BABY GIRL LESBIAN •CAMREN•

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Camila chorava enquanto Lauren era carregada para a sala de cirurgia, sangrando muito. Pela janelinha escondida da sala ela conseguia ver o médico usar uma agulha fina para costurar parte da cabeça da Jauregui. Ela quis gritar, alto o suficiente para que todo o hospital ouvisse. E depois simplesmente cair nos braços de quem ela amava. A atenção de Karla voltou para a sala onde agora um som ensurdecedor parecia ecoar por todos os cantos do lugar. Era um "pi" que não parava. E então, o doutor soltou a agulha. O barulho continuava até que enfermeiras usaram um aparelho eletrocutor tentava trazer Lauren Jauregui a vida. Camila gritou, observando tudo, e o som continuava. Uma enfermeira a viu, e a abraçou enquanto direcionava para outro local.

Dinah Jane, Normani Kordei e Ally Brooke se encontravam na sala de espera do hospital e todas abraçaram Karla. Ficaram por um minuto. O choro de Camila era tão desesperador que Ally não aguentou e começou a chorar junto com ela.

- Ela vai embora... Mal começamos a ter paz.- a voz embargada de Cabello fez algo doer no coração de Normani.

- Ela vai ficar bem Mila, ela é forte.- disse Dinah. Pelo menos tenho elas. Pensou Camila. Porém nada faria a dor em seu peito passar.

Ela se direcionou a uma poltrona vazia e se jogou lá, sentindo as esperanças sumirem de seu corpo. Estava exausta. Queria o conforto de sua cama mas ele não existia sem Lauren.

Dinah abraçou Ally que chorava alto, mais que a própria Karla. Talvez a situação teria ativado gatilho no coração da moça, pois também perdera um amor.

Porém não era só isso o que Lauren era pra Karla. Era um porto seguro, a única pessoa que podia verdadeiramente confiar. Era sua melhor amiga, além de Dinah. Era o amor de sua vida, sua daddy. Ninguém nunca cuidou de Karla como Lauren, com tanta ternura. As lágrimas brotaram mais uma vez nos olhos da latina. Ela se permitiu chorar sem som algum emitido, apenas as lágrimas que escorriam de seus olhos castanhos. Se Lauren morresse, Camila não ficaria. Ela morreria também. Não teria sentido se Lauren.

Passos foram ouvidos até que um homem apareceu na frente das quatro garotas. Ele olhou para Camila com uma cara de pena, sentindo o aperto no coração pela menina.

- Então? Doutor se ela estiver morta. Diga. - a frieza na voz de Karla assustou a todos na sala. Mas ela tentava se preparar. Tentava preparar cada uma de suas células para isso.

- Ela chama pela senhora Cabello. Presumo que seja a senhora. - um suspiro de alívio emanou de todas. Camila gritou, sem acreditar nas palavras.

- Ela está viva? Ela. O meu deus.- a menina correu pelos corredores procurando por qualquer lugar que Lauren estivesse. Sentia o sangue correr rápido agora. Algo seu quase fora tirado de si.

- Lauren! Lauren!- gritou pelos corredores buscando por um quarto em que visse orbes verdes.

- Senhora, não pode gritar aqui- disse uma enfermeira aleatória a qual Camila ignorou.

- Quarto 214.- disse alguém, talvez médico. Camila buscou com os olhos até que o encontrou.

Entrou com rapidez e encontrou Lauren levemente encostada na cabeceira da cama branca do hospital.

- Daddy. - a voz de Karla saiu em um sussurro. Lauren sorriu levemente para ela. Sentindo cada parte de seu corpo doer com o gesto. Mas não importava. Camila estava a sua frente. Não importava se doía.

- Baby girl. Senti sua falta.- Karla Camila desabou em lágrimas em frente de Lauren. Estava tudo bem. Lauren estava ali. E bem.

- Camz, não chora. Tá tudo bem.-