A decisão

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Após alguns dias...

M: "Não aguento mais comer frutas! Essa deusa birrenta não aparece por mais que eu chame, sinceramente não sei mais o que fazer!"

Sísifo percebeu que o canceriano andava mais lento, menos tagarela e foi com espanto que acordou no meio da noite com Manigold delirando, ardendo em febre. Colocou algumas compressas na testa dele, mas a febre não diminuía. Ele ficou assim por dois dias, Sísifo percebeu que o cosmo de Manigold começou a diminuir e se preocupou, começou a arruma as coisas, tinha que levar o companheiro para o vilarejo, lá teriam mais ajuda.

Sentiu uma leve energia e viu que dentro da floresta saiam belas moças angelicais, com passos delicados e leves.

A voz de Artemis "Entregue seu amigo à minhas ninfas, a energia dele esta muito baixa, não aguentará ate o vilarejo" - Sísifo pareceu desconfiado.

Impaciente ela falou: "Se eu quisesse matá – lo teria feito quando ele torturou a mim e meus cervos com aqueles gritos. Se não quer a minha ajuda é problema seu" – e as ninfas pararam de caminhar e voltavam para a floresta.

S: "Desculpe, deusa Artemis! Eu não queria ofende – la. Por favor ajude ele!"

As ninfas pegaram Manigold e entraram na floresta.

Alem das habilidades de transformar a si mesma e os outros em animais, controlar a natureza, ela também possuía o poder da cura.

O cosmo do canceriano estava muito baixo, tudo doía, delirava e se via em sua vila ainda menino, via os espectros destruindo tudo, Sage, seus companheiros e as vezes andava pelas colinas do Yomotsu. Numa dessas idas ao Yomotsu sentiu uma brisa, um aroma de mata, de terra, de vida e foi retirado de lá. Abriu os olhos que ainda estavam embaçados e viu uma bela mulher, com olhos e cabelos tão negros como a noite sem estrelas, acabou dormindo.

Quando acordou estava na barraca ao lado de Sísifo.

Sísifo perguntou preocupado: "Você esta bem? Esta se sentindo bem?"

Manigold deu um salto e se esticou: "Meu amigo, estou ótimo como há muito tempo não me sentia! Eu tive uns sonhos doidos, mas teve um...ah, eu vi a mulher mais linda..." – falou demonstrando o fascínio que aquele sonho teve sob ele.

Sísifo explicou que ele ficou muito doente, que ninfas o levaram e que provavelmente não foram simples sonhos, mas delírios que teve e que talvez tenha visto Artemis.

S: "Você ficou três dias com ela e hoje pela manha as ninfas te trouxeram e a deusa avisou para você não comer mais o mato DO CERVO!"

Manigold fingiu que não escutou a ultima parte. Tá! Poderia parecer estúpido um humano comendo capim, mas ele estava há dias se alimentando de frutas e ver como Dorinha saboreava aquele capim parecia tentador, afinal capim, vegetais são tudo a mesma coisa.

Artemis viu como os cavaleiros eram determinados, estavam um pouco mais magros, mas não davam sinais de irem embora dali sem ela.

Foi numa noite enquanto olhava as estrelas que sentiu um cosmo quente, familiar – por favor, vá – era sua irmã, não eram próximas, mas só uma deusa como Atena para ter um cosmo tão sensível e amoroso. Ela não queria arranjar problemas, mas não podia deixar tudo que amava morrer. Estava em duvidas, mas quando sentiu o cosmo de Atena e ouviu seu pedido se decidiu.

Manigold e Sisifo estavam sentados próximos à fogueira com seus cervos.

S: "Acho que podemos solta – los, não acho que ela tentará algo contra a gente!"

M: "Não quero que Dorinha vá embora, gosto dela. É uma boa companhia."

A voz de Artemis ecoou e eles se levantaram – "arrumem suas coisas e descasem, amanha antes do sol nascer partiremos"

Os dois se olhavam incrédulos que deusa estranha do nada decidiu ir com eles, nada falaram, apenas concordaram com a cabeça.

Arco e flecha: Ártemis e SísifosOnde histórias criam vida. Descubra agora