Olá miguxos, estou postando aqui por motivos que quem já me acompanhava deve saber.
Bom, vida que segue não é mesmo? Ainda tenho que me acostumar com a plataforma, mas eu vou postando o máximo que eu conseguir até onde tinha parado, certo?
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Não é como se ser ator pornô fosse o emprego dos sonhos ou a melhor das sensações de orgulho de ter suas próprias conquistas, mas pagava suas contas e a estadia no hospital psiquiátrico que sua mãe morava a três anos. Talvez se aquele acidente tivesse acabado com tudo e não deixado sequelas em sua mãe e em seu psicológico, ele não teria que ter mudado de vida tão drasticamente. Seu pai? Nunca conheceu. Outros familiares? Nunca ouviu sobre. Amigos? Tiveram vergonha e simplesmente sumiram. Faculdade? Trancada. Quem faz medicina se não consegue por um prato de comida na mesa? Magnus se perguntava o que tinha feio de tão ruim na outra vida para que tivesse que lidar com todo esse sufoco. Sozinho.
Era esquisito andar na rua. Não se sabia se as pessoas o reconheciam ou se simplesmente ignoravam sua presença ou ainda sabiam quem ele era e o que fazia da vida e ficavam com vergonha de admitir assistirem vídeos pornôs. Não ligava realmente, a vida não o havia deixado muitas opções. Lembrava-se nitidamente de quando Imasu Morales veio lhe oferecer um emprego. Tinha só vinte anos e parecia uma maravilha alguém ter piedade de um garoto maltrapilho que trabalha todo o tempo que tinha no dia pra conseguir pagar pelo menos uma prestação do hospital e esperar que sobrasse o suficiente para pelo menos uma refeição ao dia. Imasu pode ser considerado o maior filho da puta da história por outras pessoas, e, mesmo que Magnus não o considerasse o herói da pátria, ele tinha evitado que ele quase morresse de fome. E Magnus sentia pelo menos um pingo de gratidão. Por isso estava preso ao celular enquanto atravessava uma rua perto de um mercado que iria para comprar algo para almoçar, com Imasu falando sem parar em seu ouvido que tinha uma proposta irrecusável para ele. Obviamente, para fazer um filme pornô. Magnus sabia que não era uma indústria nada segura e muito problemática, principalmente para os jovens, mas que opção ele teve?
Ainda ouvia Imasu falar extasiado sobre a proposta que lhe mandaram, convidando Magnus para um filme que estava sendo muito falado e aguardado no meio dos atores. Quem seria escolhido? Era a maior questão e, para Magnus, não estava fazendo o menor sentido. O que é que estava acontecendo?
"Pera aí, do que você tá falando Imasu?" - Perguntou, ouvindo um suspiro vindo do celular, enquanto olhava os sabores de miojo nas prateleiras.
"Magnus, ouça com atenção. Me mandaram um e-mail agora a pouco que dizia, ouça minhas palavras Magnus, que VOCÊ foi escolhido para contracenar com Alexander Lightwood." - Ele tinha falado tão rápido que Magnus quase se perdeu em meio as palavras.
A questão agora era...... quem diabos era Alexander Lightwood e por que ele era tão importante?
Não podia negar que o nome não lhe era estranho, mas evitava conviver muito com os outros atores fora de cena. Não porque era antissocial ou algo assim, mas era por que não queria se manter naquele ramo, queria ser médico e, sabia que talvez demoraria, mas não conseguia perder as esperanças, era a única coisa que ele tinha certeza que não iriam tirar dele.
"Tá" - Respondeu sucintamente.
"Tá? TÁ? Magnus, pelo amor de Deus, você nem sabe quem é Alexander Lightwood não é?" - Perguntou Imasu brevemente irritado.
"Hm. Não tenho certeza de quem ele é." - Disse baixinho.
"Capitão te remete a alguma coisa?" - Perguntou calmamente, mas com um tom divertido na voz.
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Yes, Capitain (Malec)
RomansMagnus não imaginou que, ao conhecer Alexander Lightwood, com as bochechas coradas e o olhar doce e tímido, ele se transformasse em uma cena. Capitão nunca seria mais a mesma palavra aos seus ouvidos.