Capitulo 9

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Marina.

Minhas pálpebras se abriram lentamente, minha visão se encontrava turva e tentei focar nos objetos a minha volta para o reconhecimento do lugar, esfreguei os olhos inclinando o tronco, quando alguém segurou meus ombros me impedindo de levantar-me.

__Marina, vá com calma. - Foco minha visão no homem a minha frente e para meu alívio é o Alex.

__ Eu tive um pesadelo Alex, nele o Samuel estava vivo e ele quase matou o Dylan na pancada, foi tão assustador... Aí minha cabeça. - Agarrei seu braço e respiro fundo tentando assimilar.

___Você deve estar muito chocada, já mandei chamar a Renata para te avaliar, Samuel está vivo Marina, não foi um sonho. - Escancarei os olhos.

__Como assim? Ele realmente agrediu o Dylan daquela forma?

__Infelizmente sim. - Alex apertou minha mão.

__Ele ficou louco?! O Dylan está bem? . - Puxei a borracha do meu braço.

__Marina se acalme! Sua pressão caiu pode acontecer de novo.

__Me deixa Alex! Eu quero saber como o Dylan está. - Coloquei meus sapatos depressa e fui rapidamente até a porta abrindo, porém assim que abri a vertigem me atingiu em cheio me deixando confusa, tentei me apoiar na porta para não cair, quando sinto dois braços fortes me segurarem e estabilizar meu corpo no lugar.

___Você está bem? Está sentindo alguma coisa? - Ergui o rosto e o encarei sentindo as batidas do meu coração aumentar.

__Me solta! Estou bem. - Sacudi a cabeça desviando o olhar do seu perdida em minha mente, rapidamente me afastei do seu contato físico.

Eu preciso tomar um ar, tenho que respirar ou vou morrer sufocada, andei rapidamente pelos corredores dos hospitais sentindo as lagrimas escorrerem pelo meu rosto ignorando seu olhar sobre mim, atravessei a rua olhando para os lados e peguei o primeiro taxi que apareceu na minha frente correndo, ignorando sua voz chamar por mim.

__Pode parar aqui, por favor! Peço com a voz tremula. __O dinheiro acho que esqueci na minha bolsa. - Procurei apavorada.

__Tudo bem Marina, depois você me paga. Você está bem? - O motorista me olhou preocupado e vejo que é um conhecido nosso.

__Estou bem, obrigado. Depois eu pagarei o senhor prometo. - Ele assentiu com um olhar de conforto e abri a porta descendo do carro. Segui em direção à praia que fica do outro lado e me sentei em uma passarela de madeira, encolhi minhas pernas e começo a chorar compulsivamente, como se toda enxurrada de dor estivesse retornando, todas as vezes que acreditei que ele tinha morrido, ou todas as vezes que imaginei que voltaria e ninguém me deu ouvidos, ele disse que voltaria e não voltou, prometeu que não me deixaria e se foi, e por que justo agora? E dessa forma? Como ele pode tratar seu primo com tanta violência? Que tipo de homem ele se tornou? Respirei fundo tentando me acalmar e tranquilizar as batidas do meu coração.

__ Marina! Sua voz grave me chamou e meu corpo paralisou no lugar.

__Ele está aqui. -Murmurei apertando os olhos e voltando a encarar o mar.

__Marina, quer conversar sobre o que aconteceu? - Escutei passos ecoando na madeira e me levantei rapidamente, esfreguei as mãos na saia nervosa e tentei passar por ele sem o olhar.

__ Espera, vamos conversar. - Agarrou meu cotovelo e me desvencilhei rapidamente do seu toque.

__É verdade, você está vivo bem aqui na minha frente, por que mentiu para todos? - O encarei enfurecida.

__ Não estou vivo. Aquele Sam morreu no dia daquele acidente, ele se foi. - Me olhou friamente e meu coração se apertou.

__Me segui-o até aqui para isso? O que faz aqui Samuel? O que você tem para me falar?

Amor Além Dos SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora