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POV NARRADOR
A noite no hospital foi tranquila, Arthur dormiu todo tempo e Carla só acordou uma vez, quando uma enfermeira sem querer bateu num móvel e fez barulho.
Por volta das 6:30 da manhã uma moça da copa veio entregar o café da manhã e só isso despertou o casal.Arthur: - Bom dia, Dona Carla.
Carla: - Bom dia, Arthur Picoli de Conduru. Quer comer agora?
Arthur: - Vou escovar os dentes e fazer xixi primeiro, me ajuda aqui a levantar por favor.
A atriz foi até o homem e o auxiliou a sair da cama, o resto do processo ele conseguiu fazer sozinho.
Assim que saiu do banheiro, Arthur sentou numa poltrona que ficava ao lado da sua cama e comeu tudo que estava a sua disposição, enquanto Carla fazia o mesmo.
Depois do café e de falar com a sua família pelo telefone, Arthur decidiu fazer alguns stories e indagou a Carla se poderia mostrá-la.Carla: - Claro que pode, todo mundo sabe que eu to aqui.
STORIES ON
Arthur: - Fala família, como é que cês tão? Eu to aqui no hospital, com o ombro remendado, mas ta tudo certo. Arranjei uma enfermeira braba que ta me levando no chicote, eu to quase mandando ela ir embora já. Ó ela aqui.
Carla: - Mentira, gente, eu to sendo super boazinha com ele. Se reclamar muito eu vou embora mesmo, ai cê fica aqui sozinho com as enfermeiras.
Arthur: - Tão vendo? Ela ainda me ameaça. Hahaha... mas ta tudo certo, galera. Só passei pra dar um oi e deixar vocês mais tranquilos. Qualquer novidade eu volto, beeijo.
STORIES OFF
Arthur ia comentar novamente sobre o ciúme de Carla com as enfermeiras, ele estava amando aquilo, mas foi interrompido justamente por uma delas. Essa já era uma senhora, então não ia ter muito problema.
Enf.: - Bom dia, tudo bem por aqui?
Arthur: - Bom dia, tudo bem sim. Só um pouquinho de dor, mas nada demais.
Enf.: - É normal doer um pouco, afinal ta tudo mexido ai por dentro ne? Mas você ta sendo medicado. O Dr. Diogo deve passar pra te dar alta antes do meio dia, então já se preparem pra ir embora. Mas eu vim saber se você já tomou banho, se precisa de ajuda...
Arthur: - Ainda não, mas ela vai me ajudar. Qualquer coisa a gente chama, ne Carlinha?
Carla: - É sim, a gente chama se precisar.
Carla estava sem reação depois do que Arthur tinha acabado de falar. Como assim ela o ajudaria a tomar banho? Só podia ser brincadeira.
Enf.: - Ta certo então, qualquer coisa é só ligar que a gente vem. Ah, mais uma coisa: eu acompanhei vocês no Big Brother e se permitem dizer, vocês nasceram um pro outro. Não deixem ninguém se meter no meio não. Deus abençoe.
As palavras daquela mulher bateram forte tanto em Arthur quanto em Carla, os dois se olharam e apenas sorriram um pro outro, naquele momento as palavras eram inúteis.
Arthur: - Partiu banho? To precisando.
O encanto acabou naquele instante, agora Carla só queria matar Arthur.
Carla: - Você é muito sínico ne, garoto? Qualquer enfermeira desse hospital pagaria pra te ajudar no banho.
Arthur: - Mas eu quero que você me ajude, ué. Qual o problema? Não tem nada aqui que você já não tenha visto.
Carla: - Ai Arthur, cala a boca. Eu to com ódio de você, vem logo antes que eu desista.
Arthur deu uma gargalhada e seguiu Carla até o banheiro. Ele ainda usava somente a bata do hospital, então foi bem mais fácil se despir.
