capitulo 18

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Samuel.

Se existe uma coisa que aprendi em meus longos anos de sobrevivência, foi que não existe nada que esteja tão ruim, que não possa piorar, Stefan era a ultima pessoa que pensei que me desapontaria, ele foi um cara que me deu ótimos conselhos no passado, claro, sempre soube que viver nas terras do seu pai não era seu sonho.
Mas, até então não maginei que passaria por cima do último desejo do seu josé, que as terras não tinham valor algum para ele, nem mesmo sentimental. Em contrapartida tinha a Marina, que mais uma vez fez algo que é totalmente contrassenso, sério? Vender a terras para o Dylan? Ela é a pessoa que mais me desaponta e faz isso em tempo recorde, eu achei que poderia dar uma chance para nós dois reconciliarmos agora, e na realidade não sei de mais nada, como vou confiar em uma mulher tão ingênua? Como ela pode acreditar tão facilmente nas pessoas? Olha para mim? Ela não percebeu o que passo por querer dar uma chance a alguém? Todos me traíram, meu melhor amigo Stefan, e embora entenda seu lado, não posso evitar de ficar chateado.

E por esse motivo, por mais duro que seja tomar essa radical decisão, eu precisava ficar longe da minha família, longe de todos alguns dias, eu não consigo confiar em mais ninguém, e antes que isso estrague de uma vez meu casamento tomarei uma decisão importante, vou retornar para Itália, com certeza será naquele lugar que poderei encontrar uma pista, do meu acidente, de como fui parar naquela família, e minha intuição me diz que eles sabem de muito mais do que exteriorizaram, principalmente a Fernanda.

Liguei para ela e marquei um encontro, eu vou tentar arrancar o máximo possível de informações.

No outro dia, acordei de madrugada, e comecei a organizar meus passaportes e minha mala, passei a noite no Iate, para não ter que confrontar novamente a Marina, era muito obvio o tanto que ela confiava no meu primo. Como também era nítido o quanto a relação deles me afetava. Tomei um banho e me aprontei com agilidade e fui em direção ao meu carro, quando trombei com Alex encostado na porta, com a cara fechada.

__ Fugindo pelos fundos, sem tomar café, porque tanta pressa irmão? - Cruzou os braços arqueando a sobrancelha.

__ Alex, eu preciso me afastar um pouco desse lugar, não vai ser por muito tempo, será alguns dias beleza? - Dou a volta e abro o porta malas, colocando a mala dentro.

__ Quer se afastar desse lugar, ou da sua esposa?

__Pense como quiser, eu preciso descansar, colocar minha mente em ordem, e sabe que ficar perto de um furacão não é o ideal. - Gesticulei explicando.

__E para onde você vai?

__Itália, você sabe eu tenho assuntos pendentes lá, eu preciso tampar essa lacuna que ficou na minha mente. E descobrir o mandante desse crime. - Apoio o cotovelo no carro.

__ Irmão, ainda acho que está sendo precipitado, deixar tudo para trás novamente, a Marina e sua filha, mesmo que for por alguns dias, esse não me parece ser o momento . Essa mulher te ama, não pensa como ela vai ficar péssima?

__Alex, se eu e Marina ficarmos juntos agora, vai ser como um vulcão e vamos acabar explodindo, você sabe o quanto somos opostos, e como ela me tira do sério.

__ Você devia ter notado isso antes de se casar, ah esqueci! você estava anestesiado com o amor que sentia por ela, que esqueceu que ninguém vive só de amor, não é? - me olhou sorrindo.

__ Quem vai fugir de novo? - dona Ellen chegou na garagem bem vestida como se não tivesse acordado agora.

__Samuel precisa viajar. Ele precisa descansar da Marina, ela o deixa louco. - Faz sinal com a mão.

__ Como se você fosse muito diferente dela Samuel, o que pretende? Fugir das suas responsabilidades? Isso não é coisa de homem.

__ Eu não estou fugindo mãe. - Tensionei a mandíbula cruzando os braços. __ fica tranquila, não vou abandonar minha filha ou a Marina como fez comigo anos atras.

Amor Além Dos SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora