o meu jeito de ser

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-Luz Noceda o seu mundo de fantasia está atrapalhando a sua vida no mundo real, você tá entendendo? -disse Camila Noceda mãe de Luz, irritada e cansada pois sempre falava as mesmas palavras sem conseguir nenhum resultado nas suas tentativas de mudar o comportamento de sua filha.
Luz é uma menina diferente ela não tem amigos, não vai a festas, não tira boas notas, e outras características que sua mãe abominava, como por exemplo, o fato de ela ser chamada na sala do diretor repetidamente na semana por cabular aula quando algum professor se distraía, ela dava um jeito de fugir e ir para biblioteca ou no banheiro se esconder e ler os seus livros de fantasia que a tiravam da realidade.

o diretor interrompe aquele conflito informando:

-senhora Noceda, eu sinto muito no que eu vou te falar, mas temos que tomar algumas providências com a sua filha, ela não pode fugir ou se esconder das aulas quando bem quiser, e sem falar que ela está com notas baixas, e muitas faltas...

Camila Noceda encara o diretor afirma com a cabeça e responde:

- eu vou conversar com ela, quando chegarmos em casa, eu já estou de cabeça quente não quero explodir aqui!
Luz e Camila se retiraram da sala do diretor e no corredor Camila a sentencia com aquele olhar que luz já entendia o que ela queria dizer "quando chegarmos em casa nós vamos conversar" ela falava a mesma frase toda vez que Luz ia parar na sala do diretor.

      
Dentro do carro luz começou a refletir sobre tudo o que já tinha acontecido com ela, naquela escola. odiava ter que estudar em uma escola particular que exigia e cobrava muito dos alunos, todas aquelas matérias, regras, as pessoas e até mesmo o uniforme a deixavam deprimida. os adolescentes da idade dela não queriam ser amigos dela por causa do seu jeito diferente de ser, não gostava de estudar odiava ouvir os professores tagarelarem sobre as matérias de exatas e também nem era boa nos esportes, não se encaixava em nada. aquele lugar só a desgastava e a consumia.
       

Chegando em casa luz colocou sua mochila no chão desamarrou seus sapatos e sua mãe já tinha se sentado na cadeira com os braços apoiados na mesa pensando no que diria dessa vez para a sua filha achando que ela já não tinha mais jeito.
Luz sentou-se na cadeira em frente a sua mãe, aflita com a situação, respira fundo e a ouve perguntando:

- e então? você me deve uma explicação! por que está  fazendo tudo isso? se comportando que nem uma criança?!

Luz abatida não falou o caminho todo desde a sala do diretor até chegar em casa, perdida em seus pensamentos. ela cria coragem para dizer o que sempre quis falar para a sua mãe, já não suportava restringir os seus sentimentos e desabafa:

- mãe... eu não suporto aquele lugar, todas as regras, as pessoas, os professores e suas matérias, e desse uniforme ridículo, eu tô cansada de tudo isso. me  desculpa se eu te decepcionei o que eu menos quero é deixar você chateada comigo. eu só quero que a senhora entenda que eu não quero ser o que está planejando pra mim, entende? mesmo a senhora me obrigando a fazer tudo isso, eu não vou simplesmente fingir ser outra pessoa para atender as suas expectativas eu não posso fazer isso, é como se eu deixasse de ser eu mesma. me desculpa pelas notas baixas eu não consigo acompanhar as matérias, eu tento dar o meu melhor as vezes mas acabo desistindo eu sinto muito por isso. eu não sou perfeita, eu só queria que a senhora me deixasse fazer as minhas próprias escolhas,  só queria ser eu mesma.

Camila furiosa e de boca aberta porque nunca tinha visto a filha falar tanto assim e justo agora que viu, foi somente para contraria-la e ordena :

-já chega! eu sou a sua mãe e eu sei o que é bom para você e um dia você vai me agradecer por tudo o que eu tô fazendo por você! é o seu último ano na escola tenta dar o máximo de si para pelo menos conseguir ingressar em uma faculdade boa, é o mínimo para você se tornar alguém na vida ao invés de passar o dia todo no quarto fazendo sei lá o quê? você não fez nenhum amigo ainda, e quando tem coragem de ir pra escola você foge das aulas eu já estou cansada de ouvir reclamações suas por causa desse seu comportamento! por que eu não posso ter uma filha normal?

Camila se levanta da cadeira ouve as notificações do celular lê as mensagens e avisa:

- eu fui chamada para ficar de plantão hoje a noite, mas antes de sair eu preciso fazer uma coisa!

Camila avança até o quarto de luz pega uma sacola preta que estava no chão e joga os livros bobos e infantis de luz  (assim como ela própria dizia) que estavam encima das prateleiras, seguiu adiante até o quintal ignorando a filha que suplicava para a sua mãe não fazer isso, chorando desesperadamente.  Camila joga aquele saco preto que continha os livros de luz no lixo na frente de casa entra dentro do carro a caminho de seu trabalho.

luz vendo tudo isso na janela do seu quarto chora magoada e triste, e alguns segundos depois que sua mãe sai ela dá um berro que daria para toda a vizinhança ouvir. mesmo depois de tudo o que tinha acontecido ela não se deixou levar pela a sua tristeza e corre descendo as escadas que levava até a sala de estar abre a porta da frente enxugando suas lágrimas e vai até o lixo onde sua mãe tinha jogado os seus preciosos livros e ouve um som de uma voz alta e um tanto acolhedora:

-acho que isso é seu criança.
era uma mulher magra e alta com a pele branca, lábios castanhos, olhos dourados com o cabelo volumoso, longo e espesso com uma tonalidade cinza prateado, estava com um vestido de dois tons vermelho e marrom e botas marrons de salto alto.
Luz termina de limpar as suas lágrimas encara aquela mulher que nunca tinha visto antes segurando a sacola que havia retirado do lixo,  entregou nas mãos de luz e a questiona:

-quem é você?

Oii pessoal. Quem me segue desde a minha conta antiga sabe que eu ja tinha postado essa fic antes. Eu perdi a minha conta e agora estou correndo atrás para respostar essa fic (que é minha favorita aliás).
Não esqueçam de votar.
Beijos e abraços

preciso ser quem souOnde histórias criam vida. Descubra agora