Yes, Capitain (Malec)

Capítulo 7

Bom dia amores ❤️

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  Alec

 Saí de casa sem ao menos me preocupar em trocar de roupa, peguei as chaves da moto e fui direto para o hospital. Não era a primeira vez que Max fazia coisas que tiravam minha alma do corpo, mas era a primeira vez que ele tinha realizado um atentado contra a própria vida.

 As ruas estavam vazias em decorrência do horário, facilitando a minha chegada ao hospital o mais rápido que eu pude. Entrei correndo, me dirigindo a ala dos quartos especiais, a enfermeira que cuidava do caso do meu irmão já me esperando na entrega do quarto com uma feição preocupada.

 "O que aconteceu?" - Perguntei ofegante e desesperado.

 "O caso do Maxwell continua instável, foi um acidente e conseguimos evitar antes que algo pior acontecesse, mas ele precisa continuar em observação por, pelo menos, 3 dias, para termos certeza que ele voltou às suas faculdades mentais." - Ela me explicou calmamente para que eu pudesse absorver a situação.

 "Ele corre algum risco agora?" - Questionei, embora não quisesse realmente saber.

  "Ele pode ter uma recaída novamente. É importante que os familiares fiquem por perto enquanto ele quiser companhia." - Disse e me liberou a passagem.

 Entrei a passos silenciosos, observando o quarto preparado para o caso do meu irmão e o encontrei dormindo tranquilamente. Ou pelo menos era o que parecia. Seu pescoço tinha falado na marca arroxeada, implicando a maneira que ele havia tentando .....

 Do outro lado, numa pequena poltrona que sabia que Max usava para desenhar às vezes, Izzy estava deitada encolhida. Fui até ela, seu rosto estava molhado e manchado, no nariz vermelho e os olhos inchados. Toque seu ombro cuidadosamente, sacudindo-a devagar, vendo seus olhos se abrirem suavemente. 

 Ela pulou em cima de mim, em um abraço apertado, dificultando a minha respiração, e senti minha camisa ficar molhada. 

 "Está tudo bem agora." - Sussurrei, massageando suas costas de forma que ela se acalmasse e esperando que eu acreditasse nas minhas próprias palavras.

 Izzy chorava dolorido, fazendo os meus olhos marejarem, mas eu não podia chorar, não agora, tinha que ser firme pela minha irmã e depois, por Max.

 "Alec ..... Ele.... Ele......" - Sua voz saía gaguejada e chorosa, mesmo que baixa para não o acordar. 

 "Eu sei, Izzy, mas se deve ter um motivo, certo?" - Eu realmente queria acreditar naquilo com todas as minhas forças.

 Fiquei com ela no meu colo, como fazia quando éramos pequenos e ela vinha até mim nas noites de tempestades com medo dos trovões. Não havia importância se estávamos sentados no chão, ao lado de uma cama hospitalar, o que importava era que estávamos juntos e passaríamos por isso juntos. Eu estaria com eles para sempre, para o que precisassem. Foi isso que prometi a minha mãe, eu cuidaria deles.

 Com o tempo, Izzy se a acalma, mas não sai do meu colo, se encolhendo no meu abraço, enquanto eu acaricio os seus cabelos, vendo-a ressonar. Me senti mais aliviado em vê-la descansar, era quase uma tortura ver a minha irmã chorar, por qualquer motivo que fosse. Porém, ainda havia a situação do Max. Minha cabeça rodava com a possibilidade de o ter perdido. Eu não conseguiria aguentar, não podia perder os meus irmãos, eles eram a minha única família e a parte mais importante de mim.

  Me levantei com um pouco de dificuldade, amparando Isabelle entre meus braços, a colocando na poltrona cuidadosamente. Ela abriu os olhos por alguns segundos, mas logo tornou a fechá-los. Suspirei preocupado e me dirigi a cama a qual meu irmão mais novo dormia. Ele usava uma roupa branca, característica do hospital, com acessos em seus braços e um soro, provavelmente um calmante. Porém o que mais chamava a atenção era a marca roxa no pescoço, como se uma corda tivesse sido amarrada fortemente, e de fato foi. O pensamento meu causou um arrepio gélido e tensionei os ombros. A ficha havia caído, mas eu não conseguia acreditar, era uma informação grande demais.