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POV NARRADOR

Arthur acordou no meio da noite, procurou Carla na cama e não encontrou. Pensou que a mulher poderia estar no banheiro, mas a luz do cômodo estava apagada. Será que ela tinha ido embora? Não era possível.
O homem levantou e saiu do quarto, chegando no meio do corredor ouviu o barulho da sua própria risada misturada com a de Carla vindo da sala, a loira provavelmente estava lá assistindo algo que envolvia os dois.
Chegando no cômodo principal do apartamento, Arthur viu a sua amada sentada no sofá, chorando com o celular na mão. Mas não era um choro de tristeza porque ela sorria para a tela a sua frente, aquele detalhe o aliviou.

Arthur: - Perdeu o sono?

Carla: - Ai garoto, que susto!

Carla estava tão concentrada que não perdebeu Arthur se aproximando, o homem já estava na ponta do sofá quando lhe dirigiu a palavra.

Arthur: - Desculpa.

Ele sentou no lugar estava vago e assistiu a mulher a sua frente enxugar as lágrimas e bloquear o celular antes de responder a sua pergunta.

Carla: - Não tava conseguindo dormir de jeito nenhum, ai vim pra sala pra não te acordar. Passou a dor?

Arthur: - Passou sim, foi só um incômodo. Tava vendo o que ai?

Carla: - Uns vídeos do BBB.

Arthur: - Do BBB ou da gente? Eu ouvi a minha risada do corredor.

Carla não tinha como negar, ele já sabia, então riu fraco.

Carla: - Da gente no BBB.

Arthur: - Você se arrepende?

Carla: - De nós dois? De jeito nenhum, ta doido?

Arthur: - Sei lá, cê tava chorando quando eu cheguei.

Carla: - Não era choro de arrependimento.

Arthur: - Era de que, então?

Naquele momento a atriz podia dizer qualquer coisa, sair pela tangente, desviar o assunto ou até mesmo dizer que não queria falar sobre aquilo e voltar para o quarto, mas parece que seu coração decidiu gritar e ela não deu conta de segurar.

Carla: - Eu não sei direito. Talvez gratidão por tudo que a gente viveu ou um pouco de tristeza pela forma que terminou, sei lá.

Arthur: - Saudade não?

Carla: - Também, eu não vou negar.

A resposta de Carla fez o coração de Arthur saltar dentro do peito, aquela era uma abertura que ele não pensava obter nem tão cedo.

Arthur: - Eu sinto muita saudade da gente. Cada detalhe de nós dois me faz uma falta absurda. Eu sinto saudade do seu cheiro na minha cama, da bagunça das suas maquiagens no banheiro, do cheiro de café que invadia a casa inteira logo de manhã, de te buscar escondido pra gente dormir junto, de pegar no sono no meio de todo filme e te fazer me contar como terminou no dia seguinte. Até de xingar sua assessoria por eles não gostarem de mim, eu sinto falta.

Carla sorriu em meio as lágrimas que já tinham voltado a molhar seu rosto. Ela nada falou durante o meu intervalo, então eu concluir que devia continuar o meu raciocínio.

Arthur: - Eu sei que as coisas nunca foram fáceis entre a gente, sabe? Sei que eu fiz um monte de merda, que tem todo esse BO por causa da sua carreira e tal, mas é foda não te ter na minha vida, Carla. É muito foda.

Carla: - Pra mim também não é fácil. Eu fiz questão de guardar longe do meu alcance tudo e qualquer coisa que lembrasse você, sabia? Só que não adiantou. Mesmo sem nada que me remetesse a nós dois por perto, eu ainda pensava em você 24 horas por dia.

O coração de Arthur, que antes saltava, agora parecia que iria sair pela sua boca de tanto que batia rápido. A Carla estava se declarando pra ele, era isso mesmo?

Carla: - Lembrava o tempo todo da sua gargalhada escandalosa quando chegava presente de fã e a gente tava junto, do Chaplin querendo te monopolizar e brincar com você o tempo todo, de dormir no teu peito e ouvir seu coração bater bem pertinho do meu.

Arthur se aproximou um pouco mais de Carla, enxugando algumas lágrimas que continuavam lavando o rosto da mulher.

Arthur: - A gente não precisa e nem merece viver assim, Carlinha.

Carla: - Não é tão simples quanto parece, Arthur.

Carla levantou do sofá e foi até a varanda, sendo acompanhada por Arthur. Ele não iria desistir tão fácil daquela conversa.

Arthur: - Cê fala isso pra mim? Eu sei muito bem que não é nada simples, mas também sei que não é impossível. Talvez a gente precise matar um leão por dia pra viver essa história, mas eu tenho certeza que vai valer a pena, sabe porque?

O homem segurou a nuca de Carla com uma das mãos e fez a mulher olhar em seus olhos, a distância que separava os dois era bem pequena naquele momento.

Arthur: - Porque a gente se ama e não é pouco. Eu te amo loucamente e, mesmo antes de você falar tudo aquilo que me disse agora pouco, e eu já sabia que você me ama também.

Carla: - Eu te amo muito, Arthur, todo dia eu descubro que te amo mais. Só hoje esse sentimento cresceu dentro de mim mais uns 50%, eu nem sei mais onde guardar tanto.

Arthur: - Então não guarda, meu amor. Deixa transbordar. Vamo parar de sofrer, por favor, a gente merece viver essa história.

Arthur se aproximou um pouco mais de Carla e colou sua testa na dela, vendo a mulher fechar os olhos e fazendo o mesmo em seguida. As mãos da atriz foram até o rosto do homem em sua frente e um carinho tímido foi iniciado, ele amava aquela sensação.

Carla: - Me beija.

Era só aquilo que Arthur estava esperando, um consentimento.
O beijo começou devagar, primeiro as bocas se colaram num selinho demorado, depois um mais rápido, outro demorado, o sal das lágrimas que agora os dois dividiam dando sabor ao ato.
Foi Carla quem deu o próximo passo, a atriz sugou de leve o lábio inferior do homem a sua frente e colou seu corpo ai dele, com cuidado por causa do braço machucado. Arthur envolveu a mulher pela cintura com o braço saudável e pediu passagem com a sua língua, dando início ao fim de uma espera que parecia eterna: a do reencontro.

Veio aiiii!!!!
E ai, gostaram desse capítulo? Quero saber!

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Continua...

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