Meses se passaram...
Olimpo
Ártemis continuava muito triste se sentia como um pássaro que cortaram as suas asas, sem as suas florestas não podia mais correr, caçar, se sentir livre e a liberdade fazia parte da essência dela.
Mas nada se comparava ao vazio que o seu coração, seu corpo sentiam, nunca pensou que o amor e a saudade pudessem doer tanto. Lembrar dele, do seu sorriso perfeito, dos intensos beijos, do seu toque gentil e o principal daqueles olhos que sempre pareciam buscar os dela.
A deusa definhava.
Apolo, Afrodite e Zeus tudo faziam p anima – la, mas nada adiantava.
Apolo: "Odeio vê – la assim! Sei que senti falta de correr, de caçar, de sorrir, mas logo voltará p sua floresta" – ele fez um carinho no rosto dela – "Mas não é só a floresta, né! É o mortal? Artemis, você sabia que não havia um destino pra vocês! Você precisa reagir!"
Artemis: "Desculpe, meu irmão. Eu juro que estou tentando, mas parece que conforme os dias passam a saudade só aumenta, não sei Apolo, eu o sinto tão presente como se vivesse em mim! Simplesmente não consigo, pela primeira vez me sinto derrotada pelo nosso destino, questiono se vale a pena ser imortal."
Apolo: "Não diga uma blasfêmia dessas! Somos tão superiores a eles!"- sorriu tentando reconforta – la.
Artemis: "Talvez não! Se eu pudesse escolher, escolheria compartilhar uma vida com ele a ter que encarar sozinha todas as eras do mundo"
Apolo: "Mas ele é um cavaleiro de Atena, ele renunciaria Atena por você?"
Artemis: "Meu amor não é assim! Não exige escolhas, aceita ele do jeito que é! Não posso pedir pra abrir mão de coisas que são importantes p ele, que fazem parte dele, que o fazem ser do jeito que é e que me fazem ama-lo"
Apolo: "Ah, Artemis... por favor, siga a sua natureza, você sempre quando cai se levanta mais forte e segue em frente. Não há outra opção pra você! Como falam os humanos "o destino já foi escrito". Vocês não são possíveis e quanto mais rápido você compreender isso, mas rápido seu sorriso voltará"
Artemis não chorava, mas seu coração sim e seus olhos não mais brilhavam.
E a lua começou a sofrer grandes oscilações, parecia que a luz da lua estava fraca e a Terra passou a ter noites mais escuras.
Zeus preocupado a procurou: "Posso me sentar aqui com você? – Artemis fez um gesto positivo com a cabeça – "Eu não sei o que fazer pra controlar o nervosismo de Apolo, as lagrimas de Afrotide e até Dionísio diz que bebe mais porque esta triste por você! Hoje Poseidon veio me procurar. Os mares estão sendo agitados por causa das oscilações da lua e a Terra esta começando a sofrer as consequências. Você lutou para salvá – la e agora a coloca em risco! Ah, minha filha! Eu queria tirar esse sofrimento de dentro de você! Mas a Terra precisa da lua assim como essa pequena luz precisa de você!" – Zeus colocou a mão na barriga dela. Artemis percebeu que seu amor gerou um fruto, sorriu e abraçou o pai.
Artemis estava novamente feliz e a lua apareceu com um novo brilho e uma pequena estrela brilhando bem próxima.
No santuário
Os cavaleiros, Sage e o vilarejo sentiam faltam da alegria, beleza e força da jovem deusa.
Sísifos tentava não demonstrar como sempre tinha que ser o líder, o exemplo, o escudo e se dedicou ainda mais ao santuário, mas o santuário parecia tão vazio sem os sorrisos dela. Nas noites de solidão do seu quarto quando não havia a luz da lua p lhe fazer companhia deixava as dolorosas lagrimas descerem e naquele escuro ele percebia como a luz dela fazia falta. Seus companheiros percebiam o abatimento nele, tentavam confortá – lo, mas também estavam tristes. Ate o grande mestre sentia falta das travessuras dela.
Sísifos e Dégel se dedicavam a traduzir os mapas de estrelas que Artemis reproduziu e através daqueles papeis Sísifos descobriu onde Atena reencarnou e foi busca – la, sair do santuário o faria bem.
A lua que parecia fraca e deixava as noites mais escuras, mais longas, voltou a brilhar e era com ela que ele passava as noites, ficava conversando com a lua ate adormecer.
Após alguns meses Atena regressou ao santuário com Sísifos.
Olimpo
Alguns meses depois...
