Amor Além Dos Sonhos

capitulo 38

Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

-alerta possível gatilho.

Marina.

Depois que ajudei Sam com seu ferimento, comuniquei a ele que depois de um banho iria sentar lá fora e tomar um ar fresco, ficar a sós com Deus e pedir direção e sabedoria para que meu marido pudesse lidar com tudo isso da melhor forma possível, essas semanas foram agradáveis, tirando as vezes que Samuel parecia distraído, e reflexivo, nós quase não estávamos discutindo. Ler o livro sobre o casamento também estava me ajudando bastante a controlar meu temperamento, comecei a entender que se ficar calado é ruim, por motivo do conjugue não saber o que o outro pensava, como samuel constantemente fazia comigo e  isso gerava uma falha na comunicação nossa como casal, falar tudo o que eu pensava quando as emoções estavam afloradas poderia causar o mesmo efeito, por isso tenho me policiado sobre o que falar e quando falar, não era fácil confesso, e as vezes acabava falhando pelos cotovelos, era um habito que adquiri desde criança, fazia parte da minha personalidade, e obviamente, isso não é mudado do dia para noite.

Continuei lendo a bíblia e fazendo minhas anotações, na medida que Deus falava comigo, meu coração se tornava mais leve e tranquilo. Senti algo espetando meu quadril e quando me virei, fiquei surpresa com o que vi, era um pequeno monte de flores brancas e delicadas, a mesmas flores que encontrei na igreja como um sinal de Deus, e também que estava na cozinha. Apesar de saber que existia um jardim aqui na ilha e tinha várias delas, era estranho, como esse pequeno buquê veio parar justamente  aqui? Será que as crianças que a colheram? De qualquer forma, não pude deixar de acreditar que era novamente um sinal vindo dos céus. Fechei os olhos sorrindo e inalando seu perfume, agradecida e emocionada por Deus estar guardado a vida do Sam, e das minhas crianças. Ele estava cuidando de todos, eu tinha total convicção sobre isso.

Minutos depois, percebi sua presença perto de mim,  não precisava me virar para saber que era meu marido, seu aroma era praticamente inconfundível, suas mãos deslizaram sobre o acento da cadeira, e seu peito tocou suavemente minhas costas, girei meu pescoço em câmera lenta, me deparando com sua imagem selvagem e seu olhar atento ao meu rosto, suas sobrancelhas grossas unidas e sua expressão mais leve do que o habitual.

___O que está fazendo aqui? pensei que iria dormir - questionei curiosa.

__ Não consigo dormir, fiquei pensando em você. - Depositou um beijo em meu ombro e tudo se revirou dentro de mim.

__ Sim, diga mais...Quero dizer como é isso? - gaguejei nervosa.

__Tem algo que tem me incomodado essas semanas que passamos juntos na casa do meus pais. - Afastou meu cabelo com delicadeza.

__ O que por exemplo?

___Por exemplo? nos dividimos, nos sonhos, nossa filha, nosso amor, nosso trabalho, não acha que está faltando algo? - arqueio a sombracelha.

__ Sam, eu já disse não vou dividir minha comida com você! - Falei exasperada e deu uma risada grave.

__ Olha só que fominha, sempre divido a minha com você. Mas não estou falando disso amor, estou falando do nosso lar, não sente falta da nossa casa? - beija meu rosto de forma demorada e fechei os olhos anestesiada. __ nosso cantinho, nosso momento a sós, o que acha? Sempre tem alguém atrapalhando o clima na casa dos meus pais. Em casa isso não vai acontecer.

__ Tem razão. Acho que passou da hora de voltarmos para casa. - Sorri docemente.

___ Agora estou pensando em dividir outra coisa com você. - Me olhou meio sedutor.

__ O que? - perguntei e ele deu um meio sorriso, antes que eu tente raciocinar Samuel me pegou no colo de forma súbita.

__Sam! - gritei surpresa e empolgada. __ Sam! Seu maluco o que está fazendo? tem crianças a nossa volta.