Yes, Capitain (Malec)

Capítulo 14

Oportunidade

Magnus

Magnus, o que você está fazendo?

Minha mente tentava me alertar do possível problema que viria pela frente. Problema o qual eu provavelmente não saberia lidar.

Por que eu me auto sabotava desse jeito?

Pressionei os olhos, buscando ignorar esses pensamentos que sempre me faziam mal de alguma forma. Senti um arrepio percorrer minha coluna quando Alec sugou meu lábio, separando-nos por breves momentos para respirarmos. Um aviso de que as coisas dariam errado surgiu em minha mente como um letreiro neon, apesar de eu não saber o que eram essas coisas exatamente. Suspirei, e, por algum motivo desconhecido até então, estava decidido a ignorar firmemente todos esses avisos, mesmo que, em meu interior, soubesse que não eram à toa que eles existiam e estava alertas. Eu iria machucar no final, tinha certeza, tudo indicava que sim, pois Alec era apenas um amigo e eu até entendia seu lado de querer algo sexual, entendia mesmo e por mais estupido e fútil que fosse, me senti minimamente especial por ser eu o seu "escolhido", já que ele podia escolher quem quisesse. Contudo, eu queria aproveitar os pequenos momentos bons, como esse passeio, enquanto eu podia. Enquanto eles existiam. Porque eu tinha certeza, também, que quando tudo isso acabasse; pois eu sabia que uma hora acabaria; eu ficaria mal. Alec alguma hora iria se cansar e com razão.

No fim, eu estaria destruído e sozinho novamente.

Mas, bem, o que eu tinha a perder, afinal?

Coloquei minhas mãos em seu rosto, as pontas dos meus dedos se entrelaçando em seus cabelos, e juntei minha boca na sua, retomando o beijo, agora um pouco mais calmo, mas não menos intenso.

Parecia que tudo entre nós era intenso. Muito intenso. Não sei explicar, era como se tivéssemos algo além de nós, uma conexão antiga, já existente, que vai aumentando no decorrer do tempo que passamos juntos. Como um fio conectando os nossos corpos, mantendo-nos sempre perto um do outro e......

Magnus? Menos ilusões.

Mordi seu lábio inferior e Alec soltou um gemido baixo e rouco. Minha cabeça rodou com aquele gemido e intensifiquei o beijo. Uma de suas mãos segurou minha coxa, puxando-a pra cima de suas pernas e apertando firme. Me arrepiei com o toque possessivo. Minha calça estava começando a ficar apertada e me remexi no banco, me aproximando mais de Alec, agora quase sentado em seu colo.

Sua outra mão dedilhou delicadamente meu pescoço e segurou meu maxilar entre seus dedos, descolando nossos lábios. Mantive meus olhos fechados, suspirando quando ele esfregou a pontinha do seu nariz no meu.

"Eu não queria parar de beijar essa boca deliciosa, mas estamos no meio do parque, alguém pode nos denunciar por atentado ao pudor." - Sussurrou divertido. Mordi o lábio, contendo o riso e finalmente abri os olhos.

"Vamos pra outro lugar, então." - Pedi, vendo seus olhos se arregalarem minimamente, ele engolir em seco e assentir rapidamente como uma criança quer está a espera de um doce. Se levantou do banco e entrelaçou sua mão na minha, me fazendo tremer e as borboletas em meu estômago se revirarem uma festa.

Andamos tranquilamente pelo parque até chegarmos ao seu carro. Em momento algum ele soltou nossas mãos e, olhando de fora, parecíamos tanto um casal.... Ele abriu a porta pra mim e deu a volta para entrar do lado do motorista. O estacionamento estava praticamente vazio, apenas um carro ou outro bem distantes, o que proporcionou a Alec a oportunidade perfeita para colocar a mão em cima do meu membro desperto pressionado pela calça.

Quase engasguei com o próprio ar e olhei para Alec surpreso. Ele me encarava com os olhos turvos em luxúria. Sua mão apertou meu pau e entreabri os lábios, deixando um arfar escapar. Ainda olhando para Alec, o vi lamber os lábios e se inclinar em minha direção, porém, quando achei que ele fosse me beijar, sua boca se encontrou com o meu pescoço, sugando e lambendo. Mordi o lábio, contendo o gemido quando Alec abriu minha calça e mordeu o lóbulo da minha orelha.

"Tsc tsc tsc, eu quero que você gema para mim." - Sussurrou rente a minha orelha. A mão que não estava ocupada abrindo minha calça e puxando-a para baixo, dedilhou meus lábios, fazendo-me parar de mordê-lo. Seu polegar deslizou pela minha boca e, antes que seu dedo se afastasse, suguei a ponta, tentando o deixar tão desestabilizado quanto eu estava com tão poucos toques. Sua respiração se tornou mais ruidosa, causando-me uma sensação poderosa. Sorri pequeno. Eu conseguia sim fazer aquele homem perder o controle, porém, não pude manter o orgulho por muito tempo, pois sua mão de infiltrou em minha cueca, tocando meu pau que já estava mais do que duro. Podia senti-lo pulsando a cada toque de Alec, me deixando cada vez mais excitado.