Capítulo 9

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                                                                                     Frágil

Magnus


Respirei profundamente, ajeitando minha roupa ainda afetado pelo prazer anterior, e me levantei meio cambaleante. Ignorei os olhares de Alexander e me virei no pequeno cubículo, pronto para abrir a porta e sair. Porém, meu cotovelo foi segurado, olhei para trás e vi ele me olhando de maneira inquisitiva. Engoli em seco.

"Quem é?" - Sua voz não escondia a curiosidade, mas havia um tom ao fundo, algo que não consegui decifrar.

"Ninguém." - Desconversei. Eu realmente gostaria que não fosse ninguém.

"Te chamou pelo seu nome." - Disse, agora de uma maneira irritada, mas sem nunca elevar a voz. Nossa conversa não passava de sussurros.

Respirei fundo e baixei o olhar, passando a mão pelos cabelos desalinhados.

"Olha, não é nada, okay? Me deixe resolver isso e depois você sai." - Não lhe dei opção de escolha, pois logo saí da cabine, batendo quase que de frente com Jonathan.

Sinceramente vida, se você quer me levar, o momento é agora.

Me afastei o máximo que podia, dando passos cautelosos para trás. Tentei manter uma expressão séria, mostrando que ele não me intimidava, mas era a mais pura mentira. No primeiro passo que ele deu em minha direção, minhas pernas bambearam de nervoso.

"Quem diria, não é Magnus." - Sua voz reverberava nos ladrilhos do banheiro em escárnio e rancor. - "Nós dois, sozinhos num banheiro." - Eu tremia com a constatação, esquecendo-me completamente da presença de Alexander. - "Onde ninguém vai poder te ouvir gritar por socorro."

O sorriso no rosto dele era diabólico e o pânico se instalou em meu peito de tal forma que era difícil de respirar.

"Você acha que pode me obrigar a algo? Eu escapei de você na última vez." - Sorri, morrendo de medo da minha ousadia. - "Suas bolas doeram por quanto tempo?"

Jonathan fechou a expressão, seus olhos exalando pura ira e o vi fechar as mãos em punhos. Contudo, ainda se manteve no lugar, mas, agora, ele parecia mais assustador.

"Magnus, Magnus, você me subestima as vezes." - Riu anasalado e balançou a cabeça de um lado para o outro em negação. - "Sabe, ouvi esses dias pelos corredores que sua mãe está bem. Não está tendo seus momentos de loucura e tal. Quase como se não fosse doente."

"Minha mãe não é louca." - Falei baixo, o ódio irradiando pelas minhas veias. Ele era baixo demais.

"Enfim, eu estava pensando, se ela está com suas faculdades mentais muito bem coesas, ela vai entender perfeitamente que é você num dos vídeos pornôs mais assistidos nos últimos tempos na internet." - Eu simplesmente congelei ao ouvir aquilo. Ele não teria coragem. Não. Não. Não. Minha mãe, em hipótese nenhuma poderia saber. Eu preferiria morrer ao ver o olhar de desgosto no rosto dela e saber que é por minha causa.

"Você não teria coragem." - Sibilei desesperado.

"Quer apostar para ver?" - A fúria em seus olhos compartilhava espaço com a diversão de me ver tão angustiado. Eu precisava sair dali ou iria surtar. Busquei com os olhos uma opção de saída, mas o único ponto que ligava o ambiente com o lado externo era a porta. Que estava do lado cujo Jonathan se encontrava. Maldição!

"Eu não faria isso se fosse você." - Quando notei, ele estava na minha frente, próximo demais para ser considerado invasão de privacidade, mas quem disse que ele se importava?

Yes, Capitain (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora