Livro 2
Marina está noiva, preste a recomeçar a vida depois ter perdido o homem que amava, ela precisou de perseverança para se manter firme e na fé.
Samuel acorda de um coma e descobre que muita coisa mudou, inclusive ele. Tomado pelos sentimentos...
"Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. 32 Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos".
Alerta gatilho.
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Samuel.
Permaneci em pé olhando através da janela o jardim do hospital, enquanto aguardava o médico me liberar, acho que devo começar a chamar o hospital de meu segundo lar, porque passo mais tempo aqui do que em muitos lugares, apesar de entender o motivo da Marina estar chateada e certamente tem razão, dessa vez não estava disposto a voltar atrás, eu já desconfiava que não havia sido um acidente pela maneira violenta que fui atingido pelo caminhão. E agora que Alex contou que a câmera pegou Stefan dirigindo o veículo, como também quando um carro vermelho parou e o pegou fugindo.
Me fez entender que tanto ele, como a Fernanda não vão parar por aí, por que se ele não pode ter as terras, também não vai permitir que ninguém fique com elas. Além de tudo, provar da dor de se perder alguém que se ama de uma forma trágica e por minha culpa, não é algo que quero lidar, e para falar a verdade, não estou querendo lidar com muitas coisas nesse exato momento, eu tenho a sensação que cheguei no meu ápice, no limite da frustação.
Se existe um Deus que cuida de mim? Então porque continuo tendo a sensação que ele está contra mim? Estou vivo na verdade, mas em troca do que? Pessoas ruins continuam se dando bem, e pessoas boas continuam morrendo ou sofrendo. E onde está a justiça de Deus? Ou o amor dele para conosco? Talvez tudo que esteja pensando seja uma tremenda baboseira, mas é exatamente como me sinto, se Deus está me salvando? Do que exatamente? Da morte? Será que de fato morrer é tão ruim? Ou seria a única forma de poder usufruir de um pouco de paz?
Terminei de assinar os papeis, me troquei pegando a mochila para sair do hospital, quando cheguei no corredor observei a Marina deitada com a cabeça na cadeira olhando para o teto, alheia a tudo a sua volta, respirei fundo e caminhei na sua direção, precisarei ser mais duro se quero que ela realmente fique longe de mim.
Ao me aproximar se levantou em sobressalto e me olhou curiosa, Droga! Eu só gostaria que as coisas fossem mais fáceis, que pudesse afastar sem obriga-la a sentir a dor da separação, mas será inevitável.
___Olá!
___O que está fazendo aqui? - Sentei ao seu lado.
__Soube que iria ser dispensado agora a noite, e vim te buscar para irmos para casa. - virou o corpo na minha direção me olhando sem graça.
___ Eu disse para não vir, eu falei que terminamos.
__Por que? - me encarou.
___Como assim porquê? Tudo que aconteceu já não foi o suficiente? Marina, não nascemos para ficar juntos. - reafirmei
___ Nós nos amamos Sam! Enfrentamos tantas coisas juntos, e podemos continuar enfrentando se você não decidir soltar minha mão. Como está fazendo agora. - Girou o tronco olhando para o outro lado tentando segurar as lágrimas.