Artemis com sua bela barriga caminhava e sentiu uma leve energia no ar, olhou p folhas do imenso jardim que Zeus construiu para agradá – la e viu uma suave brisa se aproximando dela, fechou os olhos e compreendeu a mensagem.
A: "Entendo, cavaleiro tentarei ajuda - lo!" – a deusa fechou os olhos e pensou nele, no homem que amava.
Santuario
Sísifos subia as longas escadas do santuário quando sentiu uma suave brisa naquele dia tão quente, sua armadura começou a ressoar e a voz dela assoprou em seus ouvidos "vá para a floresta sagrada, meu amor", ela sussurrando em seu ouvido daquela forma parecia um flashback. Caminhou até o grande salão e conversou com o grande mestre que deu permissão pra ele partir.
Nem parecia que já havia mais de um ano que caminhou por aquela floresta com Manigold e depois com ela.
Artemis não sabia, mas o dia que Manigold dormia agarrado com Dorinha e Sísifo perto da fogueira olhava as estrelas e ela como uma brisa passou por ele encontrando todo um universo dentro daqueles olhos, ele também viu os olhos dela. Pensou que talvez fosse algum tipo de alucinção da floresta, pois depois de ver aqueles intensos olhos negros como a noite, aqueles olhos sempre acompanharam ele nos sonhos. Ele só compreendeu que aqueles olhos que começou a sonhar a partir daquela noite eram reais quando ela assumiu sua forma verdadeira no vilarejo destruído pelos espectros.
Quando ele passou mal na floresta porque sentiu uma leve tontura e uma forte sensação, a forte sensação era a aproximação dela que irritada oferecia as frutas e pedia pra que calasse a boca de Manigold. Ela pensou que ele passou mal por causa da fome, mas não era por isso, quando ela o acompanhava ficava distante, mas quando ela se aproximou dele o coração dele reconheceu o dela.
Quando o ser de aparência feia apareceu, Manigold olhou espantado, mas Sísifo não conseguia tirar os olhos dela porque ele via através da aparência e ali por aquele ser estranho ele se apaixonou imediatamente mesmo sem entender o que se passava em seu peito.
E ele caminhava pela densa floresta de Artemis e a armadura de sagitário voltou a ressoar e ele pensava o porquê dela ter o enviado para aquele lugar com tantas lembranças e então ele percebeu outra armadora também ressoava, ficou surpreso quando viu a armadura de leão e ao lado dela um menino pequeno que se parecia muito com ele. Sorriu e o menino que se mostrava prestes a atacar, correu avançando e Sísifos feliz abriu suas belas asas de sagitário, o pequeno menino reconheceu naquele seu sangue, sua esperança, se abraçaram. Sísifos em pensamento agradeceu a sua amada Artemis por te –lo inspirado a ir ao encontro da armadora de leão, por ir ao encontro Regulos seu sobrinho, discípulo e futuro cavaleiro de leão.
Após ver Radamanthys de Wyvern matar seu pai, Regulos ficou pela floresta protegendo a armadora de leão e sobreviveu aos cuidados das belas ninfas de Artemis. A deusa sempre protegeria as crianças.
Após algumas semanas com Regulos já instalado no santuário, Sísifo acordou no meio da noite parecia que alguém o chamava, sentiu o fresco cheiro de flores no ar, aquele cheiro de floresta, de vida, de liberdade, era o cheiro de Artemis. Em seu peito que batia em sincronia com o dela veio uma súbita felicidade que há muito tempo não sentia, lhe arrancou um belo e enorme sorriso, ele caminhou até a janela ela o chamava e olhou p céu e estava acontecendo um belo eclipse lunar. Ele admirava aquele raro fenômeno e não sabia que aquele belo eclipse era a corajosa Ártemis trazendo seu filho ao mundo, a semente que ele plantou nela.
Olimpo
Afrodite que ajudava no parto: "Por Zeus! É um belo menino!"
Artemis o segurou, tinha lagrimas de luz em seu rosto, pegou em seus braços e sentia seu peito feliz, beijou delicadamente a testa do pequeno: "Seja bem – vindo, Ilias*".

VOCÊ ESTÁ LENDO
Arco e flecha: Ártemis e Sísifos
FanfictionAntes da guerra santa acontecer ocorreu uma batalha decisiva, onde a deusa Atena ainda não mostrava sinais da sua reencarnação, preocupando o grande mestre Sage, pois um deus poderoso decidiu quebrar as regras, mobilizar o exército do submundo e ini...