Yes, Capitain (Malec)

Capítulo 2

Hey!

  

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Se vergonha matasse, eu estaria a sete palmos embaixo da terra.

Deitado em minha cama, só conseguia ficar repassando cada mísero detalhe da decadência da minha imagem que eu mesmo proporcionei de boa vontade. Parabéns Magnus, vergonha da profissão.

Senhor, se esse for meu momento, seu filho está pronto, pode levá-lo. Preguei para mim mesmo em pensamento. Infelizmente, ao abrir um dos olhos, percebi que ainda estava no meu quarto. Oh, vida cruel.

Como eu vou olhar para Alexander Lightwood na segunda-feira?!

Peguei meu celular ao desistir de dormir. Quer dizer, o sono parecia ter desistido de mim, fazendo-me reviver aquele momento pra sempre. Foi coisa de uma hora mais ou menos, mas todos aqueles 60 minutos ficavam em um looping na minha cabeça.

Abri o Instagram para passar o tempo e esperar que o cansaço me domine, mas uma ideia transpassou minha mente, me induzindo a procurar por Alexander Lightwood.

Não foi difícil encontrá-lo, na verdade, ele é o primeiro que aparece verificado na barra de pesquisa. Embaixo variações do nome dele em fã clubes e outras contas me faz clicar rapidamente na primeira opção.

Oh, ele tinha.... cem...mil seguidores? Como assim?

Eu tinha só dezessete mil.

Você não é Alexander Lightwood, perdedor.

Às vezes minha consciência gostava de me deixar pra baixo. Inferno.

As fotos eram super genéricas, desde plantas até animaizinhos. Especialmente vacas. Várias delas. Ele parecia ter um tipo de obsessão por vacas.

As fotos que eram dele precisamente pareciam super naturais, como se ele estivesse moscando por aí e bum, uma foto conceitual. Não posso negar que ele parece esse tipo de pessoa, mas por ser tão famoso, acho que esperava que ele fosse mesquinho e biscoiteiro.

Achou errado, otário.

Uma foto em específico me chamou absurdamente a atenção.

Uma foto simples. Ele vestia um suéter listrado em azul escuro e branco, com os braços cruzados, olhando para a câmera, a feição séria, um tanto intimidadora, mas que não o deixava menos bonito. Na verdade, ele estava excepcionalmente bonito. A barba por fazer era um charme irresistível, os lábios rosados então....

Magnus!

Não consigo negar que fiquei stalkeando o perfil dele por um bom tempo, o suficiente para me dar sono e o celular cair de minha mão, atingindo meu nariz.

"Ai, merda" - Segui em direção ao banheiro meio cambaleante por ter levantado muito rápido e olhei se havia ficado alguma marca. Estava tudo no lugar, sem nem um arranhão, apesar da região dolorida. Massageei meu nariz, prestes a voltar para cama quando, em cima da pia, a sacola maldita se prostrava, como se a existência dela fosse uma praga vinda diretamente do inferno.

Senti minhas bochechas esquentarem. Tinha esquecido momentaneamente da vergonha descomunal que passara durante o dia.

Flashback ON

Depois de se esquecer como se comportar como um ser humano, houveram cumprimentos entre os homens que estavam naquela sala, sendo o seu com Alexander um pouco mais demorado. Ele segurou sua mão por tempo demais enquanto o analisava de cima a baixo.