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POV NARRADOR

Arthur tinha voltado aos treinos de crossfit a quase um mês e vinha usando os exercícios como uma válvula de escape. Era o momento onde ele esquecia a bagunça que estava a sua vida e conseguia se sentir pelo menos um pouco mais leve e feliz.
Era quarta feira, mais ou menos 11:00 da manhã, o homem já estava no box que costumava frequentar a quase 1 hora, ou seja, faltava pouco para o treino terminar.
Depois da última série, Arthur resolveu desafiar um amigo durante uma brincadeira e se propos a levantar um peso um pouco maior do que estava acostumado, foi nessa brincadeira que um acidente aconteceu: o ombro lesionado do crossfiteiro saiu novamente do lugar, fazendo ele soltar o peso de uma vez e dar um grito de dor.

Ao presenciar a cena, Caio, o amigo que participava do desafio, correu até Arthur, que estava jogado no chão, e ofereceu ajuda imediata.

Caio: - Caralho mano, foi o seu ombro?

O homem só confirmou com a cabeça.

Arthur: - Vou precisar ir no hospital, me ajuda aqui.

Rapidamente Arthur foi auxiliado para se levantar, Caio pegou a chave do carro do amigo e o levou ao hospital, que graças a Deus não ficava longe de onde eles treinavam.

Quando deu entrada na emergência ortopedica, Arthur descobriu que por coincidência quem estava de plantão era o médico que o acompanhava, isso lhe deixou um pouco menos nervoso.

Não demorou muito para que sua vez de receber atendimento chegasse, o médico examinou o ombro do homem e depois de alguns puxões de orelha pelos exercícios excessivos, lhe deu a notícia que ele menos queria, mas já esperava: a cirurgia que antes poderia esperar, diante daquela nova lesão teria que ser feita de emergência, ou seja, naquele mesmo dia.

Arthur: - Isso era tudo que eu não precisava agora, mas quando eu machuquei, já sabia. Eu não tenho outra alternativa ne?

Dr.: - Infelizmente não. Esse ombro já foi muito lesionado, dessa vez a gente vai precisar resolver o problema de uma vez ou corre o risco de comprometer sua mobilidade.

Arthur: - Não, isso isso, Deus me livre. A gente opera.

Dr.: - Ótimo então. Eu já vou tratar do seu internamento, enquanto isso você vai no posto de infermagem pra tomar um analgésico. É só dar seu nome lá.

Arthur foi prontamente atendido pela infermagem, logo uma das profissionais colocou o soro no seu braço e o deixou sentado em uma das poltronas, avisando que dali a alguns minutos alguém o chamaria para assinar alguns documentos referentes a cirurgia.
Enquanto o medicamento corria, o homem parou para pensar em quem poderia lhe ajudar no tempo de recuperação do procedimento cirurgico, afinal ele não poderia mexer o braço e seria bem complicado cuidar da vida sozinho daquele jeito. Logo Carla veio a sua cabeça, se fosse a algumas semanas atrás a atriz com certeza já estaria ao seu lado no bospital e não sairia de perto até que ele estivesse completamente recuperado, mas agora isso não seria mais possível, ela nem respondia suas mensagens, quanto mais cuidar dele durante dias e dias. A única alternativa possível seria pedir a uma de suas irmãs ou sua mãe que fosse até o Rio de Janeiro.

Dona Beatriz, mãe de Arthur ficou extremamente preocupada com o filho quando soube do acidente e do que aconteceria a seguir, foi para ela que Arthur ligou contando tudo e pedindo ajuda.

Beatriz: - É claro que eu vou ficar com você, filho. Vou pedir pra Dani ver uma passagem e chego ai o mais rápido que puder. Me mantem informada de tudo, por favor.

O crossfiteiro agradeceu a mãe e desligou o telefone, logo em seguida uma mulher chamou pelo seu nome e levou até ele alguns documentos, que foram assinados e levados de volta. A moça, que Arthur descobriu ser da recepção do hospital, informou que o seu quarto já estava sendo liberado e sua cirurgia aconteceria por volta das 17:00 horas, ou seja, mais ou menos quatro horas depois daquele momento.

O soro terminou, Arthur chamou o amigo que estava na recepção e os dois foram encaminhados para o quarto onde o crossfiteiro ficaria.
Depois de ser devidamente instalado, o homem decidiu descansar um pouco já que não tinha nada mais pra fazer. Caio, seu amigo, se ofereceu pra ir até o apartamento de Arthur pegar algumas roupas e outras coisas que ele pudesse precisar e se comprometeu a voltar antes da cirurgia começar.

Sozinho no quarto, Arthur não demorou a dormir, mas logo foi acordado pela vibração do celular que estava bem do seu lado. O nome que apareceu no visor do aparelho por pouco não fez o homem infartar.

Eeeita, quem será no telefone ein? Algum palpite?

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