O corpo inteiro de Carla entrou em chamas ao ver aquele homem completamente nu na sua frente, seus olhos não puderam evitar de fitar cada centimetro daquele corpo que ela tanto sentia falta, mas era preciso se controlar. A atriz respirou fundo como que para voltar a si e seguiu seu trabalho.
Arthur percebeu o efeito que ainda causava na sua loirinha, aquele era mais um indício de que ele ainda podia ter esperanças numa reconciliação.O banho foi rápido, o braço do crossfiteiro ainda estava completamente enfaixado e foi preciso muito cuidado para não molhar. Logo depois ele se secou com a mão saudável e Carla o ajudou a se vestir.
Carla: - Pronto, o neném ta limpinho agora. Deseja mais alguma coisa?
Arthur: - Para de graça, menina. Me alcança esse telefone por favor.
Arthur estava sentado na poltrona do quarto, enquanto Carla voltava para o seu lugar de sempre, o sofá. A cama de hospital separava os dois.
Aproveitando que sua acompanhante estava distraida, o homem resolveu colocar em prática um plano que tinha sido pensado enquanto ele tomava banho. Ele abriu a conversa com a sua mãe no Whatsapp começou a escrever uma mensagem. Beatriz estava online, então provavelmente responderia logo.
WHATSAPP ON
Arthur: - Mãe, eu to precisando de uma ajuda sua.
Beatriz: - Oi meu filho, pode falar. Quer que eu te leve algo daqui?
Arthur: - Não, na verdade eu não quero que a senhora venha.
Beatriz: - Como assim Arthur?
Arthur: - Mãe, essa é a minha chance de me acertar de vez com a Carla. Ela ta aqui comigo e eu tenho certeza que vai continuar caso saiba que você não vem. Eu preciso de mais um tempo com ela pra gente conseguir conversar.
Beatriz: - Ta bom, eu entendo. Eu queria muito te ver de perto pra ter certeza que ta tudo realmente bem, mas concordo que esse tempo pode ser muito bom pra você e pra Carla.
Arthur: - Que bom que a senhora entendeu, mãe. Eu quero que a senhora ligue direto pra ela e diga que não vai poder vim, fala que teve um problema ai e talvez só consiga estar aqui na semana que vem.
Beatriz: - Ta, eu vou fazer isso. Tomara que ela consiga mesmo ficar com você esses dias.
Arthur: - Eu já sondei como quem não quer nada, por agora ela só tem umas reuniões e publis pra fazer. Da pra ser lá em casa de boa.
Beatriz: - Ta bom então, eu vou ligar pra ela e cancelar a passagem aqui. Se cuida, a mãe te ama.
Arthur: - Obrigado, mãe. Também te amo.
WHATSAPP OFF
O coração de Arthur bateu acelerado quando, poucos minutos depois da conversa com Dona Beatriz, o telefone de Carla tocou.
Carla: - É a sua mãe.
A atriz atendeu a ligação e Arthur ficou prestando atenção nas expressões dela. Primeiro um pequeno susto, normal diante da informação; depois um pouco de hesitação (será que ela se negaria a ficar com ele por mais uns dias?); e logo depois a confirmação que ele tanto esperava. Tinha dado certo.
LIGAÇÃO ON
Carla: - Não Dona Beatriz, imagina, não é incômodo nenhum. Eu ficom com ele sim, a gente vai se ajeitando e qualquer eu grito por socorro... ta certo, eu vou passar pra ele... um beijo.
LIGAÇÃO OFF
A atriz passou o celular pra Arthur e foi até o banheiro, fechou a porta e se olhou no espelho tentando entender o que estava sentindo naquele momento.
A mãe de Arthur não ia mais ao Rio, isso significava que ela teria que ficar muito mais tempo com o homem e dessa vez seriam só os dois já que logo ele teria alta.
De uma coisa Carla tinha total certeza: seriam dias desafiadores.Continua...
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Restart
FanfictionQuando resistir não é mais uma opção, o que resta é tentar de novo... RECOMEÇAR.