos seus ouvidos.