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Lauren sentou na poltrona de couro assim que Karla saiu com um segurança e um motorista. Ela se sentiu triste, por deixar Karla acreditar que a queria longe, porém, tudo isso fazia parte de seu plano. Camila caminhava com uma mala pequena, poucas coisas dentro dela, algumas roupas e produtos de higiene, não passaria muito tempo fora. O segurança entregou nas mãos da menina, um celular pequeno e já ultrapassado, e ele a disse para ligar apenas no aeroporto. Que não ficava tão longe. Lauren ouviu a porta ser aberta com tanta força que provavelmente foi quebrada, em seus dedos havia um cigarro queimando e seu olhar era despreocupado com a situação. Em sua casa entraram seis homens, todos com capuz e mascaras, roupas pretas: três deles estavam armados. Uma mulher também entrou, Michelle sabia pela silhueta pois ela também estava de mascara. - Levante, gire devagar, se estiver co alguma arma a coloque no chão e chute até aqui.- Disse a mulher, Lauren se levantou com as mãos para o alto, e depois girou em um 360 graus. Ela não estava armada. - Posso terminar o meu cigarro, ou vocês estão com pressa?- A ironia no tom de Jauregui irritou a outra mulher, que apenas concordou com a cabeça. Lauren voltou a se sentar, e tranquila, voltou a fumar. - Chequem os quartos, entradas e saídas da casa, olhem todos os corredores e banheiros também.- com um olhar super tranquilo, Michelle já sabia de toda armação e por isso mesmo não deixou nenhum de seus seguranças na casa. Ela estava sozinha. Assim que todos os homens voltaram a se reunir na sala, eles disseram para a mulher que não havia se quer um segurança. - Ah, então ela deixou a casa totalmente desprevenida hoje? Isso não me parece uma coisa muito Jauregui. Você não é a rainha da prudencia?- Lauren riu, jogou a cabeça para trás e quando ela voltou para a frente tombou levemente. - Você então devia ser só uma secretária enxerida, Lucy.- Por baixo da mascara, a de cabelos curtos fez uma cara de surpresa. E depois, retirou o pano preto que cobria suas expressões. - Oh, vamos, eu não sou tão idiota assim.- Cuspiu Lauren, pegando outro cigarro em seu maço, tragando e depois oferecendo a Lucy. - Não é você que eu quero, é a garota. Onde ela está?- - Bem, a fortuna é minha, se você a quer, porque não vem pegar comigo?- Dessa vez quem riu foi Lucy, da mesma forma que Michelle. - Ah você acha que eu quero seu dinheiro? Oh, haha. Não, Michelle. Pela primeira vez, você errou com alguém. Errou sobre alguém também. Você não sabe nem quem você "adotou." - Lauren respirou fundo, fez uma pausa em seu cigarro. - Você não sabe quem é Alejandro Cabello? -- O pai, dela, ele sumiu a um tempo, mas onde você quer chegar? - - Oh, não querida Lauren, ela é filha de Alejandro Nunes. Mudar um sobrenome pode fazer toda diferença na hora de abandonar uma criança. Mas veja bem, é que ele é meu padrasto e se ela descobre que ele é o pai dela, eu perco a minha fortuna. A minha fortuna pois eu conquistei ele suficiente para colocar meu nome naquele testamento. - As ultimas palavras de Lucy foram ditas e então, todas as luzes da casa se apagaram. 


Horas antes. 

Camila entrou no carro, e o motorista deu a partida pela cidade, ela olhava pela janela e se sentia apaixonada por onde morava, seus olhos encheram de lagrimas,e ao seu lado estava o segurança de maior confiança de Lauren. Ele olhou para ela, com um certo olhar de pena. Ela sorriu para ele, e então foi dito. 

-Não se preocupe pequena. Tudo dará certo.- Essas palavras foram mandadas serem ditas por ele, mas quem deu a ordem foi Lauren. O celular de 2006 estava na mão esquerda de Karla, que apertava com certa força o aparelho antigo. Chegando no aeroporto, eles andaram juntos, o segurança e o motorista levemente desconfiados de tudo e de todos. Eles pararam na frente do banheiro feminino, e então o segurança olhou nos olhos de Karla e disse. - Senhora,  nós sabemos da sua coragem e força, e hoje precisamos disso em você, nossa senhora corre perigo, assim como você. Pegue isso.- Ele entregou um revolver pequeno e discreto para Karla.- Entre no banheiro, escute a gravação nesse telefone e depois saia pela outra saída, pegue o ônibus 1254 e pare uma parada antes do final, não precisará muito mas estar em casa. E então ajude quem você ama, pois ela fará tudo por você, isso inclui dar a vida dela se precisar. - Karla assentiu, as lagrimas queriam rolar em seu rosto porém ela não permitiu. Sabia que ela precisava fazer aquilo, e dessa vez não teria mais ninguém ali. A não ser ela. 

Ela entrou em uma das cabines do banheiro, fechou a porta, colocou os fones de ouvido e deu play na gravação. 


Oh, baby, baby, babe. Eu sinto muito por tudo que eu venho errando com você, mas é que você cresceu, não é mais uma menininha, já uma mulher. Baby, honey, eu preciso que você escute com muita atenção. Você não é uma garota pobre, filha de uma bêbada, você é herdeira de uma empresa, não como a minha, mas grande o suficiente para mudar sua vida completamente. Hoje eu preciso que você decida, qual mulher você quer ser? 

BABY GIRL LESBIAN •CAMREN•Onde histórias criam vida. Descubra agora