Capítulo 12

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Bom pessoal, esse era o último cap escrito até então, a partir do próxima vai ser inédito.


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Amizade

Magnus

Acordei assustado com as batidas fortes e frequentes na porta. Olhei no relógio e vi que eram 8:31 da manhã. Quem diabos estava me incomodando tão cedo? Havia dormido mal a noite inteira e não queria sair da cama tão cedo assim.

Me levantei resmungando irritado por ter sido acordado, já que o plano era dormir até eu não aguentar mais de fome, comer e voltar a dormir novamente. Era óbvio que sabia que estava num estado um pouco decadente com toda a situação da noite de dois dias atrás, no banheiro, mas não sabia lidar de outra forma a não ser ignorá-la.

Cocei os olhos, sentindo-os inchados. Obviamente que chorar até dormir me faria acordar desse modo, só não esperava que fosse acordado pela presença de alguém. As batidas fortes se repetiram mais uma vez.

"Já vai!" - Tentei falar o mais alto que podia, mas minha voz rouca me atrapalhou um pouco no processo.

Parei em frente a porta, prestes a abri-la, mas tive um momento de lucidez. Poderia ser qualquer pessoa. Como eu abriria a porta tendo a possibilidade daquele traste estar por detrás dela? Eu morava sozinho e, estando de pijamas, não estava em condição nenhuma de lidar com nada que envolvesse aquele homem. A menor suposição de qualquer envolvimento com seres humanos fez um arrepio percorrer minha coluna, só de imaginar o desastre.

Tentei melhorar o rumo dos meus pensamentos. Podia ser Imasu. Mas, definitivamente, eu não abriria a porta para ele, não queria e nem conseguiria atender as necessidades dele. Tal porque ele sempre vinha querendo alguma coisa de mim, seja para sair junto dele ou para apenas me encher o saco com uma conversa sem pé nem cabeça.

Eu não tinha nenhuma raiva de Imasu, mas o acontecimento do banheiro me remete inteiramente a ele. Não é como se eu o estivesse culpando, longe disso, mas se ele não tivesse quase me arrastado para fora de casa, aquilo nunca teria acontecido.

Certo, ele não me obrigou, mas ele me convenceu facilmente. Até demais.

Chacoalhei a cabeça, aturdido. Que diabos? Para que ficar pensando em Imasu? Não foi culpa dele e ponto final. Voltei minha atenção ao convidado indesejado em minha porta, focando os olhos na madeira escura.

Por outro lado, poderia ser Alexander. Ponderei por alguns segundos.

Ah, a quem você quer enganar, Magnus. Acorda!

O que ele estaria fazendo ali? Melhor ainda, como ele poderia saber onde eu morava?

Pisquei repetidas vezes até me atentar que uma voz me chamava.

"Magnus! Abre a porta!" - Uma voz feminina soou furiosa pela sala. Estremeci, não achando a voz estranha, mas meu cérebro não conseguia processar quem poderia ser. Quase ninguém sabia onde eu morava.

Quem poderia ser?

Ainda meio receoso, destranquei a porta e a abri. Sem dar tempo de eu ter alguma reação, dois braços envolveram meu pescoço com força e eu caí sentado.

"Magnus, por que demorou tanto para abrir a porta? Por que não atendeu o celular? Eu te liguei umas 50 vezes!" - Estava aturdido com as perguntas rápidas e incisivas. Catarina se separou de mim, fazendo uma análise em mim apenas com o olhar. Vi suas sobrancelhas se franzirem e ela tocar em meu rosto, puxando meu olho um pouco para baixo, para logo depois tocar em minha jugular.

Yes, Capitain (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora