Capítulo 3

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   Alec

Estávamos quase prontos para começarmos as gravações. Kieran e Jace me enchiam a paciência como sempre, mas dessa vez eu não conseguia prestar atenção em nada do que eles falavam. Só conseguia olhar para o outro lado da sala, onde Catarina conversava com o asiático animadamente como se fossem amigos de longa data. Ela arrumava seus cabelos em topete e passava alguma coisa maquiagem em seu rosto. Ela estava adorando não ser barrada por ele, então fazia o que bem entendesse em seu rosto. Não é como se ele fosse ficar feio, Catarina era verdadeiramente talentosa em tudo o que fazia, mas o ponto crucial era que ele tinha uma beleza exótica que chamou minha atenção desde a primeira vez que o vi.

"Olha lá, o Alec todo cadelinha pelo boyzinho." - Ouvi Jace falar para Kieran como se eu não estivesse do seu lado.

"Vish, perdemos um soldado." Kieran soltou um suspiro dramático, colocando a mão sobre a testa, ofegando com força. Ri fraco de sua atuação ruim. Arrumei um pouco a postura quando o diretor veio em minha direção. Os outros dois ficaram quietos imediatamente.

"Alec, você já leu o roteiro?" - Assenti fraco. - "Certo, bom, apesar de ter que seguir a história, os patrocinadores te deram um aval para fazer como você quiser, desde que seja dentro do seu personagem." - Concordei. Era sempre essa história. Alec faça isso. Alec faça aquilo. Seja assim. Seja assado. Eu sempre fiz o que era mandado, muito bem segundo os patrocinadores, então depois de um tempo tive uma certa liberdade de mudar um pouco as cenas, não saindo do foco do enredo principal, ficava tudo bem.

O diretor se afastou indo até Magnus que ainda conversava com Catarina e o chamou. O moreno levantou-se rápido e torceu as mãos de maneira nervosa enquanto o diretor falava. Vi suas bochechas avermelharem rapidamente e ele assentindo atrapalhado, baixando os olhos, envergonhado. Catarina segurava o riso devido a provável fala do diretor que deixou o asiático constrangido. Faria o que fosse para saber o que tanto o acanhou.

Olhei para o relógio, vendo que faltava menos de 1 hora para iniciarmos a cena. Decidi começar a me trocar. Fui até a arara onde estavam pendurados os ternos que usaríamos e peguei a capa que tinha uma etiqueta com o me nome. Abri e retirei a roupa, apoiando-a na mesa ao lado.

Retirei a camisa acinzentada de mangas três quartos que usava sem nenhum esforço e peguei o cabide que tinha a camisa social. Passei pelos ombros sentindo olhares queimarem nas minhas costas, começando a abotoá-la. Decidi não pôr o colete, não gostava tanto assim e coloquei logo o paletó. Tirei a calça jeans de lavagem clara e coloquei a calça social. Era um conjunto muito bonito cinza chumbo, que delineava meu corpo, como se tivesse sido feito exclusivamente para mim.

Quando me virei, vi o moreno asiático com a cabeça baixa e as orelhas avermelhadas. Não tinha nem me preocupado em me trocar na frente dele. Primeiro que já estava acostumado, sempre me trocava na frente dos atores, Catarina, inclusive, disse que não se importava. Segundo que em pouco tempo ele me veria sem nenhuma das peças, iria tirá-las ele mesmo.

Por fim, saí do camarim, para deixá-lo mais confortável para se trocar e fui atrás dos últimos detalhes, verificando se tinha tudo que eu precisava na cena, como lubrificante e preservativos, e terminei por esperá-lo ficar pronto.

Achei que não era possível ele ficar mais bonito, mas o terno vermelho vinho que escolheram intensificou o caramelo de sua pele, deixando-o deslumbrante. Estranhei um pouco ele andar meio desconfortável, mas relevei, ele devia estar nervoso.

Yes, Capitain (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora